quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Alvo da PF tentou esconder celular em buraco no teto de casa

Investigado por desvios de verba para hospital no RS ocultou aparelho durante operação da Polícia Federal

      Agente da Polícia Federal em operação (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal encontrou um celular escondido no forro do teto da residência de um dos investigados na Operação EmendaFest, deflagrada na manhã desta quinta-feira (13). A ação visa aprofundar as apurações sobre um esquema de desvios de emendas parlamentares destinadas a um hospital no Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada pelo Metrópoles.

Entre os alvos da operação está um assessor do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS). Ao todo, são cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e dois de busca pessoal, expedidos pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante as diligências, os agentes da PF localizaram um celular que havia sido ocultado em um buraco no teto da casa de um dos investigados, em uma tentativa frustrada de esconder provas.

A investigação concentra-se nas emendas parlamentares encaminhadas ao hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul (RS). De acordo com dados do Portal da Transparência, Afonso Motta destinou, em 2023, um montante de R$ 199 mil à unidade de saúde, com a justificativa de aquisição de equipamentos e materiais permanentes para a área de atenção especializada.

Além dos mandados de busca, a Justiça determinou o afastamento de dois investigados de seus cargos e funções públicas, bem como o bloqueio de valores em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas supostamente envolvidas no esquema. As medidas foram autorizadas pelo STF e estão sendo cumpridas nos municípios de Estrela, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Lajeado, no Rio Grande do Sul, além de Brasília (DF).

A operação EmendaFest investiga o uso irregular de recursos públicos por meio de emendas parlamentares, que deveriam ser aplicadas na melhoria da saúde pública, mas teriam sido desviadas para outros fins. Os investigados poderão responder por crimes como peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, caso as irregularidades sejam confirmadas ao longo das apurações.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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