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A oposição tenta usar o Drex, moeda digital desenvolvida sob a gestão de Roberto Campos Neto no Banco Central, indicada por Jair Bolsonaro (PL), para atacar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Parlamentares bolsonaristas alegaram que a moeda permitiria o monitoramento das transações financeiras dos brasileiros.
Como conta a Folha de S.Paulo, a deputada Julia Zanatta (PL-SC) lançou um abaixo-assinado contra o Drex, afirmando que ele possibilitaria o rastreamento total das movimentações e até o bloqueio de contas. Ela também elaborou uma PEC para que a adoção de moedas digitais dependa da aprovação do Congresso. O projeto já conta com 129 das 171 assinaturas permitidas para tramitar.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou o abaixo-assinado e disse que a moeda seria um instrumento de controle do governo Lula. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também fez críticas, alcançando 300 milhões de visualizações no Instagram.
No entanto, o Drex foi idealizado ainda na gestão de Campos Neto, que afirmou que ele será “mais inovador que o Pix”. O governo federal reagiu às críticas e divulgou nota esclarecendo que o Drex não substituirá o dinheiro em espécie e será apenas mais uma opção digital.
“É falso que o DREX vá substituir o dinheiro em espécie. A emissão de papel-moeda se dá por diversas necessidades e hábitos da população. A versão inicial do Real Digital será uma opção adicional ao uso de cédulas, mas —por ter foco no uso online– seu impacto sobre a demanda por papel-moeda não deve ser relevante”, destacou em nota.
Julia Zanatta, porém, insiste que seu objetivo é alertar a população. “Ideia ruim é ideia ruim”, afirmou à Folha. Eduardo Bolsonaro não comentou as críticas até a publicação da reportagem.
Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo
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