Produção brasileira enfrenta grandes concorrentes, mas surpreende com projeção internacional
O Brasil está no centro das atenções no Oscar 2025, com “Ainda Estou Aqui” fazendo história ao conquistar três indicações: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com Fernanda Torres. Apesar da concorrência acirrada, críticos apontam que há espaço para conquistas brasileiras em um dos maiores eventos do cinema mundial.
◎ Melhor Atriz: campanha intensa e elogios unânimes
Fernanda Torres surpreendeu ao vencer o Globo de Ouro, ganhando projeção internacional. No entanto, sua ausência no SAG Awards e no Bafta enfraquece sua posição na corrida. Demi Moore, estrela de A Substância, é apontada como favorita após conquistar o Globo de Ouro na mesma categoria. Karla Sofía Gascón (Emilia Perez) também se destaca, sendo a primeira mulher trans indicada a Melhor Atriz, o que a coloca em discussões representativas importantes.
Para a crítica Isabela Faria, as chances de Fernanda dependem de sua campanha contínua: “Eu ainda acredito que as duas favoritas sejam a Demi Moore e a Karla Sofía Gascón. Eu não acho que ela [Fernanda] vá ganhar, a não ser que ela continue numa campanha pesada, como está fazendo”, avaliou. Já a revista The Hollywood Reporter destacou que, embora Fernanda seja uma concorrente menos provável, sua performance foi “universalmente elogiada”.
◎ Melhor Filme e Melhor Filme Internacional: equilíbrio nas disputas
Na categoria Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui” enfrenta concorrentes de peso, como Conclave e O Brutalista, sendo este último o favorito, segundo o site Gold Derby. Para Fabiana Lima, crítica de cinema, o teor político da narrativa pode ser um diferencial: “A gente está falando muito sobre governos de extrema-direita no mundo todo, e acho que isso é muito importante para falar sobre política, que é algo que o Oscar não tocava muito antes, mas agora está tocando mais”, destacou.
Apesar disso, Fabiana acredita que a Academia pode dividir prêmios entre produções com várias indicações, como Emilia Perez. Assim, o filme brasileiro tem chances maiores de vencer em uma das duas categorias. Outro fator relevante é o aumento expressivo no número de salas exibindo “Ainda Estou Aqui” nos Estados Unidos, indicando maior visibilidade e impacto.
A revista Variety descreveu a indicação do filme a Melhor Filme como “uma surpresa”, enquanto a The Hollywood Reporter classificou a obra como um “belo pedaço de simetria cinematográfica”.
Fonte: Agenda do Poder com informações de Metrópoles
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