sábado, 25 de janeiro de 2025

Robert Kennedy Jr. agradece Trump por liberar documentos secretos sobre assassinatos históricos

Em declaração sobre liberação de registros, Kennedy Jr. aponta falta de transparência e acusa a CIA de ocultar informações cruciais

Robert F. Kennedy Jr. (Foto: Brian Snyder/Reuters)

Robert F. Kennedy Jr., sobrinho do ex-presidente estadunidense John F. Kennedy, expressou seu agradecimento ao presidente Donald Trump pela recente ordem executiva que promete liberar ao público todos os registros relacionados aos assassinatos de seu tio, de seu pai, o senador Robert F. Kennedy, e do líder dos direitos civis Martin Luther King Jr. A medida, assinada por Trump no Salão Oval da Casa Branca, visa finalmente garantir a transparência sobre esses eventos históricos, após mais de 50 anos de sigilo e desinformação sobre os casos.

Em sua declaração, Kennedy Jr. ressaltou a importância da ação de Trump, agradecendo ao presidente por confiar na população americana. “Obrigado, Presidente Trump, por confiar nos cidadãos americanos e por dar o primeiro passo para reverter essa trajetória desastrosa”, afirmou. Para Kennedy Jr., a liberação dos documentos secretos é uma vitória para a democracia, pois finalmente permitirá que o povo tenha acesso às informações que, por décadas, foram ocultadas pelas agências de inteligência dos Estados Unidos.

Robert F. Kennedy Jr. também criticou o longo período de ocultação das verdades sobre os assassinatos, destacando as consequências de uma cultura de sigilo e desinformação alimentada pelas autoridades. Citando uma famosa declaração de seu tio, John F. Kennedy, ele afirmou: “A própria palavra ‘segredo’ é repugnante em uma sociedade livre e aberta; e nós, como um povo, somos inerentemente e historicamente opostos ao segredo… Decidimos há muito tempo que os perigos da ocultação excessiva e injustificada de fatos pertinentes superavam em muito os perigos que são citados para justificá-la”. Para ele, a ocultação dos fatos não só prejudicou a confiança da população nas instituições, mas também impediu uma verdadeira compreensão dos acontecimentos que marcaram a história americana.

Kennedy Jr. ainda apontou que, ao longo dos anos, o governo federal não apenas omitiu informações essenciais, mas também favoreceu uma narrativa oficial que não corresponderia à realidade. “Uma nação que não confia em seu povo é uma nação que tem medo de seu povo”, disse, enfatizando que a falta de transparência sempre foi uma estratégia para manter o controle sobre a população e evitar a participação ativa dos cidadãos na democracia.

A ordem executiva de Trump visa finalmente abrir os registros secretos que envolvem os assassinatos de John F. Kennedy, Robert F. Kennedy e Martin Luther King Jr., três eventos centrais na história dos Estados Unidos que, até hoje, geram controvérsias. No caso do assassinato de JFK, ocorrido em 1963, a versão oficial da Comissão Warren, que atribuiu a responsabilidade ao atirador Lee Harvey Oswald, nunca foi totalmente aceita, especialmente por membros da família Kennedy e outros críticos, que acusam as agências de inteligência, como a CIA, de estarem envolvidas na ocultação de evidências.

O assassinato de Martin Luther King Jr., em 1968, também continua a gerar discussões, com várias acusações de que o FBI, a CIA e o exército dos EUA participaram de encobrir a verdadeira extensão da conspiração por trás de sua morte. O assassinato de Robert F. Kennedy, também em 1968, ainda permanece envolto em mistério, e a liberação desses registros pode lançar luz sobre os fatos que até hoje não foram plenamente esclarecidos.

A assinatura do decreto de Trump é vista como uma tentativa de reverter o legado de sigilo imposto pelas administrações anteriores e de restaurar a confiança do público nas instituições. No entanto, ainda há muitas dúvidas sobre o conteúdo dos documentos que serão revelados. A medida é, sem dúvida, um passo importante para a transparência e o fim do controle excessivo das informações por parte do governo, mas o impacto real dessa liberação só será conhecido quando os registros forem finalmente divulgados.

Fonte: Brasil 247

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