INPC, que reflete a inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, registrou alta de 4,77% , 0,12 ponto percentual acima do teto da meta
(Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
Em 2024, o Brasil enfrentou uma inflação acima das metas estabelecidas pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reflete a inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, registrou alta de 4,77% no ano, ficando 0,12 ponto percentual (p.p.) acima do teto da meta de inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que abrange todas as faixas de renda, fechou o ano com uma variação de 4,83%, 0,33 p.p. acima do limite superior da meta.
O aumento de preços foi principalmente impulsionado pelo grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,60% e gerou um impacto significativo no INPC, de 1,83 p.p. Já o grupo Transportes foi o segundo maior responsável pelo aumento da inflação, com uma alta de 3,77% e um impacto de 0,74 p.p. no índice anual. O IPCA, por sua vez, também registrou altas consideráveis no setor de alimentação, com 7,69% de variação anual, e nos preços de saúde (6,09%) e transporte (3,30%).
O impacto dos combustíveis foi notável, especialmente no caso da gasolina, que teve uma alta de 9,71% em 2024, representando o maior impacto individual sobre o IPCA, com contribuição de 0,48 p.p. Outros itens que influenciaram diretamente a inflação foram o plano de saúde, com alta de 7,87%, e as refeições fora do domicílio, que subiram 5,70%.
Dentre as localidades, São Luís se destacou com a maior inflação acumulada em 2024, alcançando 6,51%, impactada principalmente pelos aumentos da gasolina e das carnes. Já Porto Alegre apresentou a menor inflação, com 3,57%, devido às quedas nos preços de itens como tomate e cebola. Na região metropolitana de São Paulo, a inflação foi de 5,01%, refletindo o grande peso da localidade no índice nacional.
Fernando Gonçalves, gerente de pesquisa do IBGE, destacou que os grupos de bens e serviços analisados se comportaram de forma similar tanto no INPC quanto no IPCA, mas com algumas diferenças em relação aos subitens, como planos de saúde e passagens aéreas, que têm maior peso para as famílias com renda mais alta.
Fonte: Brasil 247
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