“É importante sabermos qual é o impacto real dessas mudanças na vida dos brasileiros”, disse o ministro da AGU
Jorge Messias (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou nesta terça-feira (14) que a resposta da Meta sobre a mudança na política de moderação de conteúdos das suas redes sociais será analisada de forma “técnica” e “cuidadosa”. Na última sexta-feira (10), a AGU notificou a empresa, que enviou a resposta às 23h50 de segunda-feira (13), faltando dez minutos para o término do prazo.
“Vamos tratar de analisar o inteiro teor do documento de forma cuidadosa e a partir de um olhar técnico do que significam as mudanças no dia a dia do funcionamento das plataformas da Meta”, afirmou Messias em entrevista à CNN Brasil. “Importante sabermos qual é o impacto real dessas mudanças na vida dos brasileiros”, complementou.
Segundo a CNN, a resposta da Meta não esclarece alguns pontos sobre a nova política de moderação de conteúdos, mas tranquiliza o governo. Nesta terça, será realizada uma reunião entre a AGU, os ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos e a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) para avaliar a resposta da Meta.
Na última semana, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou que a empresa iria abandonar o atual sistema de checagem de fatos para moderar os conteúdos nas suas redes, o substituindo pelo sistema de notas da comunidade. Na avaliação do governo Lula (PT), a mudança tende a aumentar a proliferação de notícias falsas nas redes sociais, especialmente em momentos de eleições.
Meta - Em janeiro, a Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, iniciou uma ampla reformulação. O conglomerado de Mark Zuckerberg encerrou seu programa de verificação de fatos nos Estados Unidos, nomeou o republicano Joel Kaplan para o cargo de diretor de Assuntos Globais e indicou Dana White, CEO do Ultimate Fighting Championship (UFC) e aliado próximo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para integrar seu conselho de administração.
A empresa tem intensificado esforços para melhorar sua relação com Trump. O republicano já criticou duramente as políticas de moderação de conteúdo da empresa e chegou a ameaçar prender Zuckerberg.
Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil
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