quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Dino concede liminar e derruba aplicação de lei contra moratória da soja no Mato Grosso

Lei não apenas impediria novos benefícios fiscais e concessão de terrenos públicos a empresas que aderem à moratória, mas suspenderia as que estão em vigor

Ministro Flávio Dino (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspendeu liminarmente os efeitos da lei estadual do Mato Grosso do Sul que suspende benefícios fiscais a empresas que aderem à chamada Moratória da Soja, acordo com o setor privado que proíbe a compra de grãos de áreas da Amazônia desmatadas depois de 2008.

A lei entraria em vigor a partir de 1° de janeiro de 2025 e não apenas impediria novos benefícios fiscais e concessão de terrenos públicos a empresas que aderem à moratória, mas suspenderia as que estão em vigor.

Em sua decisão, Dino considerou que a situação justifica a concessão de uma liminar.

"O perigo da demora está configurado pelo fato de que a Lei Estadual nº 12.709/2024 está prevista para entrar em vigor no dia 1º de janeiro de 2025, com revogação imediata de benefícios e anulação de concessão de terrenos públicos, conforme seu art. 3º. Isso torna urgente a concessão de medida liminar para suspensão de seus efeitos", escreveu o ministro.

Dino justifica, ainda, que, caso o plenário do STF julgue a legislação constitucional, não há prejuízo em atrasar sua entrada em vigor. A lei terá ainda de ser analisada pelos demais ministros da Corte para ser declarada inconstitucional, ou não.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade foi impetrada no STF pelos partidos PCdoB, PSOL, Verde e Rede Sustentabilidade, sob alegação de que a lei pretende inviabilizar a Moratória da Soja, que teve impacto direto na redução do desmatamento da Amazônia e melhor aproveitamento de áreas já desmatadas.

Em sua decisão, Dino aponta que a lei estadual "parece afrontar o princípio da livre iniciativa" ao criar um ambiente de concorrência desleal para empresas que decidirem adotar, de forma voluntária, a prática de não comprar produtos de áreas desmatadas.

O ministro cita, ainda, que "tem indícios de desvio de finalidade, pois utiliza norma tributária como instrumento punitivo".

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, afirmou em um vídeo publicado nas redes sociais que vai recorrer da decisão do STF. Mendes alega que a moratória iria contra o Código Florestal por criar mais exigências do que as previstas na legislação brasileira.

"Se isso (recurso) não funcionar, iremos criar mecanismos para barrar todos aqueles que não aceitam cumprir com o Código Florestal Brasileiro. Não podemos aceitar que nenhuma empresa, nacional ou internacional, faça exigências que não estejam na lei brasileira", afirmou.

Criada em 2006, a moratória da soja vem sendo atacada nos últimos anos e, desde 2023, iniciativas estaduais tentam minar os efeitos da proposta. Mato Grosso foi o primeiro Estado a aprovar uma legislação do tipo, mas iniciativas semelhantes tramitam nas assembleias do Pará e de Tocantins, e deputados do Amazonas, Maranhão e Roraima também se organizam para propor leis do mesmo teor.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Moraes questiona Exército sobre visitas irregulares a militares presos no Inquérito do Golpe

Visitas envolvem parentes e advogados do general da reserva Mario Fernandes e dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima

Alexandre de Moraes (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

AGÊNCIA BRASIL​ - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o Exército esclareça os motivos pelos quais presos do chamado Inquérito do Golpe estão recebendo visitas sem autorização. A decisão foi proferida na terça-feira (24) e divulgada hoje (26).

As visitas envolvem parentes e advogados do general da reserva Mario Fernandes e dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima.

Pela decisão, os generais responsáveis pelos comandos militares do Leste e do Planalto deverão, no prazo de 24 horas, enviar ao ministro explicações sobre as visitas.

"Oficia-se ao comandante da 1ª Divisão de Exército, general Eduardo Tavares Martins, ao comandante do Comando Militar do Planalto, general de Divisão Ricardo Piai Carmona, e ao comandante militar do Leste, general de Exército, Kleber Nunes de Vasconcellos, para, no prazo de 48 horas, esclarecerem o desrespeito ao regulamento de visitas, com a autorização para visitas diárias", determinou Moraes.

