Foi o primeiro protocolo de pesquisa na América Latina a empregar o procedimento no tratamento deste tipo de câncer que acomete principalmente as mulheres
Mulher brasileira (Foto: Divulgação / Sociedade Brasileira de Mastologia, área da Medicina especializada em mamas)
Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstrou uma técnica inovadora para o tratamento do câncer de mama. Pesquisadores identificaram 100% de eficácia por meio de um procedimento chamado crioablação, que utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir células cancerígenas ou tecidos-alvo. Este foi o primeiro protocolo de pesquisa na América Latina a empregar a técnica no tratamento da doença.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as previsões indicam que 73.610 novos casos de câncer de mama serão registrados até 2025, com uma taxa de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. A doença deve causar cerca de 18 mil mortes. Embora rara, também pode acometer homens (1% aproximadamente).
O câncer de mama ocupou a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil. A taxa de mortalidade ajustada por idade, considerando a população mundial, chegou a 11,71/100 mil em 2021, resultando em 18.139 óbitos.
Inicialmente, a crioablação foi realizada após a cirurgia. Essa etapa da pesquisa envolveu 60 pacientes e obteve 100% de eficácia para tumores menores que 2 centímetros, informou a CNN.
Atualmente, pesquisadores estão comparando um grupo de pacientes que passou pelo procedimento sem a necessidade de uma operação com outro grupo submetido à cirurgia tradicional. Nesta fase, mais de 700 pacientes participam da pesquisa em 15 centros de saúde do Estado de São Paulo, informou Vanessa Sanvido, professora da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Unifesp. O procedimento é parte da pesquisa de pós-doutorado da estudiosa.
Professores da EPM/Unifesp realizaram, pela primeira vez em um hospital público brasileiro, a crioablação para tratamento do câncer de mama no último dia 13. O procedimento ocorreu na Unidade Diagnóstica do ambulatório de Mastologia do Hospital São Paulo (HSP/HU Unifesp).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou a técnica, mas o procedimento ainda está em análise pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A crioablação já é utilizada em países como Estados Unidos, Itália e Japão.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN
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