Presidente do PT critica a Folha por negar a melhora fiscal e diz que o jornal pressiona por juros altos e cortes nas políticas públicas
(Foto: (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados))
A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reagiu com indignação ao editorial publicado pela Folha de S. Paulo, que questiona os dados apresentados pelo governo federal sobre o desempenho fiscal de 2024. Em uma postagem no X, Gleisi classificou como “espantosa” a tentativa do jornal de minimizar a melhora nas contas públicas, acusando-o de manipular números para construir uma narrativa de crise econômica com objetivos políticos.
“É espantoso o editorial da Folha que revela o inconformismo do jornal com a inegável melhora das contas do governo Lula em 2024. Chega ao cúmulo de acusar o governo de ter ‘gastado mais’ em 2023 para ‘gastar menos’ no ano passado. Torturam os números para ver se eles contam uma história de crise fiscal, que não existe, para seguir pressionando por mais juros e cortes nos investimentos e políticas públicas”, afirmou Gleisi.
A crítica de Gleisi se dirige ao editorial intitulado “Déficit do Tesouro é maior do que sugerem balanços oficiais”, que acusa o governo Lula de maquiar as contas públicas por meio de manobras orçamentárias, como antecipação de despesas e adiamento de receitas. O jornal sugere que, sem um ajuste fiscal mais rígido, o país corre o risco de entrar em uma crise econômica.
Entre os pontos destacados pela *Folha*, está a alegação de que o governo federal teria inflado as contas de 2023 para apresentar uma melhora mais expressiva no ano seguinte. A publicação ainda cita análises de especialistas e dados da Instituição Fiscal Independente (IFI) que apontam aumento de 4,3% nos gastos públicos acima da inflação em 2024, além de um déficit de 1,16% nos três primeiros trimestres do ano.
Rebatendo a narrativa - Gleisi, no entanto, argumenta que os dados apresentados pelo jornal desconsideram a “herança desastrosa” deixada pelo governo de Jair Bolsonaro, que inclui um calote bilionário de R$ 82 bilhões em precatórios e débitos com estados. Ela também destacou que o pagamento dessas dívidas, feito pelo governo Lula em 2023, foi um compromisso necessário e inadiável, refutando a ideia de que se tratou de um gasto irresponsável. “É uma acusação tão falsa e injusta como chamar alguém de perdulário porque pagou o que era devido”, disparou Gleisi.
A liderança petista também sugeriu que o posicionamento editorial da Folha faz parte de uma estratégia maior para pressionar o governo por cortes em políticas públicas e o Banco Central por uma manutenção dos juros altos, prejudicando o crescimento econômico e os investimentos sociais.
Fonte: Brasil 247
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