No mês passado, eles foram presos no Rio de Janeiro e transferidos para Brasília, onde estão detidos nas instalações do Comando Militar do Planalto (CMP).

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Barroso define regras para uso de câmeras corporais por PM de SP

Governo do estado pediu utilização somente em grandes operações

Presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso - 10/04/2024 (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)

André Richter - Repórter da Agência Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, definiu nesta quinta-feira (26) as regras para o uso obrigatório de câmeras corporais pelos policiais militares de São Paulo. Conforme a decisão, os agentes deverão utilizar o equipamento em "operações de grande envergadura", incursões em comunidades vulneráveis e em operações deflagradas para responder a ataques contra policiais.

A decisão do ministro foi proferida após o governo de São Paulo ter solicitado ao Supremo que as câmeras fossem usadas somente em grandes operações. Segundo a PM, a corporação possui 10 mil equipamentos, mas fazem parte do efetivo cerca de 80 mil policiais.

Em um ofício enviado na quarta-feira (19) ao Supremo, a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo alegou que o ministro criou uma interpretação ampla ao determinar o uso de câmeras em operações policiais, no dia 9 deste mês. A procuradoria sustenta que nem todas as operações oferecem riscos de confronto.

Na decisão, Barroso decidiu limitar sua decisão anterior que determinou a utilização das câmeras.

"Delimito o uso obrigatório das câmeras em operações policiais-militares de grande envergadura, bem como às operações que incluam incursões em comunidades vulneráveis para restaurar a ordem pública ou sejam deflagradas para responder a ataques praticados contra policiais militares, desde que realizadas em regiões em que haja disponibilidade dos equipamentos", decidiu o ministro.

A decisão do presidente também determina que as câmeras devem ser distribuídas estrategicamente para regiões com maior índice de letalidade policial. O estado de São Paulo também foi obrigado a apresentar um relatório mensal para comprovar o cumprimento das medidas.

Histórico - O governo de São Paulo se comprometeu com o STF, em abril deste ano, a usar câmeras corporais em operações policiais no estado e apresentou cronograma que estabelecia a implementação do sistema. O estado previa nova licitação e aquisição de novos equipamentos.

Em setembro, o governo anunciou assinatura de contrato com a empresa Motorola para a compra de 12 mil câmeras corporais. A compra foi criticada, no entanto, por prever mudanças na forma de acionamento do equipamento.

Pelas regras do edital, o acionamento do equipamento de gravação poderia ser feito pelo próprio policial ou por uma central de operações da polícia. Dessa forma, a gravação poderia ser interrompida durante as operações.

O modelo previsto no contrato não faz gravação ininterrupta, ou seja, o policial, ou a corporação, acionará o equipamento quando desejar, ponto criticado por entidades de direitos humanos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), isso é compensado por outras funcionalidades, como o acionamento automático, por software, à distância pelo Centro de Operações da PM (Copom) e o acionamento manual pelo próprio policial.

Meses antes, em maio, a Defensoria Pública de São Paulo e entidades de direitos humanos pediram ao STF mudanças no edital da compra.

No mês seguinte, Barroso indeferiu o pedido, mas decidiu que o governo de São Paulo deveria seguir os parâmetros do Ministério da Justiça e Segurança Pública na licitação para compra de câmeras corporais.

Em seguida, a Defensoria Pública pediu a Barroso a reconsideração da decisão.

A medida que obrigou a utilização irrestrita das câmeras foi proferida por Barroso em 9 de dezembro.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Decreto não pretende inibir ação policial, diz secretário de Segurança

De acordo com Mário Sarrubbo, o objetivo do decreto do governo federal sobre o uso da força policial é priorizar o "uso escalonado"

Mário Sarrubbo (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, afirmou que o decreto que o governo federal publicou na última terça-feira (24) para regulamentar o uso da força durante operações policiais não busca dificultar o enfrentamento à criminalidade no Brasil.

“Ninguém aqui está querendo inibir a ação dos policiais. Muito pelo contrário. Queremos dar total segurança para que o policial possa fazer o uso correto da força. E para que, se precisar usar arma de fogo, ele esteja absolutamente tranquilo”, declarou o secretário à Agência Brasil, nesta quinta-feira (26).

