terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Em áudio, policial da PF cita plano de assassinato: "estavam com Moraes na mira"

Agente da Polícia Federal fazia parte do grupo responsável por assassinar Alexandre de Moraes, Lula e Alckmin, em uma das etapas da tentativa de golpe

Alexandre de Moraes (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) encontrou uma gravação na qual o agente Wladimir Soares, da própria corporação, cita o já conhecido plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), logo após as eleições de 2022. A revelação faz parte do inquérito que apura uma conspiração golpista para impedir a posse do presidente Lula (PT), relata a CNN Brasil.

O áudio foi apreendido durante a operação Contragolpe, que desvendou a existência de um plano para “neutralizar” autoridades, incluindo Moraes, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Segundo a investigação, militares das Forças Especiais do Exército estariam envolvidos na execução desses crimes. Na gravação, ainda sob sigilo judicial, Soares afirma a colegas que “estavam com Moraes na mira para atirar”.

◉ Grupo golpista e armamento planejado - Além de detalhar o alvo, Soares também mencionou o tipo de armamento que seria utilizado no atentado. A PF acredita que ele forneceu informações estratégicas sobre o esquema de segurança de Lula ao grupo golpista. O agente foi preso em novembro do ano passado, sob acusação de se infiltrar na equipe de segurança do então presidente eleito para vazar dados sensíveis.

A prisão de Soares foi autorizada pelo STF após a análise de documentos e materiais apreendidos com Sérgio Rocha Cordeiro, capitão da reserva do Exército e ex-assessor especial do Gabinete Pessoal da Presidência da República. De acordo com a PF, Rocha Cordeiro desempenhava um papel central na articulação do plano golpista.

◉ Militares de prontidão para o ataque - O relatório da PF aponta que o grupo se organizou para agir de forma coordenada. Na época, militares das Forças Especiais estavam posicionados em frente ao prédio onde Moraes morava, na Asa Sul de Brasília, aguardando o momento exato para executar o crime. A investigação sugere que o plano se inseria no contexto de uma tentativa de golpe de Estado, que envolvia altos escalões das Forças Armadas e agentes infiltrados na segurança presidencial.

A análise do áudio e de outros elementos da investigação será encaminhada ao Supremo Tribunal Federal em um relatório complementar. Há expectativa de que Moraes, ministro relator do caso, levante o sigilo das gravações nos próximos dias.

A defesa de Wladimir Soares afirmou que ainda não teve acesso completo aos áudios do caso.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

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