O TPS foi implementado para proteger estrangeiros que não podem retornar aos seus países de origem por motivos de guerra, desastres naturais ou crises
Donald Trump (Foto: Reuters/Carlos Barria)
A secretaria de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, revogou uma extensão do Status de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês) que beneficiava cerca de 600 mil venezuelanos residentes no país, informa a Folha de S. Paulo. A decisão foi revelada pelo The New York Times nesta terça-feira, 28 de janeiro, e tem gerado preocupação entre os imigrantes afetados.
O TPS foi inicialmente implementado para proteger estrangeiros que não podem retornar aos seus países de origem por motivos de guerra, desastres naturais ou outras crises. Durante a presidência de Joe Biden, o programa foi ampliado para incluir cidadãos de diversos países, incluindo a Venezuela.
O governo dos Estados Unidos têm destacado que a situação política e econômica do país, sob o regime de Nicolás Maduro, justifica a permanência dos venezuelanos nos EUA. O programa foi prolongado por 18 meses, pouco antes de Biden deixar a presidência, com a promessa de uma abordagem mais humanitária para os imigrantes.
O Pew Research Center estima que, até março de 2024, aproximadamente 1,2 milhão de migrantes nos Estados Unidos possam ser beneficiados ou já tenham sido aprovados para participar do TPS. A maioria desses imigrantes vem da Venezuela, que enfrenta uma crise política após a reeleição de Maduro, acusado de fraude pela oposição, o que reforça a argumentação dos defensores do TPS de que a situação no país ainda é instável e perigosa.
Donald Trump, sucessor de Biden na Casa Branca, tentou em seu primeiro mandato revogar o TPS, mas a Justiça o impediu de implementar essa mudança. Agora, com a nova administração, a secretária Kristi Noem tem até sábado, 1º de fevereiro, para decidir sobre a situação dos venezuelanos cujo status de proteção expira em abril. Caso ela não se pronuncie até essa data, a extensão será renovada automaticamente por mais seis meses.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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