sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Correios atribui déficit a sucateamento na era Bolsonaro e critica pedidos de privatização

A estatal registrou um déficit de R$ 3,2 bilhões no ano passado

O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, afirmou nesta sexta-feira (31) que o déficit de R$ 3,2 bilhões da estatal no ano passado é reflexo do sucateamento da empresa durante a tentativa de privatização no governo do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL). A declaração ocorreu diante do anúncio do Banco Central sobre o suposto rombo registrado pelas estatais federais em 2024.

“Os Correios foram preparados para ser privatizados. Os Correios foram sucateados. Não se tinha investimento em tecnologias. A gente tem grandes empresas que investem em robotização das operações, que investem em modernização do seu parque tecnológico e isso é vital para uma empresa como os Correios”, afirmou Fabiano após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Gestão, Esther Dweck.

“Então esse sucateamento é um preço muito alto que a empresa faz. E, isso sim, nós estamos trabalhando com muita dedicação para inovar”, enfatizou.

Além da precarização, o presidente da estatal também mencionou o impacto da “taxação das blusinhas”, como é conhecido o Programa Remessa Conforme, lançado em 2023.

“Esse resultado que foi divulgado parcialmente se refere a um contexto específico, que foi a regulamentação, compliance, que foi dado a essas compras internacionais. Então isso teve um impacto significativo na nossa empresa e também a precatórios, que são frutos de gestões anteriores, que hoje estão contabilizadas no nosso resultado”, destacou Fabiano.

Sobre uma eventual troca na presidência da empresa, a ministra da Gestão afirmou, ainda nesta sexta-feira, que a questão não foi tema da reunião realizada mais cedo com o chefe do Executivo.

"Não. Hoje o que a gente conversou com o presidente da República foi o Fabiano apresentar os resultados da empresa, fazer as explicações para o presidente dos resultados apresentados hoje, da expectativa para o resultado que será apresentado em março, e apresentar as propostas que ele está fazendo de reestruturação", disse Dweck.

Fonte: Brasil 247

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