terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Gleisi critica decisão de Trump de recolocar Cuba na lista de patrocinadores do terrorismo: "injusto e desumano"

"Uma ofensa à verdade e ao Direito Internacional, restabelecendo sanções ainda mais graves contra a população cubana", lamentou a presidente do PT

(Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de incluir novamente Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo gerou críticas da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Em postagem nas redes sociais, ela classificou a medida como "injusta e desumana", destacando que a ação representa uma grave ofensa ao Direito Internacional e impõe mais sanções a um país que já enfrenta um embargo econômico há mais de seis décadas.

“É injusto e desumano o decreto de Trump que volta a incluir Cuba numa lista unilateral de países que supostamente apoiaram o terrorismo. Uma ofensa à verdade e ao Direito Internacional, restabelecendo sanções ainda mais graves contra a população cubana que há mais de 60 anos enfrenta heroicamente um embargo econômico. Cuba sempre foi solidária com outros países e precisa como nunca da nossa solidariedade”, afirmou Gleisi.

◎ Histórico de sanções - Cuba foi originalmente incluída na lista de patrocinadores estatais do terrorismo pelo Departamento de Estado dos EUA em 1982, durante o governo Ronald Reagan. A inclusão foi justificada com base no apoio de Havana a movimentos revolucionários em outras partes do mundo. Em 2015, durante o governo de Barack Obama, o país foi removido da lista como parte de um esforço para reaproximar as duas nações. No entanto, a administração Trump reincorporou Cuba à lista em 2021. Em um gesto que buscava retomar a tentativa de normalização das relações entre os dois países, Biden havia retirado novamente Cuba da lista na reta final de seu mandato. No entanto, Trump, que assumiu o cargo na segunda-feira (20), retomou a medida.

◎ Impacto para Cuba - Ser designado como patrocinador do terrorismo traz implicações severas, como restrições econômicas ainda mais rígidas, proibição de exportações e imposição de barreiras ao comércio e investimento internacional. Para um país que enfrenta décadas de embargo, a medida agrava ainda mais as dificuldades econômicas da ilha e aumenta a pressão sobre sua população.

Fonte: Brasil 247

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