Jornal ataca o governo Lula por querer baratear os alimentos para a população. “A campanha eleitoral da extrema-direita já começou”, diz Gleisi
Gleisi Hoffmann (Foto: Divulgação/pt.org.br)
A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o jornal Estado de S. Paulo tornou-se um “comitê permanente de campanha” contra o presidente Lula (PT) e seu partido. Um dos alvos dos editoriais do jornal nesta quinta-feira (23) foi a iniciativa do governo de adotar medidas para baratear o custo dos alimentos para a população brasileira.
“Os editoriais do Estadão são um comitê permanente de campanha contra Lula e o PT, desde que entraram na cena política do país; sempre atacando, quase sempre ofendendo e muitas vezes mentindo, como no texto desta quinta-feira. Mas quem já escreveu que era ‘uma escolha difícil’ votar em Bolsonaro ou no candidato do PT, Fernando Haddad, em 2018, não tem autoridade para duvidar dos compromissos democráticos de Lula e do nosso partido. Lula tem razão: a campanha eleitoral da oposição de extrema-direita já começou, inclusive nos editoriais do Estadão”, publicou Gleisi nas redes sociais.
“Bastou o presidente Lula avisar que botar comida na mesa do povo trabalhador é prioridade do governo e a reação contrária começou. Baixar o preço dos alimentos é realmente um desafio, especialmente num país em que as políticas de abastecimento e estocagem foram destruídas, a distribuição de combustíveis para o transporte foi criminosamente privatizada, os cartéis cresceram sem controle e os grandes agropecuaristas vivem em Miami e fazem negócios na Bolsa de Chicago. Mas as mentiras e ataques que vemos na mídia e na oposição bolsonarista comprovam que Lula está certo: o governo precisa melhorar é a vida do povo”, complementou.
O governo federal está analisando um conjunto de propostas para conter a inflação e reduzir os custos para os consumidores, incluindo medidas que podem impactar tanto o mercado de alimentos quanto o setor farmacêutico. Uma das ideias apresentadas é permitir a venda de medicamentos sem prescrição médica em supermercados.
Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, Rui Costa (PT), chefe da Casa Civil, afirmou que o governo está empenhado em encontrar soluções para reduzir o preço dos alimentos.
Costa informou ainda que o governo pretende dialogar com produtores para identificar alternativas que possam estimular o mercado e facilitar a queda de preços. No entanto, o ministro foi cauteloso ao esclarecer que o governo não pretende adotar intervenções diretas nos preços, mas sim estratégias de "redirecionamento".
O Estado de S. Paulo, no entanto, ignorou a advertência de Rui Costa, de que o governo não fará intervenções diretas nos preços dos alimentos, para trazer à baila o fantasma da hiperinflação que assolava o Brasil antes do Plano Real. “Ainda há muitos brasileiros com idade suficiente para lembrar como era o Brasil antes do Plano Real, que pôs fim à espiral inflacionária a partir de 1994. Naquelas décadas, experimentou-se de tudo, de estoques reguladores à retenção de exportações, passando por congelamento de preços e fiscais voluntários que davam voz de prisão a gerentes de supermercado. Mas os preços, indóceis, teimavam em subir”.
Nenhuma destas medidas, porém, parecem estar nos planos do governo. Rui Costa destacou que o Planalto está comprometido em criar políticas que favoreçam o consumidor, mas sem comprometer a sustentabilidade dos mercados.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo
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