terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Ex-PRF preso por liderar sabotagem nas estradas no 2º turno eleitoral ganha cargo público em SC

Silvinei Vasques foi nomeado para o cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação na prefeitura de São José

Silvinei Vasques (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Silvinei Vasques, foi nomeado para o cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação na prefeitura de São José, em Santa Catarina. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles. Na nova função, Vasques atuará sob a gestão do prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD), recebendo um salário de R$ 10.143,03.

A secretaria comandada por Vasques tem como principal objetivo implementar políticas voltadas para o crescimento sustentável e a diversificação econômica do município. Entre as atribuições estão o fomento de parcerias com o setor privado, o apoio a empresas locais e a promoção de iniciativas que conciliem desenvolvimento econômico com responsabilidade social e ambiental.

A nomeação de Silvinei ocorre após ele ser solto, em agosto de 2023, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A detenção foi resultado de investigações que apontaram suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022 para favorecer o então presidente Jair Bolsonaro. O episódio envolveu bloqueios em rodovias que, segundo a Polícia Federal, configuraram crimes de prevaricação, violência política e obstrução do sufrágio, previstos no Código Penal e no Código Eleitoral Brasileiro.

Os bloqueios, realizados pela PRF durante o pleito, tiveram maior impacto na região Nordeste, onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conquistou ampla vantagem no primeiro turno. Silvinei foi acusado de atuar de forma a dificultar o transporte de eleitores, beneficiando assim Bolsonaro. Após um ano de prisão preventiva no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, a detenção de Vasques foi revogada por Moraes, que considerou não mais existirem os fatores que justificavam sua manutenção na cadeia.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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