Segundo Almir Ribeiro Américo, chefe do escritório da ApexBrasil em Moscou, a demanda é "permanente e crescente"
Trabalhador agrícola carrega trator com fertilizante, perto de Brasília (DF) (Foto: Adriano Machado / Reuters)
A demanda por fertilizantes e combustível diesel no Brasil segue em alta, segundo Almir Ribeiro Américo, chefe do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em Moscou, em entrevista à Sputnik. De acordo com Américo, essa demanda é "permanente e crescente", pois o Brasil, um país agrícola, depende das importações desses produtos, sendo a Rússia um fornecedor-chave.
"Sobre a demanda no Brasil de fertilizantes e combustível diesel, posso dizer que esta demanda é permanente e crescente. O Brasil é um país agrícola e depende das importações de fertilizantes. A Rússia é um dos fornecedores-chave", afirmou.
Na entrevista, Américo destacou que, em 2024, as entregas de diesel e fertilizantes da Rússia contribuíram significativamente para o crescimento do comércio bilateral. Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) corroboram suas palavras. A Rússia, de fato, consolidou-se como o principal fornecedor de óleo diesel para o Brasil, com 65,5% (9,5 milhões de metros cúbicos) dos 14,5 milhões de metros cúbicos importados em 2024 oriundos do país.
Além disso, o chefe da ApexBrasil afirmou que a demanda por esses produtos se manterá, mas o volume final do comércio bilateral em 2025 dependerá de fatores geopolíticos e logísticos. De acordo com cálculos da Sputnik, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, o comércio entre os dois países atingiu um recorde de US$ 12,4 bilhões (R$ 74,4 bilhões) até o final de 2024, com a Rússia, pela primeira vez, entrando no seleto grupo dos dez principais parceiros comerciais do Brasil. Para efeito de comparação, em 2023, o volume de comércio foi de US$ 11 bilhões (R$ 66 bilhões).
Fonte: Brasil 247 com Sputnik
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