Os anabolizantes tinham insetos e repelentes em suas fórmulas
Polícia Civil (Foto: Tânia Rêgo/Arquivo/Agência Brasil)
Na manhã desta terça-feira (14), a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado (MPRJ) deflagraram a Operação Kairos, que resultou na prisão de 14 pessoas envolvidas na fabricação e comercialização de anabolizantes clandestinos, informa o g1. De acordo com as investigações, os produtos eram produzidos com substâncias prejudiciais à saúde humana, como repelentes de insetos, e não possuíam registro na Anvisa.
O esquema movimentou cerca de R$80 milhões em seis meses, sendo anunciado principalmente em plataformas online e redes sociais. Miguel Barbosa de Souza Costa Júnior, conhecido como "Boss", foi identificado como o chefe da quadrilha e foi preso em uma luxuosa residência em São Gonçalo, município da Região Metropolitana do Rio.
O grupo investigado é responsável por marcas de anabolizantes como Next, Thunder Group, Venon, Pharma Bulls, Supreme, Kraft, Phenix e Blank, que comercializavam produtos ilegais, incluindo a promoção de fisiculturismo e o patrocínio a atletas profissionais para impulsionar as vendas.
Além das prisões, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. A operação também incluiu a expedição de 8 mandados de medidas cautelares diversas da prisão. Ao todo, 23 pessoas foram denunciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) por envolvimento em crimes como fabricação, armazenamento e distribuição dos anabolizantes. O grupo é acusado de associação criminosa, crimes contra a saúde pública e contra as relações de consumo.
Em entrevista, o delegado Luiz Henrique Marques, responsável pela investigação, afirmou: “Estamos falando, possivelmente, do maior grupo de revenda de anabolizantes clandestinos do país. A movimentação financeira é muito maior, e nesta primeira fase estamos nos concentrando nos mentores e nos gestores da quadrilha. Mas ainda seguiremos investigando influenciadores, revendedores de ponta e até mesmo quem de certa forma contribuiu para os crimes apenas com propaganda e divulgação”.
As investigações também revelaram que o grupo pagava até R$10 mil para influenciadores divulgarem as marcas de anabolizantes em suas redes sociais.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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