No início de janeiro o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) elevou o teto do juro do consignado de 1,66% ao mês para 1,80% ao mês
Carlos Lupi (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, manifestou forte resistência ao aumento do teto dos juros do empréstimo consignado do INSS, afirmando que os bancos sempre encontram um argumento para justificar a elevação das taxas.
Lupi defende que a tomada de decisão sobre o juro do consignado também leve em consideração fatores como a recente queda do dólar, informa a coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo.
No início de janeiro, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) elevou o teto do juro do consignado de 1,66% ao mês para 1,80% ao mês, após pressões do setor bancário. Os bancos alegavam que a taxa estava defasada diante das sucessivas altas da Selic. No entanto, Lupi contesta algumas dessas justificativas, como o impacto da inflação e a valorização do dólar no final do ano passado devido às incertezas fiscais do governo.
"O último argumento foi que o dólar encarece a tomada de empréstimo. Agora que começou a cair, como é que fica?" questionou o ministro. "Sempre que a macroeconomia aponta para uma redução dos juros, os bancos encontram um novo argumento para justificar um aumento."
Lupi também destacou que o governo atendeu a algumas demandas do setor financeiro, como a redução do prazo entre a decisão sobre o teto e sua efetiva aplicação. Antes, esse processo levava de sete a dez dias; agora, a média é de 48 horas.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo
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