sábado, 11 de janeiro de 2025

Venezuela fecha fronteira com Brasil até segunda-feira, diz Itamaraty

Ação ocorre no mesmo dia em que o ditador Nicolás Maduro toma posse para mais um mandato de seis anos a frente do país
O governo do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fechou a fronteira com o Brasil nesta sexta-feira (10), informou o Ministério das Relações Exteriores. A ação vai durar até a segunda-feira (13), conforme comunicou o Itamaraty. Os fatos ocorrem no mesmo dia em que Maduro tomou posse para mais um mandato de seis anos no comando do país, sob contestação de fraude da oposição.

A diplomacia brasileira foi convidada para a posse e enviou a embaixadora em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira. Aliado histórico de Maduro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por não comparecer ao ato mesmo sem ter sido convidado diretamente. O chavista está no poder desde 2013. O fechamento da fronteira pode comprometer o abastecimento em ambos os lados.

“O governo brasileiro informa que, por decisão das autoridades venezuelanas, a fronteira da Venezuela com o Brasil foi fechada hoje, até dia 13 de janeiro, segunda-feira. A Embaixada do Brasil informa que, em caso de emergência, cidadãos brasileiros poderão acionar os plantões consulares da Embaixada do Brasil em Caracas (+58 414 3723337) e do Vice-Consulado em Santa Elena de Uairén (+58 424 9551570), ambos com Whatsapp”, informou a pasta.

Diferentemente de Maduro, a oposição venezuelana apresentou as atas eleitorais, alegando que Edmundo González ganhou o pleito. O opositor está exilado na Espanha após a Justiça venezuelana pedir sua prisão por “risco de fuga”, após não comparecer a três depoimentos para os quais foi notificado pelo Ministério Público do país.

Dias antes da posse, Maduro ativou um plano militar e acionou as forças de segurança, além de milícias armadas, para se proteger contra ações da oposição. Na quinta-feira (9), a líder opositora María Corina Machado foi detida ao deixar um protesto em Caracas contra a posse do ditador. Ela foi liberada horas depois.

Nas redes sociais, o senador Dr. Hiran (PP-RR) alegou que a ação “prejudica o trânsito de brasileiros, principalmente, os caminhoneiros, que estão voltando para o Brasil e que levam carga, víveres e mercadorias para o povo venezuelano”.

O parlamentar disse estar embarcando de Roraima para Brasília e alegou ter acionado o Itamaraty, cobrando providências a fim de garantir o retorno de caminhoneiros e outros brasileiros que possam estar impedidos de cruzar a fronteira.

“O governo brasileiro deve buscar, de forma diplomática, porém firme, o diálogo com as autoridades venezuelanas, visando à reabertura da fronteira e ao retorno seguro dos caminhoneiros brasileiros ao nosso país”, escreveu Hiran no documento enviado ao ministério.

Fonte: R7

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