O presidente destacou o compromisso do governo com a "estabilidade fiscal"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (30), em Brasília (DF), que seu governo não adotará outra medida fiscal prevista para 2025.
"Não tem outra medida fiscal. Caso se apresente, durante o ano, a necessidade de fazer alguma coisa, vamos sentar e definir. Mas, se depender de mim, não tem outra medida fiscal neste país. Estabilidade fiscal é uma questão muito importante para mim e para o governo", disse o chefe de Estado em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.
Na entrevista, o presidente também comentou sobre a decisão do Banco Central, que, nesta quarta-feira (29), elevou a taxa de juros (Selic) em 1 ponto percentual, para 13,25%. Atualmente, o BC é presidido por Gabriel Galípolo, mas, conforme destacaram deputados federais como Lindbergh Farias (RJ), Gleisi Hoffmann (PR) e Maria do Rosário (RS), a autoridade monetária determinou a alta da Selic durante a gestão de Roberto Campos Neto.
"Tenho 100% de confiança no trabalho do presidente do Banco Central. Ele vai criar as condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor", disse Lula.
Segundo o petista, "o presidente do Banco Central não pode dar um cavalo de pau em um mar revolto de uma hora para outra". "Já estava praticamente demarcada a necessidade da subida de juros pelo outro presidente, e o Galípolo fez o que ele entendeu que deveria fazer".
Metas fiscais
O Tesouro Nacional informou que o governo central teve um superávit primário de R$ 24,026 bilhões em dezembro, acumulando um saldo negativo de R$ 43,004 bilhões em 2024, ou 0,36% do Produto Interno Bruto.
As estatísticas incluem gastos extraordinários que não entrarão na apuração da meta fiscal. Um exemplo são as despesas para ajudar o Rio Grande do Sul, atingido por fortes enchentes no ano passado. Excluindo esse tipo de custo, o déficit do ano cai para R$ 11,032 bilhões, o que representou 0,09% do PIB. Como consequência, a meta de resultado primário de déficit zero foi cumprida - havia tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB.
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