Trégua prevê a libertação de reféns e recuo das tropas israelenses em Gaza
Palestinos comemoram cessar-fogo (Foto: Ramadan Abed/REUTERS)
O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor neste domingo (19) após um atraso de quase três horas. Inicialmente previsto para começar às 8h30 (horário local), o início da trégua foi adiado devido à demora do Hamas em divulgar a lista dos primeiros reféns que seriam libertados. O governo israelense havia condicionado a implementação do cessar-fogo à entrega dessa lista, o que gerou tensão no momento mais crítico do conflito.
De acordo com o g1, um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirma que o cessar-fogo só seria aceito quando o Hamas fornecesse informações sobre os reféns. Em resposta, o grupo palestino justificou a demora pela existência de "razões técnicas". Após o atraso, as Forças de Defesa de Israel realizaram bombardeios em algumas regiões da Faixa de Gaza.
Cerca de duas horas depois, o Hamas divulgou a lista com os nomes de três mulheres reféns que seriam libertadas, permitindo o início da trégua. São elas: Romi Gonen, de 24 anos, sequestrada em uma emboscada enquanto tentava deixar o festival Supernova; Emily Damari, de 28 anos, com nacionalidade britânico-israelense, sequestrada no Kibutz Kfar Aza; e Doron Steinbrecher, de 31 anos, enfermeira veterinária sequestrada dentro de seu apartamento em Kfar Aza.
Ainda conforme a reportagem, após a confirmação dos nomes e a comunicação às famílias das vítimas, o governo israelense anunciou que o cessar-fogo começaria oficialmente às 11h15 (horário local), com a previsão de que o resgate das vítimas acontecesse às 16h (horário local), ou 11h em Brasília. Outros quatro reféns devem ser libertados nos próximos sete dias.
O acordo, que é resultado de mais de seis meses de negociações mediadas pelos Estados Unidos, Catar e Egito, prevê a liberação gradual de 33 reféns israelenses e o recuo das tropas israelenses na Faixa de Gaza, além da liberação de prisioneiros palestinos. Este é o segundo cessar-fogo entre Israel e Hamas desde outubro de 2023, sendo que a primeira trégua ocorreu no final de novembro do ano passado e durou apenas uma semana.
O tratado descrito envolve três etapas principais para resolver o conflito entre Israel e o Hamas. A primeira etapa foca no cessar-fogo e na liberação de reféns, com Israel libertando prisioneiros palestinos em troca de reféns israelenses, além da retirada de algumas tropas israelenses e a permissão para o retorno dos moradores do norte de Gaza. A segunda fase aborda a liberação dos reféns restantes e o fim das hostilidades, com a retirada das tropas israelenses de Gaza.
A terceira e última etapa envolve a reconstrução de Gaza e a devolução de corpos dos reféns que não sobreviveram. No entanto, um grande impasse persiste sobre quem controlará Gaza após o conflito, com Israel se opondo à ideia de que o Hamas possa governar a região.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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