O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): o ex-capitão quer o passaporte para ir à posse do republicano. Foto: Reprodução
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acreditam que as chances de o ministro Alexandre de Moraes autorizar a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à posse de Donald Trump nos Estados Unidos são mínimas, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
Três magistrados apontam fatores que dificultam essa possibilidade, incluindo o potencial uso do evento por Bolsonaro e seus aliados para atrair atenção e promover a narrativa de perseguição política, desconsiderando as evidências contra ele apresentadas pela Polícia Federal (PL) relacionadas à tentativa de golpe.
Para os ministros, a presença de Bolsonaro na posse poderia ser explorada para repercussão internacional, o que, na visão deles, não contribui para um debate equilibrado. O evento está marcado para o próximo dia 20 de janeiro, em Washington (EUA).
Outro elemento apontado é a recente mudança na política de checagem de informações pela Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp. Essa alteração, segundo os magistrados, facilita a disseminação de fake news, o que seria um agravante em um cenário como esse.
Na semana passada, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, divulgou um vídeo criticando “decisões secretas” de tribunais latino-americanos e alinhando a empresa com a postura de Donald Trump. A declaração foi interpretada por membros do governo federal e do Judiciário como uma referência ao STF.
Em resposta às críticas, a Meta afirmou nesta semana que a suspensão do Programa de Verificação de Fatos será aplicada apenas nos Estados Unidos e reforçou seu compromisso com transparência, direitos humanos e liberdade de expressão.
Apesar disso, aliados de Bolsonaro demonstram pessimismo sobre a possibilidade de Moraes liberar o ex-presidente para viajar. Eles destacam que não houve novos elementos desde os pedidos anteriores de Bolsonaro para viagens internacionais, todos negados pelo ministro. Segundo eles, a ausência de fatos relevantes torna improvável uma mudança na decisão.
Fonte: DCM com informações do jornal O Globo
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