Presidente da Câmara disse que recebeu telefonema de Lula comunicando a indicação da deputada para o cargo de ministra das Relações Institucionais
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou em suas redes sociais que sempre teve uma boa relação com a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), que nesta sexta-feira (28) foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a nova ministra das Relações Institucionais.
"Recebi ligação do Presidente Lula comunicando a indicação da deputada Gleisi para o cargo de ministra das Relações Institucionais. Sempre tive boa relação com ela no parlamento. Desejo pleno êxito na nova função e continuaremos o diálogo permanente a favor do Brasil", escreveu Motta, segundo O Globo.
A escolha de Gleisi, atual presidente nacional do PT, era vista como a preferida de Lula. Segundo assessores do Planalto, o presidente vinha defendendo o nome da petista, que foi ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e coordenou sua campanha à Presidência em 2022. Lula relembrou a interlocutores que Gleisi teve papel essencial na construção da aliança que resultou na vitória sobre Jair Bolsonaro.
A nomeação também tem impacto na sucessão da liderança do PT. O preferido de Lula para assumir a presidência do partido é o ex-ministro Edinho Silva, mas a escolha de um sucessor estava condicionada à destinação de Gleisi dentro do governo.
Na semana passada, durante evento de aniversário do PT no Rio de Janeiro, Lula elogiou publicamente a deputada:
“Graças a Deus, o partido compreendeu a necessidade de eleger você (presidente do PT). Não teria ninguém mais capaz. Homem nenhum aguentaria o que você aguentou”, disse.
Apesar do apoio de Lula, a escolha de Gleisi para a articulação política enfrenta resistências no Congresso. Segundo O Globo, partidos do Centrão e até mesmo ministros do governo demonstraram descontentamento com a manutenção do PT no comando do Ministério das Relações Institucionais após a saída de Alexandre Padilha. Integrantes dessas siglas consideram que Gleisi tem pouco trânsito com legendas de centro.
Nos bastidores, aliados de Hugo Motta e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmavam que o melhor cenário seria ter um deputado de fora do PT no comando da pasta. No entanto, havia consenso entre auxiliares presidenciais de que Lula não abriria mão de manter um nome petista no cargo.
Outros nomes também foram cogitados para assumir o posto, como o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), e o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões.
A nomeação de Gleisi ocorre dias após outra mudança no Ministério. Na terça-feira, Lula demitiu Nísia Trindade do Ministério da Saúde e nomeou Alexandre Padilha para ocupar a pasta.
Gleisi Hoffmann assumiu o Ministério da Casa Civil entre 2011 e 2014, no governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Em junho de 2017, já como senadora, foi eleita presidente do PT e reeleita em 2020. Ela tomará posse como ministra das Relações Institucionais no dia 10 de março e acompanhará Lula na posse do novo presidente do Uruguai, Yamandú Orsi.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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