Segundo Sarrubbo, o Decreto nº 12.341 é o resultado de um debate que contou com a participação de representantes estaduais e das forças de segurança de todo o país, bem como de organizações da sociedade civil e especialistas em segurança pública, além de atualizar normas já existentes.

“O que fizemos foi atualizar a portaria de 2010, trazendo-a para os dias de hoje, segundo uma outra lógica da criminalidade, uma vez que, hoje enfrentamos o crime organizado e, em muitas cidades, [o uso de] fuzis é uma realidade”, disse Sarrubbo, referindo-se à Portaria Interministerial nº 4.226, de 2010, que estabelece parâmetros para o uso da força por agentes de segurança pública.

De acordo com o secretário, o objetivo do decreto é priorizar o uso escalonado da força. “Nesse escalonamento da força, a arma letal deve ser a última opção. Ela deve ser reservada para situações estritamente necessárias. Agora, lógico que não queremos que o policial corra riscos. Sabemos que, muitas vezes, ele é recepcionado com tiros de fuzis”, acrescentou o secretário.

Ele lembra que há situações em que os policiais vão precisar usar a arma de fogo, mas ele terá que andar também com uma arma não letal, para atuar quando abordar, por exemplo, alguém em surto ou uma pessoa desarmada que tente atacá-lo.

Além de proibir o uso de armas de fogo contra pessoas desarmadas, o decreto presidencial reforça que o nível de força empregada pelos agentes de segurança pública deve ser compatível com a gravidade da situação e que os órgãos e profissionais de segurança pública devem assumir a responsabilidade pelo eventual uso inadequado da força. De acordo com Sarrubbo, a maioria das forças policiais do país já atuam desta forma, respeitando procedimentos operacionais semelhantes. Uma novidade, contudo, é a obrigatoriedade dos policiais receberem, anualmente, capacitação sobre o uso de instrumentos não letais.

“O policial não é obrigado a tomar uma surra, mas pode e deve usar a arma não letal, detendo o criminoso com a mínima consequência física”, argumentou Sarrubbo.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública deverá detalhar os procedimentos previstos no decreto por meio de uma portaria ministerial a ser publicada em até 90 dias, mas, segundo Sarrubbo, a expectativa é que isso ocorra logo nas primeiras semanas de janeiro.

Governadores - O secretário nacional também rebateu as críticas de governadores que acusam o governo federal de interferir na autonomia dos estados, cujos governantes respondem pela ação das polícias civis e militares.

Nesta quarta-feira (25), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou que entrará com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o decreto. Para Castro, limitar que policiais em serviço usem suas armas revela um total desconhecimento da realidade enfrentada pelos estados.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, também considera que a norma é uma interferência do governo federal na autonomia dos estados e do DF, e fere a Constituição.

Segundo Sarrubbo, os estados que não quiserem adotar a portaria, não poderão usar os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.

“Ninguém está obrigando os estados a seguirem essas regras, mas o estado que quiser utilizar verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública para, por exemplo, comprar armamentos, terá sim que se adaptar”, disse o secretário, ressaltando que o governo está agindo em perfeito acordo com a lei do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

O secretário lembrou os casos do estudante de medicina que estava em surto psicótico, desarmado, e foi alvejado por um policial militar e da jovem que foi alvejada pela Polícia Rodoviária Federal quando estava estava indo comemorar o Natal com a família.

Ele também citou o caso mais recente, ocorrido na madrugada desta quarta-feira (25), em São Paulo, onde um policial militar disparou à queima-roupa contra um rapaz de 24 anos durante a desobstrução de uma rua. Segundo a secretaria estadual de Segurança Pública, o agente afirmou que atirou quando o jovem tentou apanhar a arma de outro militar.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Lula vetará restrições ao BPC para beneficiários com deficiências leves, diz Randolfe

Texto aprovado no Congresso exige avaliação que ateste deficiência de grau moderado ou grave

Randolfe Rodrigues (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Dias após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometer em vetar o trecho do projeto de lei aprovado no Congresso Nacional que limita o escopo do Benefício de Prestação Continuada (BPC), o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou nesta quinta-feira (26) que o presidente Lula vetou o trecho que retira os direitos dos beneficiários com deficiências leves.

