quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Aliados já calculam prazo para prisão de Bolsonaro

Aliados do ex-mandatário avaliam que ele deverá ser preso em dezembro. Estratégia do entorno bolsonarista é reforçar narrativa de perseguição

Jair Bolsonaro (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Aliados de Jair Bolsonaro já trabalham com uma data para que ele seja condenado no âmbito do inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para a tentativa de golpe de Estado visando sua permanência no poder após a derrota para Luís Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022. Com a tramitação do julgamento prevista para se estender até o fim de novembro, a expectativa do entorno bolsonarista é de que a prisão ocorra em meados de dezembro, às vésperas do Natal, destaca o jornalista Lauro Jardim em sua coluna no jornal O Globo.

Diante desse cenário, a estratégia dos aliados será insistir na tese de que Bolsonaro é vítima de uma "perseguição" do Supremo Tribunal Federal (STF) e de que não autorizou a tentativa de ruptura institucional. O objetivo é manter a base mobilizada e ampliar a adesão ao ato convocado para 16 de março, que deverá servir como demonstração de força política e reforço ao discurso de que o ex-presidente estaria sendo alvo de um julgamento político.

Com o avanço das investigações e os depoimentos que indicam o envolvimento direto de Bolsonaro nos planos golpistas, o cerco judicial se fecha contra ele. A defesa do ex-mandatário, por sua vez, busca protelar a tramitação do processo com recursos e tentativas de questionamento jurídico das provas apresentadas.

Em paralelo, aliados tentam sustentar a narrativa de que Bolsonaro ainda teria influência suficiente para reagir a uma eventual prisão, mobilizando sua base contra o Judiciário e o governo Lula. O resultado prático dessa estratégia, no entanto, ainda é incerto, especialmente após os resultados das eleições municipais, que demonstraram um desgaste da direita radical e um enfraquecimento da capacidade de mobilização do bolsonarismo.

Nos bastidores, há também uma avaliação de que a prisão de Bolsonaro pode desencadear novas disputas dentro da extrema direita, com nomes como Michelle Bolsonaro e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ganhando protagonismo na sucessão do ex-mandatário.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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