Críticos do IBGE+ alegam que a fundação abriria caminho para a interferência de interesses privados nos trabalhos do instituto
Marcio Pochmann (Foto: Pedro França/Agência Senado)
O Ministério do Planejamento anunciou, nesta quarta-feira (29), a suspensão da fundação privada IBGE+, criada para apoiar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"[O ministério e o IBGE] Resolvem, em comum acordo, suspender temporariamente a iniciativa da Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do IBGE (IBGE+), proposta apoiada pelo MPO [ministério], para o desenvolvimento institucional e a ampliação das fontes de recursos para o IBGE", diz a nota.
Os críticos do IBGE+ alegam que a fundação abriria caminho para a interferência de interesses privados nos trabalhos do instituto, funcionando como um “IBGE paralelo”.
Diante da suspensão, a pasta do Planejamento ainda informou que estão "sendo mapeados modelos alternativos que podem ensejar alterações legislativas, o que requererá um diálogo franco e aberto com o Congresso Nacional".
Poucas horas antes do anúncio da decisão, o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, havia negado que houvesse interferência de interesses privados na atuação e nas aferições do instituto.
"Esse tema das fundações gera controvérsias não apenas no IBGE, mas em várias outras instituições públicas que tomaram essa decisão. Há uma perspectiva de entender que uma fundação dessa natureza, pública de direito privado, poderia levar a uma espécie de privatização", disse Pochmann.
"São modelos necessários para ampliar o orçamento e permitir a inovação tecnológica. Absolutamente necessário nos dias de hoje. O IBGE precisa inovar o seu método de coleta de preços”, completou.
Fonte: Brasil 247
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