Randolfe exaltou o esforço de ministros e lideranças do PT no Congresso. "Palavra cumprida!! Presidente Lula vetou a parte do texto que retirava direitos de quem tem deficiências leves do BPC. Essa vitória é decisiva na defesa daqueles que mais precisam e agradeço a parceira tão exitosa na articulação política ao lado de Alexandre Padilha, Jaques Wagner e José Guimarães, sempre sob o comando do presidente Lula", escreveu o senador na plataforma X.

Na última quinta-feira (19), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que restringe o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). O texto foi aprovado posteriormente pelo Senado e seguiu para sanção presidencial. O texto prevê biometria obrigatória para novos benefícios e atualização cadastral, no mínimo, a cada dois anos. Além disso, para a concessão do BPC a pessoa com deficiência, tanto na esfera administrativa quanto judicial, o texto exige avaliação que ateste deficiência de grau moderado ou grave, nos termos de regulamento.

O BPC é a garantia de um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade. No caso da pessoa com deficiência, esta condição tem de ser capaz de lhe causar impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo (com efeitos por pelo menos 2 anos), que a impossibilite de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas.

Fonte: Brasil 247

Lira sinaliza que irá obedecer STF e publicar atas sobre emendas

Recuo do presidente da Câmara vem após reunião com o presidente Lula

Arthur Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou a aliados da Casa que cumprirá a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinando a divulgação das atas das sessões das comissões permanentes nas quais teriam sido aprovadas as destinações das emendas parlamentares, informou a CNN Brasil na noite desta quinta-feira (26).

Um novo impasse entre os Poderes surgiu nesta segunda-feira (23), após o ministro Flávio Dino, do STF, suspender a liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares de comissão e determinar a abertura de uma investigação. A suspensão vale até a divulgação das atas.

Segundo a reportagem, técnicos da Câmara trabalham com domingo (29) como prazo limite, mas Dino estabeleceu prazo de cinco dias corridos para o envio das informações. Os técnicos argumentam que o dia de Natal não deveria ser contabilizado.

No início deste mês, o STF confirmou por unanimidade a decisão do ministro Dino, que autorizou o pagamento das emendas parlamentares, condicionando os repasses a novas regras de transparência e monitoramento. A decisão abalou os interesses do "Centrão", que ameaçou retaliar, mas a sinalização de Lira representa um recuo.

Após a decisão mais recente de Dino, Lira convocou uma reunião nesta quinta-feira com lideranças parlamentares. A reunião de lideranças, no entanto, foi cancelada na tarde desta quinta-feira, devido a um encontro entre Lira e o presidente Lula para tratar da questão das emendas, no Palácio da Alvorada.

Nas últimas semanas, o governo federal intensificou esforços para aprovar no Congresso Nacional o pacote fiscal, com a liberação de centenas de milhões de reais em emendas parlamentares.

Fonte: Brasil 247

Empresa que fornece cotações do dólar ao Google admite erro

Constava da plataforma o dólar a R$ 6,38, acima dos R$ 6,15 registrado no mercado à vista durante o feriado

Logotipo do Google (Foto: Reuters/Arnd Wiegmann)

A MorningStar, empresa responsável por fornecer os dados sobre o mercado de câmbio para o Google, admitiu ter errado nesta quarta-feira (25) ao enviar informações sobre o valor dólar ao buscador, e afirmou que o problema já foi resolvido, segundo informações do portal UOL nesta quinta-feira (26).

Durante o feriado de Natal, constava da plataforma o dólar a R$ 6,38, acima dos R$ 6,15 registrado no mercado à vista. O mercado havia encerrado as negociações.

Em resposta, a MorningStar disse que "devido a cotações de compra e venda imprecisas fornecidas por um contribuidor de taxas de terceiros por erro, os dados de câmbio para o Brasil temporariamente não refletiram o mercado em 25 de dezembro de 2024". Disse ainda que está "comprometida com a qualidade e a precisão de seus dados" e que trabalha para evitar mais erros como esse.

