Ações serão apresentadas em blocos, começando por Bolsonaro e Braga Netto, apontados como principais articuladores do planejamento de um golpe de Estado
Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)
A Procuradoria-Geral da República (PGR) está em fase final de preparação para apresentar as primeiras denúncias relacionadas à tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. A informação foi inicialmente divulgada pela coluna do jornalista Gerson Camarotti, do g1.
O inquérito, sob condução da Polícia Federal, levou ao indiciamento de 40 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Walter Braga Netto, seu candidato a vice na chapa derrotada nas eleições presidenciais. Diante da extensão do caso, a PGR decidiu adotar uma estratégia de apresentação escalonada das denúncias.
Segundo fonte da Procuradoria que falou sob condição de anonimato, as acusações serão apresentadas em etapas, começando pelos principais suspeitos. As investigações apontam Bolsonaro e Braga Netto como articuladores centrais do plano, com evidências indicando que o ex-presidente "tinha ciência, domínio e participação ativa" na trama, que não se concretizou devido à resistência de alguns comandantes militares.
A divisão das denúncias em blocos visa otimizar a tramitação do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). A Primeira Turma da Corte será responsável pela análise inicial das ações, incluindo a decisão sobre o recebimento das denúncias - momento em que os acusados podem se tornar réus. Na sequência, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, coordenará a fase de coleta de depoimentos.
Existe a previsão de que, a partir do segundo semestre, a Primeira Turma passe a se reunir semanalmente, em vez dos atuais encontros quinzenais, para acelerar o andamento dos julgamentos. Ministros do STF ressaltam que os prazos legais serão respeitados, mas demonstram preocupação em evitar que o julgamento de figuras centrais, como Bolsonaro, se estenda até 2026, ano eleitoral, impedindo que o processo seja instrumentalizado politicamente.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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