O ministro explicou a nova estratégia de comunicação do governo
Lula e Rui Costa (Foto: Casa Civil)
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, esclareceu na manhã desta quarta-feira (22) a estratégia do governo para combater a disseminação de informações falsas, após duras críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante reunião ministerial realizada na segunda-feira (20), informa o g1. Em seu discurso, Lula exigiu maior controle sobre as portarias publicadas pelos ministérios, com o objetivo de assegurar que as informações corretas sejam divulgadas antes que as fake news se espalhem.
O presidente alertou que, a partir daquele momento, todas as portarias dos ministérios precisariam de uma autorização prévia da Casa Civil, o que visa evitar que medidas sejam divulgadas sem o devido acompanhamento e análise. "De agora em diante, nenhum ministro vai poder fazer portaria que depois crie confusão para nós sem que essa portaria passe pela Presidência da República através da Casa Civil", declarou Lula.
Em seguida, Rui Costa detalhou as razões por trás dessa nova abordagem. Durante o programa "Bom Dia, Ministro", da EBC, o ministro afirmou que o fenômeno das fake news tem afetado a credibilidade de veículos oficiais e gerado desinformação em escala global. "Infelizmente, no mundo inteiro, não é só no Brasil, essa ferramenta da mentira fez com que hoje [...] todo mundo que lê hoje uma manchete, se pergunta: 'é verdade ou mentira?'. Mesmo notícias de veículos oficiais hoje estão carentes de credibilidade", observou Costa.
Rui ainda explicou que o objetivo da nova política de comunicação do governo é garantir que a verdade chegue antes da mentira. "É por isso que, na definição de políticas públicas, o presidente pediu e reforçou nessa reunião que, antes de fazer qualquer anúncio – seja uma portaria, uma instrução normativa –, a gente comunique antes. A verdade tem que chegar antes da mentira. Se a verdade chega antes, a mentira vai ter que disputar espaço com a verdade. Se a gente não comunicar antes, a mentira chega, se instala e você tem que lutar muito para desmentir aquilo", explicou.
O ministro citou como exemplo o episódio recente envolvendo a Receita Federal, que gerou uma avalanche de desinformação sobre a ampliação da fiscalização de transações financeiras realizadas por meio do PIX, cartões de crédito e outras formas de pagamento eletrônico. A medida, que foi anunciada em setembro e entrou em vigor no início deste ano, foi distorcida por uma onda de notícias falsas impulsionadas por políticos bolsonaristas.
Essa desinformação provocou um grande tumulto nas redes sociais, forçando o governo a esclarecer que não havia qualquer intenção de "taxar o PIX", como afirmavam as fake news. O próprio presidente Lula teve que intervir publicamente para desmentir as informações falsas e, eventualmente, revogar a medida de fiscalização sobre as transações financeiras, o que foi interpretado como uma derrota política para o governo, especialmente frente à oposição.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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