A cotação errada do dólar causou confusão no mercado financeiro, e a equipe do Google informou que removeu o link temporariamente.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Daniel Silveira esteve em shopping durante sua liberdade condicional: “Inexplicável”


Ex-deputado federal Daniel Silveira. Foto: Plínio Xavier/Câmara dos Deputados

O ex-deputado Daniel Silveira desrespeitou as condições de sua liberdade condicional por mais de dez horas no último domingo (22), segundo relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Entre os locais visitados pelo ex-deputado, consta até mesmo um shopping center.

Em despacho publicado nesta quinta-feira (26), Moraes exigiu explicações da defesa de Silveira, que havia afirmado que ele só teria saído de casa, sem autorização judicial, para procurar atendimento médico em um hospital.

“Na data de hoje, 26/12/2024, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro, encaminhou o Relatório de Geolocalização de Daniel Lúcio da Silveira noticiando vários descumprimentos das condições impostas para a liberdade condicional”, escreveu Moraes na decisão.

“O sentenciado (Silveira), de maneira inexplicável, manteve-se por mais de dez horas fora de sua residência, de onde não poderia – por expressa determinação legal – ausentar-se em momento algum”, continuou o ministro.

De acordo com o relatório, “entre outros inúmeros endereços visitados, o sentenciado passou mais de uma hora no Shopping (ocorrência 14, data: 22/12/2024; chegada: 13:12, saída: 14:16), reforçando a inexistência de qualquer problema sério de saúde, como alegado falsamente por sua defesa”, concluiu Moraes.

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

O ministro determinou que a defesa de Silveira apresentasse, no prazo de 48 horas, as justificativas para o descumprimento das condições impostas pelo Supremo, “inclusive quanto às pessoas que mantiveram contato com o condenado nos locais apontados no relatório da SEAP”, finalizou Moraes.
Liberdade condicional e nova prisão

Daniel Silveira foi condenado em 2022 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 9 meses de prisão por estimular atos antidemocráticos e atacar ministros do tribunal e instituições, como o próprio STF.

Na última sexta-feira (20), Moraes atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e concedeu liberdade condicional ao ex-deputado, após verificar que ele havia cumprido um terço da pena.

Contudo, Moraes ressaltou na decisão que “em respeito ao princípio da individualização da pena, há, portanto, circunstâncias fáticas que recomendam uma especial cautela na aferição do mérito do condenado para fins de progressão do regime prisional e de livramento condicional”.

Entre as condições impostas ao ex-parlamentar estavam o uso de tornozeleira eletrônica e o cumprimento rigoroso de regras específicas para presos em liberdade condicional. Apenas quatro dias depois, no entanto, Silveira foi novamente preso pela Polícia Federal por violar o horário de recolhimento determinado.

Fonte: DCM

Lira vai ao Alvorada e pressiona por mais emendas

Congresso ameaça ofensiva após decisão do Supremo

Arthur Lira e Lula (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, se reuniram na tarde desta quinta-feira (26), no Palácio da Alvorada, de acordo com a agenda oficial da presidência da República. A agenda emergencial é apenas a segunda do presidente Lula nos últimos dias e ocorre em meio ao recesso parlamentar e da administração pública federal.

Um novo impasse entre os Poderes surgiu nesta segunda-feira (23), após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender a liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares de comissão, e determinar a abertura de uma investigação. A suspensão vale até que a Câmara dos Deputados apresente as atas das sessões das comissões permanentes nas quais teriam sido aprovadas as destinações das emendas.

Em meio ao impasse, o governo federal e lideranças no Congresso vêm buscando blindar o Planalto. O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou, em entrevista à CNN Brasil divulgada nesta quinta-feira (26), que o governo do presidente Lula tenha atuado junto ao STF no bloqueio de emendas. Ainda segundo a CNN Brasil, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), negou que o governo tenha atuado junto ao ministro Dino.

No início deste mês, o STF confirmou por unanimidade a decisão do ministro Dino, que autorizou o pagamento das emendas parlamentares, condicionando os repasses a novas regras de transparência e monitoramento. A decisão abalou os interesses do "Centrão", que ameaçou retaliar. Após a decisão mais recente de Dino, Lira convocou uma reunião nesta quinta-feira com lideranças parlamentares. A reunião de lideranças, no entanto, foi cancelada na tarde desta quinta-feira, devido ao encontro entre Lira e o presidente Lula.

