"No momento em que trabalhamos a reconstrução do Estado, seríamos chamados a pagar mais para a União. Não faz sentido”, disse o governador
Eduardo Leite (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), criticou o governo federal, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devido aos vetos ao projeto de renegociação das dívidas estaduais. Em entrevista à CNN Brasil, Leite argumentou que os vetos comprometem as condições para que o Rio Grande do Sul possa aderir ao novo programa de recuperação fiscal, destacando que os termos modificados "simplesmente tornam sem sentido" a adesão do Estado.
"Simplesmente torna sem sentido a adesão do Rio Grande do Sul", afirmou Leite, “No momento em que trabalhamos a reconstrução do Estado, seríamos chamados a pagar mais para a União. Não faz sentido”, reforçou. Segundo ele, as alterações retiraram os alívios prometidos para o curto prazo, fundamentais para os Estados com maior dificuldade financeira, como é o caso do Rio Grande do Sul. O governador foi enfático ao afirmar que, para o seu estado, a adesão ao novo regime acarretaria um impacto negativo estimado em R$ 2 bilhões por ano.
Além disso, Leite criticou a postura do governo federal, vendo os vetos como um "descumprimento flagrante dos compromissos" assumidos durante a tramitação do projeto, o que resultaria em uma "ruptura de confiança" e prejudicaria a credibilidade de futuras negociações entre os Estados e a União.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou as reações negativas dos governadores aos vetos de Lula. Haddad, que participou da elaboração do projeto e se reuniu com governadores de oposição durante o processo, afirmou que o texto aprovado "vai muito além do que eles pediram". "Se eu fosse um governador de oposição, eu daria um telefonema agradecendo", disse o ministro.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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