quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Pix registra aumento de transações no dia de crise e recuo do governo

Apesar do aumento nas transferências, medida que ampliava a fiscalização foi cancelada em meio a uma onda de fake news e desinformação sobre a medida

Pix (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O sistema de transferências via Pix registrou nesta quarta-feira (15) 171 milhões de transações, com um valor médio de R$ 530,08, marcando o maior volume da semana. A data coincide com a revogação por parte do governo de uma norma que ampliava o rol de instituições obrigadas a repassar informações à Receita Federal, após pressões e críticas intensas, além de uma onda de fake news relacionadas à tributação do mecanismo. As informações são da Folha de S. Paulo.

Embora as transferências de Pix tenham alcançado o maior número da semana, o volume foi inferior ao registrado nos dias anteriores. O valor médio de R$ 530,08 também foi o mais alto desde o início de janeiro, mas ainda abaixo da média de dezembro, que foi superior devido ao pagamento do décimo-terceiro salário.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu a flutuação nas transferências à sazonalidade, destacando a comparação entre dezembro e janeiro, quando a movimentação de dinheiro é naturalmente mais alta. Segundo ele, a mudança nas regras não foi responsável por uma queda no uso do Pix, e a ferramenta continua em expansão, com aumento de 30,4% em comparação à primeira quinzena de 2024.

A norma da Receita Federal que exigia mais repasses de dados foi criticada pela oposição e por grupos que divulgaram informações falsas e aplicavam golpes relacionados a uma suposta tributação do Pix. Sob pressão, decidiu revogar a norma. O ministro da Fazenda anunciou que uma medida provisória será editada para garantir a manutenção da gratuidade do serviço e a proteção do sigilo bancário das transferências.

O vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos principais catalisadores da oposição à norma, alcançando mais de 200 milhões de visualizações. A crise, que gerou desconforto dentro do governo, foi vista como uma derrota para a administração de Luiz Inácio Lula da Silva, após uma série de erros na condução do debate sobre a fiscalização do sistema de pagamentos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

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