Nas últimas semanas, o governo federal intensificou esforços para aprovar no Congresso Nacional o pacote fiscal, com a liberação centenas de milhões de reais em emendas parlamentares.

Fonte: Brasil 247

Band contrata apresentador que fez sucesso em veículos de extrema-direita

O apresentador Vitor Brown no “Jovem Pan News”. Foto: reprodução

A BandNews TV iniciará 2025 com uma novidade entre seus âncoras: Vitor Brown, conhecido pelo programa “Os Pingos nos Is” na Jovem Pan, é o novo reforço da emissora. Desde abril deste ano, ele apresentava o “Jornal da Oeste”, veículo de extrema-direita com grade apenas nas redes sociais.

O jornalista assumirá o comando do “Jornal BandNews – Edição da Noite”, o programa mais visto da emissora, e o anúncio deve ser oficializado após a virada de ano.

Segundo o Notícias de TV, a chegada de Brown deve mudar o formato da atração para uma versão mais analítica, com a participação de comentaristas e convidados, similar ao “Em Pauta” da GloboNews e ao “Jornal Jovem Pan”, programas que ele já apresentou.

A experiência de Brown à frente do “Os Pingos nos Is” foi fundamental para sua contratação. Sob seu comando, o programa se tornou um sucesso de audiência, chegando a superar a GloboNews em determinados períodos.

Fonte: DCM

Dólar fecha em leve baixa após BC vender US$ 3 bilhões ao mercado

Às 17h04 na B3 o dólar para janeiro - atualmente o mais líquido - cedia 0,38%, aos 6,1815 reais

Notas de real e dólar - 18/12/2024 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli/Illustration)

Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou a quinta-feira pós-Natal em leve baixa no Brasil após o Banco Central vender ao mercado 3 bilhões de dólares em leilão à vista realizado no início da sessão, enquanto no exterior a moeda norte-americana tinha desempenho misto ante as demais divisas.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,11% ante o fechamento da segunda-feira, aos 6,1779 reais. Às 17h04 na B3 o dólar para janeiro - atualmente o mais líquido - cedia 0,38%, aos 6,1815 reais.

No início da sessão o BC vendeu 3 bilhões de dólares ao mercado, elevando para 30,77 bilhões o total de leilões realizados desde que a instituição passou a intervir, há duas semanas, no mercado de câmbio. Esta conta inclui tanto as operações à vista quanto os leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra).

As operações do BC buscam atender à demanda por dólares por parte de empresas e fundos, para remessas ao exterior - algo comum nos finais de ano.

“Em dezembro desse ano, o Banco Central interveio diversas vezes no mercado com leilões de dólar à vista que somaram 19 bilhões de dólares, além de leilões de linha de cerca de 11 bilhões de dólares. O último ano com maior volume de venda de câmbio pronto havia sido em 2020, ano da pandemia, quando o BC vendeu um total de 24 bilhões de dólares no mercado à vista”, registrou a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, em análise enviada a clientes.

Embora o dólar tenha chegado a subir em alguns momentos da sessão desta quinta-feira, o leilão do BC garantiu o fechamento em baixa, na visão de alguns profissionais.

“O leilão... segurou bem o preço. Não foi muito o que a gente viu nos últimos leilões, em que (o BC) tentava fazer o leilão e o dólar voltava (a subir). Desta vez, o dólar está segurando bem a desvalorização”, comentou durante a tarde Vitor Oliveira, sócio da One Investimentos.

Investidores também se mantiveram atentos ao noticiário vindo de Brasília - embora o Congresso esteja oficialmente em recesso até fevereiro.

Pela manhã, notícias na imprensa deram conta de que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou para a tarde desta quinta-feira reunião de emergência com líderes da Casa. Na pauta estaria a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de suspender o pagamento de 4,2 bilhões de reais em emendas parlamentares.

Neste cenário, o dólar à vista oscilou entre a máxima de 6,1987 (+0,22% ante o fechamento da segunda-feira) às 10h23 e a mínima de 6,1466 reais (-0,62%) às 12h53.

No exterior, às 17h12 o índice do dólar - que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas - caía 0,01%, a 108,100.

Pela manhã, além da operação à vista, o BC vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.

À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 18,427 bilhões de dólares em dezembro até o dia 20. Somente na semana passada saíram do país 11,640 bilhões líquidos, sendo que no período o Banco Central realizou uma série de leilões de moeda para dar conta da demanda de empresas e fundos interessados em enviar recursos ao exterior.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Economia aquecida: trabalhadores encontram empregos melhores e Brasil tem recorde de pedidos de demissão voluntária

Trabalhadores estão podendo optar por empregos com melhor remuneração

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O aquecimento da economia brasileira produziu um fenômeno interessante: muitos trabalhadores estão trocando seus atuais empregos por vagas com melhor remuneração e melhores condições de trabalho. Segundo reportagem do Infomoney, o Brasil registrou um recorde histórico de pedidos de demissão em 2024, com quase 8,5 milhões de trabalhadores deixando seus empregos de forma voluntária. O levantamento é da LCA Consultoria Econômica, com dados do Ministério do Trabalho. Para especialistas, o aumento reflete um mercado de trabalho aquecido, que tem oferecido novas oportunidades e incentivado profissionais a buscarem melhores condições ou novos rumos em suas carreiras.

“Recentemente, a Fundação Getulio Vargas (FGV) também destacou que, entre janeiro e setembro, 6,5 milhões de desligamentos voluntários foram registrados, evidenciando um aumento expressivo em relação aos anos anteriores. Em 2023 e em 2022, no mesmo período, foram contabilizados 5,6 milhões e 5,3 milhões de pedidos, respectivamente", aponta a reportagem.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Brasileiros estão otimistas e 75% acreditam que irão progredir em 2025

Dados foram captados pela pesquisa Radar Febraban, feita em parceria com o Ipespe; otimismo é fruto da economia aquecida

Lula na reunião com ministros (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Os brasileiros estão otimistas em relação a 2025 e projetam um ano melhor, segundo aponta a pesquisa Radar Febraban, realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE). De acordo com o levantamento, noticiado pela revista Veja, 75% dos brasileiros vindos de todas as cinco regiões do país acreditam que suas vidas pessoais e familiares irão melhorar em 2025. Apenas 8% das pessoas acreditam em piora da vida pessoal e familiar em 2025, um ponto a mais do que no ano anterior.

O bom resultado é resultado de uma economia aquecida, que cresceu 3% em 2023, e deve crescer mais de 3,5% neste ano – o segundo do terceiro mandato do presidente Lula. A pesquisa também aponta que 80% dos brasileiros avaliam que sua vida pessoal e familiar melhorou ou permaneceu igual em 2024.

Em relação ao país em 2025, 68% dos entrevistados acreditam que o Brasil irá melhorar como um todo ou ficará como está. Também para a maioria, 66%, o país melhorou ou ficou igual em relação a 2023. Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE, o viés positivo para as famílias brasileiras foi o aumento do emprego, enquanto o negativo veio das secas pelo país e pela alta da Selic, dos juros e da inflação.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Governo e lideranças buscam blindar Planalto após bloqueio de emendas

Suspensão do pagamento de emendas parlamentares pelo STF veio após aprovação pelo Congresso de reformas econômicas significativas

Alexandre Padilha (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou, em entrevista à CNN Brasil divulgada nesta quinta-feira (26), que o governo do presidente Lula tenha atuado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) no bloqueio de emendas na ordem de R$ 4,2 bilhões.

Nesta segunda-feira (23), o ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu a liberação desses recursos e determinou a abertura de uma investigação. A suspensão vale até que a Câmara dos Deputados apresente as atas das sessões das comissões permanentes nas quais teriam sido aprovadas as destinações das emendas.

“A Suprema Corte tem autonomia das suas decisões. Certamente o ministro Flávio Dino também não levou em consideração isso para tomar sua decisão. Vamos respeitar a decisão que foi tomada pela Suprem Corte”, disse Padilha.

