O 39º presidente dos EUA, Jimmy Carter, morreu aos 100 anos neste domingo (29)
Jimmy Carter (Foto: Reuters)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou pesar pela morte do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, falecido aos 100 anos neste domingo (29), conforme informou o Carter Center mais cedo.
Lula ressaltou o legado de Carter na defesa dos direitos humanos, tanto durante quanto após seu mandato na Casa Branca, destacando sua atuação no enfrentamento à ditadura militar brasileira e seu compromisso com a democracia e a justiça social.
"Jimmy Carter foi senador, governador da Geórgia e presidente dos Estados Unidos. Foi, acima de tudo, um amante da democracia e defensor da paz. No fim dos anos 70, pressionou a ditadura brasileira pela libertação de presos políticos. Depois, como ex-presidente, continuou militando pela promoção dos direitos humanos, pela paz e pela erradicação de doenças na África e na América Latina", escreveu Lula na plataforma X.
Lula também destacou o legado de Jimmy Carter como mediador de conflitos globais e sua firme oposição às guerras, evidenciando seu compromisso com a paz e a diplomacia internacional.
"Carter conseguiu a façanha de ter um trabalho como ex-presidente, ao longo de décadas, tão ou mais importante que o seu mandato na Casa Branca. Criticou ações militares unilaterais de superpotências e o uso de drones assassinos. Trabalhou junto com o Brasil na mediação de conflitos na Venezuela e na ajuda ao Haiti. Criou o Centro Carter, uma referência mundial em democracia, direitos humanos e diálogo. Será lembrado para sempre como um nome que defendeu que a paz é a mais importante condição para o desenvolvimento. Meus sentimentos aos seus familiares, amigos, correligionários e compatriotas nesse momento de despedida", escreveu.
Carter foi um democrata que serviu na Casa Branca de janeiro de 1977 a janeiro de 1981. Ele derrotou o então presidente republicano Gerald Ford na eleição de 1976 para se tornar o 39º presidente dos Estados Unidos, mas perdeu de forma categórica para o republicano Ronald Reagan em 1980. Carter deixou o cargo profundamente impopular, mas trabalhou vigorosamente por décadas em causas humanitárias depois disso.
Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters