Petrobras mantém preços do diesel estáveis em 2024 e evita reajustes pela primeira vez em 13 anos

Segundo o Ineep, a estratégia tem efeitos positivos na economia, evitando pressões inflacionárias

Sede da Petrobras (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)

A Petrobras fechou 2024 sem fazer qualquer reajuste no preço do diesel em suas refinarias pela primeira vez em 13 anos. Já o preço da gasolina foi alterado apenas uma vez durante o ano. Segundo o Instituto Nacional de Estudos Estratégicos de Petróleo e Gás (Ineep), a estratégia tem efeitos positivos na economia, evitando pressões inflacionárias com o repasse do aumento do preço de combustíveis a outros produtos. As informações são da Folha de S. Paulo.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Ineep, a Petrobras passou a maior parte de 2024 com o diesel abaixo da paridade de importação da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP). O valor esteve acima apenas em seis semanas, entre os meses de setembro e outubro. Durante todo o ano, a Petrobras vendeu o diesel, em média, a R$3,53 por litro. Até a primeira semana de dezembro, a paridade média de importação da ANP foi de R$3,70 por litro. Ou seja, a estatal vendeu o produto com uma defasagem média de 5%.

A Petrobras afirma que, desde 2023, não considera mais a paridade internacional como o único parâmetro para a formação dos preços. "Essa estratégia permite a empresa mitigar a volatilidade do mercado internacional e da taxa de câmbio, proporcionando períodos de estabilidade de preços para os seus clientes, assim como contribui para uma melhor competitividade dos seus produtos", afirma, em nota.

Nesta semana, a presidente da estatal, Magda Chambriard, disse que a companhia cumpriu com o seu objetivo de “abrasileirar” os preços dos combustíveis, vendendo mais barato do que o exterior e mantendo lucro.

"Desde a adoção de sua nova política de preços, em maio de 2023, a estatal, além de adequar a precificação de seus derivados à realidade produtiva e logística nacional, contribuiu para mitigar os efeitos das flutuações dos preços internacionais sobre os consumidores brasileiros", diz o Ineep.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo