Bolsonaro diz que processará Haddad após insinuações sobre desinformação sobre o Pix

"Vou processar o Haddad. Ele não tem o que fazer, sempre me acusa de alguma coisa", afirmou o ex-mandatário

Fernando Haddad e Jair Bolsonaro (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | REUTERS/Adriano Machado)

Jair Bolsonaro (PL) disse que irá processar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o chefe da pasta acusá-lo de estar por trás da desinformação que circulou sobre o sistema de pagamentos Pix. A acusação de Haddad veio após um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais, no qual o deputado Nikolas Ferreira (PL) critica a fiscalização de transações financeiras pela Receita Federal.

"Vou processar o Haddad. Ele não tem o que fazer, sempre me acusa de alguma coisa", afirmou Bolsonaro em entrevista a jornalistas neste sábado (18), segundo o UOL. As declarações foram feitas enquanto Bolsonaro acompanhava o embarque de sua esposa, Michelle Bolsonaro, para os Estados Unidos. A ex-primeira-dama representará o ex-mandatário na posse de Donald Trump.

Bolsonaro também rebateu as críticas de Haddad, que, durante uma entrevista à CNN Brasil na sexta-feira (17), sugeriu que o ex-mandatário poderia estar envolvido na disseminação de notícias falsas sobre o Pix. "Os Bolsonaro têm uma bronca da Receita Federal por conta desses três episódios: compra de imóveis, roubo de joias e rachadinha. Foram investigados, mas eles têm um problema com a Receita”, disse Haddad na ocasião. O ministro da Fazenda também apontou que o PL, partido de Bolsonaro, havia financiado o vídeo de Nikolas Ferreira.

Em sua resposta, Bolsonaro mencionou que Haddad fez uma acusação infundada sobre a origem de seus recursos. "Ele pegou meia dúzia de familiares meus do Vale do Ribeira, de 1990 para cá, e está pago em moeda nacional corrente", declarou o ex-presidente, se defendendo das insinuações do ministro.

A polêmica sobre o Pix ganhou destaque após a Receita Federal anunciar uma portaria que exigia que plataformas de pagamento reportassem transações acima de R$ 5 mil. A medida, que entrou em vigor em 1º de janeiro, foi utilizada pela oposição para disseminar a narrativa de que o governo estaria tentando introduzir um imposto sobre o sistema de pagamentos instantâneos. O governo federal recuou após a reação pública, o que gerou confusão e alimentou a desinformação sobre o assunto.

O vídeo de Nikolas Ferreira, que critica a portaria, alcançou mais de 300 milhões de visualizações no Instagram.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL