Novo espaço representa um marco físico do Plano de Atualização Tecnológica (PAT), que começou em 2022 e deve se estender por 11 anos
O espaço, localizado no lado paraguaio de Itaipu, representa o primeiro marco físico do PAT, considerado o maior e mais complexo projeto da usina desde a sua construção. (Foto: William Brisida/Itaipu Binacional)
A Itaipu Binacional inaugurou nesta quinta-feira (30) o Centro de Integração de Sistemas e Capacitação (Cintesc), localizado no lado paraguaio da usina. O novo espaço representa um marco físico do Plano de Atualização Tecnológica (PAT), que começou em 2022 e deve se estender por 11 anos. Segundo o diretor-geral brasileiro da hidrelétrica, Enio Verri, a inauguração simboliza o primeiro grande avanço do plano. “Essa é a primeira entrega concreta do PAT, considerado o maior e mais complexo projeto da usina desde a sua construção”, afirmou.
A cerimônia contou com a presença dos diretores-gerais do Brasil e do Paraguai, além de assessores, integrantes do Comitê Gestor do PAT e superintendentes da Diretoria Técnica. Para Enio Verri, o Cintesc representa não apenas um espaço físico, mas também um ponto de convergência de processos e troca de experiências com outros países. “A boa parceria com os irmãos paraguaios de Itaipu se reflete em investimento em obras e também na vida das pessoas”, destacou.
O diretor-geral paraguaio, Justo Zacarias Irún, reforçou a importância da iniciativa. “Embora pertença a dois países, Itaipu é uma só empresa, com o mesmo objetivo de ser referência em geração de energia e desenvolvimento regional”, declarou. Segundo ele, o novo centro permitirá capacitação contínua dos empregados da binacional, eliminando a necessidade de enviá-los ao exterior para treinamentos. “Agora, será possível trazer o fabricante aqui. Vamos trazer o mundo para cá, e o mundo vai pulverizar a tecnologia mais rapidamente”, completou.
⊛ Capacitação para a era digital
O diretor técnico executivo de Itaipu, Renato Sacramento, afirmou que a modernização da usina representa uma transformação profunda na forma de trabalho dos empregados. “A usina funciona muito bem, mas a tecnologia atual é da época do telefone com fio. Agora, estamos na era digital, como se estivéssemos mudando para o celular. Isso exige outra capacitação”, explicou. Para ele, a atualização tecnológica trará mais confiança às equipes e contribuirá para aprimorar o desempenho da hidrelétrica.
A engenheira Renata Biasi, gerente executiva do Comitê Gestor do PAT, detalhou a estrutura do Cintesc. O espaço conta com laboratórios que permitirão testar os novos equipamentos antes da instalação na usina. “Os testes integrados e mais específicos poderão ser feitos aqui. Isso facilitará a participação de mais profissionais da Itaipu nos processos, sem a necessidade de deslocamento até a sede dos fabricantes”, afirmou.
⊛ Estrutura e benefícios do Cintesc
O novo centro, que custou US$ 1,8 milhão, possui 1.257,59 m² de área e inclui salas de informática, espaços audiovisuais, laboratórios para testes de integração de sistemas e áreas de conforto para os empregados. A estrutura foi projetada para capacitar até 100 profissionais simultaneamente.
A implementação do Cintesc trará ganhos estratégicos para a atualização tecnológica da usina, reduzindo custos com treinamentos no exterior e permitindo a disseminação mais rápida do conhecimento entre os profissionais da binacional. O espaço já está sendo utilizado para testes da Rede de Tecnologia da Automação (RTA), um dos sistemas que serão incorporados à hidrelétrica.
⊛ O maior plano de modernização de Itaipu
A atualização tecnológica da Itaipu Binacional é o maior plano de modernização da usina desde sua entrada em operação. Com cerca de US$ 670 milhões em investimentos já contratados, o projeto teve início em maio de 2022 e terá duração de 14 anos.
O plano inclui a substituição de sistemas de controle e proteção das 20 unidades geradoras, da subestação isolada a gás, dos serviços auxiliares da usina, além da modernização das comportas do vertedouro e da barragem. A primeira unidade geradora passará por atualização em 2026, após uma fase de planejamento e testes.
Além do Cintesc, a modernização da usina prevê a reforma da Subestação da Margem Direita e a construção de novos almoxarifados. Equipamentos eletromecânicos pesados, como turbinas e rotores, não serão substituídos, pois ainda estão em boas condições operacionais.
Fonte: Brasil 247
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