Objetivo seria a defesa dos seus interesses em um eventual governo aliado, incluindo a possibilidade de anistia caso seja condenado
Jair Bolsonaro durante participação em evento em Goiânia, 04/04/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
Após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, além da aproximação de outras investigações em que estaria supostamente implicado, Jair Bolsonaro (PL) busca repetir a tática de escolher um nome "seguro" para a vice-presidência na eleição de 2026. Bolsonaro pretende esticar a corda e manter seu nome na chapa presidencial até que a Justiça Eleitoral rejeite todos os recursos.
Enquanto Bolsonaro manobra para permanecer no jogo político, o Centrão quer antecipar o debate e já começar a trabalhar um nome competitivo que possa capitalizar a rejeição ao governo Lula. O favorito entre as lideranças do bloco, segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do g1, é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A família Bolsonaro, no entanto, não abre mão de um nome do clã na chapa presidencial. Líderes do Centrão avaliam que o ex-mandatário tentará emplacar um dos filhos como vice — ou até mesmo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O objetivo seria garantir que seus interesses sejam defendidos em um eventual governo aliado, incluindo a possibilidade de anistia caso seja condenado.
A estratégia de Bolsonaro repete o modelo de 2018, quando escolheu Hamilton Mourão, general da reserva do Exército, como vice por não confiar em políticos tradicionais. Quando a relação entre ambos se desgastou, ele optou por colocar o ex-ministro e também general Walter Braga Netto como vice em sua chapa nas eleições de 2022.
O ex-mandatário sempre temeu um impeachment e via na presença de um vice ligado às Forças Armadas uma garantia de que o Congresso não avançaria em um eventual processo de impedimento. Agora, sem poder concorrer, quer assegurar uma nova forma de blindagem e avalia que somente um familiar poderia desempenhar esse papel.
Fonte: Brasil 247 com ifnormações do G1
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