"É este o sentido de seu apelo a Trump, Musk e Zuckerberg para que o livrem da cadeia, usando poderes externos para mudar o curso da Justiça", afirma
(Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), acusou Jair Bolsonaro (PL) de continuar articulando ameaças contra a democracia brasileira. Em uma postagem nas redes sociais, Gleisi reagiu à entrevista concedida pelo ex-presidente ao jornal norte-americano The New York Times, classificando as declarações de Bolsonaro como evidência de suas intenções golpistas.
“A inacreditável entrevista de Jair Bolsonaro ao New York Times mostra que o inelegível é capaz de espalhar mentiras em qualquer idioma, mas também comprova que ele continua tramando um golpe contra a democracia no Brasil. É este o sentido de seu apelo a Trump, Musk e Zuckerberg para que o livrem da cadeia, usando poderes externos para mudar o curso da Justiça e da política em nosso país”, afirmou Gleisi.
A declaração da parlamentar se refere às falas de Bolsonaro durante a entrevista em que expressou esperança de que figuras como o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e os bilionários Elon Musk e Mark Zuckerberg possam influenciar o cenário político brasileiro. Para Gleisi, esse apelo evidencia uma tentativa de interferência externa nas instituições democráticas do Brasil.
Durante a entrevista, Bolsonaro negou ter planejado um golpe após as eleições de 2022, mas admitiu ter discutido a edição de um decreto golpista: “não vou negar para você, mas na segunda conversa foi descartado”. Ele também minimizou investigações sobre planos de assassinato contra autoridades como o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.
Gleisi Hoffmann destacou ainda a exposição de ministros do STF indicados por Bolsonaro, como André Mendonça e Nunes Marques, sugerindo que o ex-presidente confia que esses magistrados possam favorecer seu retorno à política. "Felizmente não é para o New York Times que Bolsonaro precisa se explicar, mas para a Justiça brasileira, que é soberana e não se guia pelos algoritmos, mas pela Constituição e o Código Penal", reforçou a presidente do PT.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal norte-americano The New York Times
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