Objetivo do movimento especulativo era "pressionar as expectativas de inflação, a alta dos juros e o corte de investimentos do governo", aponta a deputada
Gleisi Hoffmann (Foto: Reuters/Amanda Perobelli | Reuters/Lisa Marie David)
A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou de forma contundente o movimento especulativo que levou o dólar a alcançar picos históricos no Brasil, como os R$ 6,30 observados entre novembro e dezembro do ano passado. Em postagem nas redes sociais, Gleisi afirmou que a recente queda da moeda norte-americana para R$ 5,90 evidencia que a valorização extrema do dólar foi motivada por especulação financeira, com impactos negativos para a economia brasileira. “Foi um movimento especulativo escandaloso, para pressionar as expectativas de inflação, a alta dos juros e o corte de investimentos e políticas sociais do governo”, escreveu.
A queda do dólar nesta sexta-feira (24) reflete um movimento contínuo de desvalorização que começou nas últimas semanas, culminando na menor cotação desde 27 de novembro. Na quinta-feira (23), a moeda norte-americana fechou em R$ 5,92, com queda de 0,35%. Já nesta manhã, o dólar continuava em queda, operando a R$ 5,907 ou menos.
Na visão de Gleisi, a disparada do dólar no final de 2024 teve como objetivo pressionar a política econômica do governo federal, favorecendo especuladores financeiros em detrimento do país. Ela destacou que os ganhos exorbitantes de determinados setores financeiros ocorreram à custa do crescimento econômico e do aumento da dívida pública, que terá bilhões de reais em juros acrescidos como resultado. “O mais grave é que o crime foi cometido à luz do sol, sob aplausos da mídia”, acusou.
Analistas financeiros mais críticos também têm apontado que o comportamento do mercado cambial nos últimos meses foi influenciado por fatores externos e internos, mas, em alguns momentos, esteve claramente descolado de fundamentos econômicos objetivos. A inflação mais controlada no início de 2025 e o anúncio de políticas econômicas mais brandas por parte dos Estados Unidos ajudaram a diminuir a pressão sobre o dólar.
Fonte: Brasil 247
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