terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Embaixador de Israel diz que pretende diminuir tensões com o Brasil: "somos países amigos"

Daniel Zonshine propõe celebrações históricas e intercâmbio cultural para fortalecer laços diplomáticos

Daniel Zonshine. Foto: Alan Santos - PR

Daniel Zohar Zonshine, embaixador de Israel no Brasil, expressou seu desejo de reduzir as tensões nas relações entre Israel e Brasil, destacando a importância da amizade bilateral. Em entrevista ao portal Metrópoles, o diplomata enfatizou a necessidade de manter um diálogo aberto e construtivo para superar os desafios atuais.

Após o incidente envolvendo um soldado israelense que se tornou alvo da Justiça brasileira, Zonshine declarou que “não há espaço para tornar o caso um problema diplomático entre os dois países”. “Nossa ideia é diminuir as tensões [na relação entre Israel e Brasil], porque somos países amigos”, afirmou o embaixador, demonstrando a intenção de Israel em resolver as divergências de maneira pacífica e colaborativa.

A crise diplomática teve início em fevereiro de 2024, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto, gerando ampla repercussão internacional. Em resposta, Lula foi declarado persona non grata em Israel, e o governo brasileiro ordenou a retirada do embaixador em Tel Aviv, sinalizando um abrandamento nas relações entre as duas nações.

Quando questionado sobre possíveis gestos positivos que o Brasil poderia adotar para melhorar o cenário, Zonshine sugeriu a celebração do 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, marcada para 27 de janeiro. “Acho que essa data é um momento importante para reforçarmos nossos laços históricos e a memória compartilhada”, declarou o embaixador, referindo-se à libertação de Auschwitz, onde aproximadamente 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas.

Além disso, Zonshine destacou a importância de eventos culturais e acadêmicos como meios de estreitar a cooperação entre os países. “Iniciativas que promovam o intercâmbio cultural e científico podem servir como pontes para superar os desafios atuais e construir um futuro de parceria e respeito mútuo”, completou o diplomata.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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