domingo, 12 de janeiro de 2025

Governo oferecerá assistência a famílias do Assentamento Olga Benário, do MST

Três moradores foram mortos em ataque a tiros, e ministérios prometem reforçar a proteção de defensores de direitos humanos

Assentamento do MST (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

O assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé (SP), foi alvo de um ataque a tiros na noite de sexta-feira (10). Oito pessoas foram atingidas, resultando na morte de três delas: Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, Valdir do Nascimento, de 52 anos, e Denis Carvalho, de 29 anos. As demais vítimas foram encaminhadas ao Hospital Regional de Taubaté, onde passaram por cirurgias para a retirada dos projéteis, segundo informações divulgadas pela Agência Gov.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, que acionou autoridades estaduais e nacionais da área de segurança, relacionou o episódio às atividades de grupos criminosos. “Falei com os secretários Guilherme Derrite, Gilberto Kassab, com o delegado Osvaldo Nico Gonçalves e também com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues”, relatou. Logo em seguida, acrescentou: “[Trata-se de] uma tentativa de subtração de lotes pelo crime organizado. E nós tínhamos tirado o crime organizado de lá”.

O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), por meio do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), afirmou que dará suporte às lideranças locais e à coletividade do assentamento. A ministra Macaé Evaristo destacou a obrigação do Estado em garantir a segurança de quem luta pelos direitos fundamentais: “Temos o dever estatal de dar proteção integral às defensoras e aos defensores de direitos humanos. Neste sentido, acionaremos os órgãos de Estado responsáveis pela resolução de conflitos agrários e pela segurança pública para atuarmos de forma conjunta e coordenada”.

Já o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal abra um inquérito para investigar o atentado, em busca de responsabilizar os envolvidos e impedir novos episódios de violência. Em nota oficial, o MDHC ressaltou a importância de que situações de risco sejam prontamente comunicadas ao PPDDH, programa que atua em parceria com outros órgãos para prevenir ameaças a comunidades e lideranças sociais.

Para 2025, o MDHC planeja intensificar as políticas de proteção voltadas a grupos, associações e movimentos sociais que atuam na defesa de direitos humanos. O objetivo é evitar ocorrências semelhantes às registradas no assentamento Olga Benário e ampliar o alcance das ações de segurança para quem se encontra em situação de vulnerabilidade em decorrência de sua atuação.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Gov

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