A pastora Denise Seixas, ex-esposa do apóstolo Rina, fundador da Igreja Bola de Neve, revelou acusações de irregularidades financeiras envolvendo Everton Cesar Ribeiro, ex-diretor financeiro da igreja e dono da empresa SIAF Solutions, responsável pela gestão financeira da denominação. Segundo o Uol, Denise afirma que há indícios de desvio de dinheiro, o que motivou uma comunicação ao Ministério Público de São Paulo.
A defesa de Denise acusa Everton de agir em conluio com membros do conselho da igreja para assumir o controle administrativo, além de reter documentos e equipamentos da sede. Ela aponta que a empresa de Everton teria retido de 3% a 5% das doações feitas via máquinas de cartão.
Everton rebate as acusações e afirma que a remuneração da SIAF é menor que o padrão de mercado, sendo paga por uma terceira empresa, a Granito Meios de Pagamento. Ele também nega ter retido documentos da igreja, dizendo que o computador citado é de uso pessoal.
A situação se agravou após a morte de Rina, em novembro de 2024. Desde então, Denise busca na Justiça o reconhecimento como presidente da igreja, direito que lhe seria assegurado pelo estatuto em caso de ausência do líder.
Em meio à disputa pelo comando da instituição, Denise demitiu Everton, mas o conselho deliberativo declarou a decisão inválida, argumentando que mudanças na diretoria exigem aprovação formal.
O conselho também saiu em defesa de Everton, afirmando que uma sindicância interna foi aberta após as primeiras denúncias, sem encontrar irregularidades. Segundo o conselho, o percentual citado pela pastora corresponde ao custo operacional e manutenção do software, adotado em 2018 após um processo de licitação.
Denise, no entanto, contesta a existência de qualquer licitação e afirma que, na época de sua implementação, não foi informada sobre o contrato com a SIAF, apesar de ocupar a vice-presidência.
Everton argumenta que o sistema desenvolvido por sua empresa trouxe eficiência para a administração financeira da igreja, centralizando as arrecadações das mais de 3.000 máquinas de cartão usadas nas filiais. Ele destaca que sua empresa atende outras grandes igrejas e que a exposição das denúncias prejudicou sua atuação no mercado.
O caso segue em segredo de justiça, dificultando o acesso a detalhes das provas. Ainda assim, a disputa tem exposto divergências administrativas e fragilidades na governança da Bola de Neve Church, que conta com centenas de filiais em mais de 30 países.
Fonte: DCM com informações do UOL
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