Resultado vem após dois anos de desaceleração. Crescimento reflete retomada da economia e aumento na demanda por mão de obra em diferentes segmentos
Lula e Luiz Marinho (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)
Após dois anos de desaceleração, a geração de empregos formais no Brasil voltou a crescer em 2024, com um saldo positivo de 1,69 milhão de vagas com carteira assinada, um crescimento de 16,5% em relação ao saldo registrado em 2023. Os dados foram divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), segundo o Metrópoles, e indicam um movimento de recuperação no mercado de trabalho, impulsionado principalmente pelo setor de serviços, que liderou as contratações.
Todos os cinco grandes grupamentos econômicos apresentaram crescimento no número de empregos formais ao longo do ano. O setor de serviços, que historicamente concentra grande parte das contratações no país, criou 929.002 postos de trabalho. O comércio gerou 336.110 novas vagas, seguido pela indústria (306.889), construção civil (110.921) e agropecuária (10.808). O crescimento reflete uma retomada da economia e um aumento na demanda por mão de obra em diferentes segmentos.
⊛ Dezembro tem retração - Apesar dos números positivos no acumulado do ano, dezembro de 2024 registrou um saldo negativo de 535.547 postos de trabalho com carteira assinada. O mês fechou com 1.524.251 admissões contra 2.059.798 desligamentos, marcando a maior queda para o período desde o início da série histórica em 2020. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) destacou que a retração já era esperada, pois historicamente há um aumento de demissões no último mês do ano. “Em termos relativos, a variação relativa apresentada para dezembro de 2024 é de -1,12%, similar à observada em períodos anteriores de crescimento de emprego", apontou o ministério.
⊛ Salário médio cresce - O levantamento do Caged também revelou um aumento no salário médio real do trabalhador em 2024. O valor registrado foi de R$ 2.177,96, representando um crescimento de R$ 55,02 (+2,59%) em relação ao ano anterior, quando o salário médio era de R$ 2.122,94.
No entanto, a diferença salarial entre trabalhadores típicos e não típicos ainda é expressiva. Enquanto os empregados com contratos tradicionais receberam, em média, R$ 2.211,13 (1,5% acima da média geral), os trabalhadores considerados não típicos – aqueles em vínculos flexíveis ou informais – tiveram rendimento médio de R$ 1.941,72, o que representa uma remuneração 10,8% menor que a média do mercado formal.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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