domingo, 5 de janeiro de 2025

Pimenta cobra prisão dos "cabeças" do golpe e critica "cumplicidade" entre militares e bolsonaristas

Pelas redes, ministro da Secom convocou a militância a comparecer ao ato alusivo aos dois anos da tentativa de golpe, em 8 de janeiro de 2023

Paulo Pimenta, bolsonaristas radicais invadindo o Palácio do Planalto em 8 de janeiro e Jair Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR), Paulo Pimenta (PT), usou as redes sociais para fazer um apelo pela presença da militância em um ato no próximo dia 8 de janeiro, data que marca dois anos da tentativa de golpe de Estado no Brasil. O evento, que contará com a presença do presidente Lula (PT), será realizado no Palácio do Planalto, onde, em um gesto simbólico, Lula descerá a rampa para “abraçar o povo”, conforme anunciado por Pimenta.

Em um vídeo publicado, o ministro ressaltou a gravidade dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram os Três Poderes em Brasília, na tentativa de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022. Ele destacou que, embora muitos envolvidos estejam presos, ainda falta responsabilizar os mentores e financiadores do movimento.

“Já tem uma quantidade importante de pessoas presas, mas os cabeças, os mandantes, os financiadores do golpe ainda não foram julgados. E serão julgados no decorrer deste ano pelo Supremo Tribunal Federal, dentre eles Jair Bolsonaro”, afirmou Pimenta.

Cumplicidade entre militares e bolsonaristas - O ministro também abordou o papel das Forças Armadas durante a crise, questionando a permanência prolongada de acampamentos golpistas em frente aos quartéis por semanas. Para ele, houve um claro sinal de conivência. "Eu sempre fico me perguntando, tenta montar uma barraca na frente do quartel, do lado do muro do quartel, para ver quantos minutos dura a tua barraca ali antes de tu ser expulso pelos militares, enquanto os acampamentos permaneceram dias e dias nas áreas militares. Teve muita cumplicidade", destacou.

Pimenta relembrou o cenário de devastação que encontrou ao adentrar o Palácio do Planalto logo após os ataques, acompanhado de Wadih Damous. Ele enfatizou que os crimes cometidos não podem ficar impunes e que a sociedade precisa entender a gravidade de atentados contra a democracia. "O que essa gente fez não pode passar nenhuma ideia de impunidade. As pessoas precisam saber que crime contra a democracia é um crime muito grave e que todos aqueles que atentarem contra a democracia têm que pagar pelo crime que cometem", afirmou.

Fonte: Brasil 247

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