Os encontros entre o ex-procurador-geral e o ex-mandatário aconteciam no Palácio da Alvorada aproximadamente uma vez por mês
Jair Bolsonaro cochicha com procurador-geral da República, Augusto Aras (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
Em depoimento dado no âmbito do acordo de delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-procurador-geral da República Augusto Aras costumava agendar encontros institucionais diretamente com o ex-mandatário Jair Bolsonaro. Segundo Cid, essa não era a prática comum, já que, normalmente, as pessoas precisavam passar pelo ex-ajudante de ordens para marcar reuniões com Bolsonaro.
“Normalmente as autoridades tentavam marcar comigo as reuniões, mas o doutor Aras marcava direto com o presidente. Só me comunicavam”, disse Cid.
O tenente-coronel também relatou que os encontros aconteciam no Palácio da Alvorada aproximadamente uma vez por mês, e que, em algumas ocasiões, Aras estava acompanhado da subprocuradora Lindôra Araújo. No entanto, Cid destacou que não sabia qual era o conteúdo das conversas já que não participou dessas reuniões.
Durante a gestão de Aras à frente da PGR, o ex-procurador-geral arquivou investigações que poderiam incriminar Bolsonaro e aliados, como o caso do vazamento de dados sigilosos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A proximidade entre Aras e Bolsonaro gerou desconfiança dentro da Polícia Federal, levando a PGR a ser escanteada em algumas operações da corporação contra aliados do ex-mandatário.
Fonte: Brasil 247
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