
O comandante do Exército, Tomás Paiva, planeja visitar o general da reserva e ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), Walter Braga Netto, que está preso preventivamente desde 14 de dezembro por obstruir investigações relacionadas à tentativa de golpe para impedir a posse de Lula (PT).
Durante sua próxima viagem ao Rio de Janeiro, Tomás pretende ir à 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, onde Braga Netto está detido há um mês, embora a data da visita ainda não tenha sido definida, conforme informações da colunista Bela Megal, do Globo.
Interlocutores de Tomás Paiva destacam que a visita não será um gesto de solidariedade, mas parte de uma agenda regular que o comandante realiza com militares presos. Nessas ocasiões, ele avalia as condições das instalações, a saúde dos detidos e seu acesso a assistência jurídica.
Essa prática já fazia parte da rotina de Tomás quando liderava o Comando Militar do Sudeste e foi mantida após ele assumir o posto mais alto do Exército. O comandante também realiza inspeções em hospitais das Forças Armadas.
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No ano passado, Tomás Paiva visitou o coronel e ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara, enquanto ele estava preso. Câmara é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe, assim como Braga Netto.
Sem amizade
Braga Netto não mantém uma relação próxima com Tomás Paiva. Segundo as investigações, o ex-ministro chegou a orientar ataques ao atual comandante do Exército nas redes sociais.
De acordo com a PF, em 17 de dezembro de 2022, cinco dias após a diplomação de Lula, Braga Netto pediu ao ex-capitão Ailton Barros, expulso do Exército em 2006, que “viralizasse” ataques contra Tomás Paiva. Após a ordem, houve um aumento nas ofensivas contra o comandante em perfis de apoiadores de Bolsonaro.
Fonte: DCM
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