sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Decisão de Alexandre de Moraes de julgar Bolsonaro na Primeira Turma ganha apoio entre ministros do STF

É uma decisão estratégica e benéfica ao tribunal

       Alexandre de Moraes (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

A decisão do ministro Alexandre de Moraes de manter o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) gerou reações mistas dentro da própria Corte.

Embora alguns ministros que não fazem parte do colegiado defendem que a questão deveria ser analisada pelo plenário completo, outros ministros veem a decisão como estratégica e benéfica para o tribunal. De acordo com a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, alguns ministros acreditam que julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro à Primeira Turma evita desgastes para os demais membros do STF.

Um magistrado declarou à coluna que essa escolha impede que toda a Corte se envolva em um embate direto com a base bolsonarista, que já se mostra hostil ao tribunal. A preocupação se justifica diante da crescente pressão de parlamentares aliados ao ex-presidente e da expectativa de que esses ataques se intensifiquem após as eleições de 2026.

A decisão de Moraes evidencia um dilema interno na Corte: enquanto alguns ministros priorizam a estratégia institucional e a eficiência processual, outros defendem um julgamento mais amplo para garantir um veredicto respaldado pela totalidade do tribunal. O desdobramento desse impasse poderá ter impactos significativos na relação entre o STF e as forças políticas ligadas ao ex-presidente, especialmente diante do acirramento do cenário político nos próximos anos.

Outro ponto favorável à decisão é a possibilidade de um julgamento mais rápido. Com apenas cinco ministros participando da análise do caso, espera-se que o processo tramite com maior celeridade em comparação a um julgamento no plenário, que envolve os 11 integrantes do STF.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

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