A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) fez um apelo a colegas parlamentares nesta quinta-feira (30), após o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassar seu mandato por 5 votos a 2, sob a acusação de abuso de poder ao divulgar fake news. A ação foi protocolada pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Em busca de apoio, Zambelli enviou mensagens pelo WhatsApp a aliados, pedindo que saíssem em sua defesa nas redes sociais para demonstrar que conta com respaldo político, conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
“Infelizmente a votação terminou com somente 2 votos divergentes, com um resultado de 5×2 pela cassação do meu mandato e 8 anos de inegibilidade. Peço que os colegas postem em seu X pra que os jornalistas vejam o apoio dos amigos. Foi um julgamento político e não jurídico no TRE-SP com o inclusão de fatos alheios ao processo”, escreveu a deputada em um grupo de WhatsApp com outros parlamentares.
A bolsonarista anunciou que vai recorrer da decisão do TRE-SP, mas alertou sobre as consequências de uma eventual derrota judicial, destacando que, caso perca o mandato, sua vaga será ocupada por um parlamentar do PSOL. “Em caso de perda final, minha vaga vai para o PSOL e ainda perdermos mais 2 a 3 deputados de SP”, afirmou.
Zambelli enfrenta acusações e polêmicas nos últimos anos, mas se mantém protegida pelo foro privilegiado. Entre os episódios mais graves está a perseguição armada a Luan Araújo, colunista do DCM, em uma área nobre de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
Nas redes sociais, a bolsonarista mentiu ao alegar que foi agredida. Na realidade, caiu sozinha enquanto discutia com Luan, que lhe disse: “Te amo, espanhola”.
Nos vídeos que viralizaram, o jornalista corre em direção a um bar enquanto Zambelli e alguns homens aparecem em seu encalço. Pouco antes, um dos indivíduos que acompanhavam a parlamentar disparou um tiro em sua direção. “A intenção era me matar”, disse ele ao UOL na época.
Outro caso envolve sua relação com o hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, a quem solicitou a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: DCM
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