“O presidente ainda mantinha a chama acesa que pudesse acontecer alguma coisa", relatou Cid em sua delação
O tenente-coronel Mauro Cid afirmou em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes ,do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mantinha esperanças de concretizar um golpe de Estado “até o último momento”. Segundo Cid, Bolsonaro precisava convencer o Exército a embarcar no golpe, e esperava que algo acontecesse para atrair os militares para o plano. As informações são do jornal O Globo.
“O presidente ainda mantinha a chama acesa que pudesse acontecer alguma coisa. Ele (Bolsonaro) tinha esperança que até o último momento, né - até um dia ele falou ‘papai do céu sempre ajudou a gente, vamos ver o que aparece aí’ -, que até o último momento fosse aparecer uma prova cabal que houve fraude nas urnas. E aí, sim, todo mundo visse, e aí teria aquele povo na rua, mobilização, as Forças Armadas. Então, eu acho que esse era o que passava na cabeça do presidente, assim, no tempo que eu estava com ele”, relatou o ex-ajudante de ordens.
Ao ser questionado se ele próprio acreditava na viabilidade do golpe, Cid disse que não tinha esperanças. "Não, senhor. Eu, na minha opinião particular, não. Até porque eu sabia... O senhor percebe, se o Senhor pegar todas as minhas mensagens antigas, o senhor vai perceber que eu falava: ‘Não encontrou fraude, então tá preocupando, o presidente não vai dar golpe'. Assim, o senhor percebe todas as minhas mensagens são nesse sentido", afirmou.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal o Globo
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