Presidente da Câmara ataca a gestão federal, diz que governo perdeu credibilidade e sugere que reforma ministerial não será suficiente
Lula e Arthur Lira (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez duros ataques ao governo do presidente Lula (PT), insinuando que a gestão petista caminha para o fracasso. Ao comentar a tentativa do Planalto de atrelar a reforma ministerial ao apoio para as eleições de 2026, Lira disse que ninguém quer se associar a um governo enfraquecido. “Ninguém vai embarcar num navio que vai naufragar sabendo que vai naufragar”, afirmou.
O presidente da Câmara sugeriu que a troca de ministros não resolverá os problemas do governo e cobrou mudanças mais profundas, especialmente na economia e na relação com o Congresso. Lira ainda alfinetou a condução econômica da gestão petista e disse que o governo ganhou a "fama de taxador", em referência às tentativas de aumentar a arrecadação.
Reforma ministerial não resolve crise, diz Lira - Lira deixou claro que não considera a reforma ministerial suficiente para reverter o desgaste do governo. Segundo ele, o problema central não é a distribuição de cargos, mas sim a falta de credibilidade na economia e na articulação política. O presidente da Câmara também ironizou a condução da política econômica, afirmando que o governo precisa parar de criar novas formas de arrecadação e melhorar sua comunicação com a sociedade.
Apesar de ter sido um dos principais articuladores da reforma tributária, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Lira agora se coloca em posição de confronto com o governo, reforçando que não há clima para aprovação de novas medidas que aumentem impostos. “Esse governo está com fama de taxador, de arrecadador. Uma sanha arrecadatória, sem limite de despesa”, acusou.
Conflito com o governo e ameaça à governabilidade - As críticas de Lira reforçam o cenário de tensão entre o Congresso e o governo Lula, que enfrenta dificuldades para consolidar uma base de apoio. Nos bastidores, há um descontentamento crescente entre os partidos do Centrão, que reclamam da falta de espaço no governo e da condução política do Planalto.
Além disso, Lira reclamou de uma suposta ingerência do Judiciário sobre o Congresso, em referência às investigações sobre emendas parlamentares. Para ele, o governo precisa agir rapidamente para evitar que uma crise institucional paralise o país.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico
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