Ainda segundo a CNN Brasil, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), negou que o governo tenha atuado junto ao ministro Dino.

No início deste mês, o STF confirmou por unanimidade a decisão do ministro Dino, que autorizou o pagamento das emendas parlamentares, condicionando os repasses a novas regras de transparência e monitoramento. A decisão abalou os interesses do "Centrão", que ameaçnou retaliar. Após a decisão mais recente de Dino, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma reunião nesta quinta-feira com lideranças parlamentares.

A reunião de lideranças, no entanto, foi cancelada na tarde desta quinta-feira, devido a um encontro com o presidente Lula, conforme a agenda do presidente.

Nas últimas semanas, o governo federal intensificou esforços para aprovar no Congresso Nacional o pacote fiscal, com a liberação centenas de milhões de reais em emendas parlamentares.

Fonte: Brasil 247

Moraes dá 48 horas para Exército explicar visitas a militares presos

Presos estariam recebendo visitas sem autorização

Fachada do edifício sede do Supremo Tribunal Federal - STF
© Marcello Casal JrAgência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o Exército esclareça os motivos pelos quais presos do chamado Inquérito do Golpe estão recebendo visitas sem autorização. A decisão foi proferida na terça-feira (24) e divulgada hoje (26).

As visitas envolvem parentes e advogados do general da reserva Mario Fernandes e dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima.

Pela decisão, os generais responsáveis pelos comandos militares do Leste e do Planalto deverão, no prazo de 24 horas, enviar ao ministro explicações sobre as visitas.

"Oficia-se ao comandante da 1ª Divisão de Exército, general Eduardo Tavares Martins, ao comandante do Comando Militar do Planalto, general de Divisão Ricardo Piai Carmona, e ao comandante militar do Leste, general de Exército, Kleber Nunes de Vasconcellos, para, no prazo de 48 horas, esclarecerem o desrespeito ao regulamento de visitas, com a autorização para visitas diárias", determinou Moraes.

No mês passado, eles foram presos no Rio de Janeiro e transferidos para Brasília, onde estão detidos nas instalações do Comando Militar do Planalto (CMP).

Fonte: Agência Brasil

VÍDEO – Influenciador de extrema-direita diz que fim da escravidão foi um “grande erro”


Renato Amoedo, conhecido como Trezoitão, em crítica ao fim da escravidão. Foto: reprodução

O influenciador Renato Amoedo, conhecido na internet como Renato Trezoitão, defendeu em um podcast que o fim da escravidão no Brasil foi um erro cometido pela monarquia contra os “empresários” da época. Durante a transmissão ao vivo no Podcast Três Irmãos, em 27 de novembro, ele afirmou que “um dos grandes motivos do império ter acabado, foi a revogação de propriedade”, se referindo aos negros como bens.

Nas redes sociais, Trezoitão se apresenta como anarcocapitalista e redpill, doutrinas que visam a extinção do Estado para a regulamentação exclusiva do mercado e o masculinismo, que contraria o movimento feminista. Ele também é autor do livro “Bitcoin Red Pill”, que associa o uso de criptomoedas à suposta libertação dos homens.

No corte que viralizou nos últimos dias, Renato aparece falando que “a escravidão acabaria antes da Segunda Guerra Mundial, sem revogar a propriedade de ninguém”. Trezoitão, que atua como perito criminal do Departamento de Polícia Técnica da Bahia, também defendeu que essa “chaga”, de intervenção estatal, chegou em nossa geração partindo da Lei Áurea.

“Você já viu alguém dizer que a Lei Áurea pode ter sido um grande erro do Brasil?”, provocou, ignorando que fomos o último país independente a abolir a escravidão. Na mesa, os apresentadores do podcast ficaram em silêncio, visivelmente constrangidos, mas não rebateram o argumento.

O youtuber Wilker Leão, membro do Movimento Brasil Livre (MBL), também participava do episódio e não rebateu os argumentos racistas, limitando-se apenas a dizer que essa é “uma questão complexa”.


“Não podia importar escravos, quem nascesse não era escravos, quem nasceu 60 anos não era escravos”, iniciou a linha de pensamento. Vale lembrar que o Reino Unido proibia a circulação de navio negreiros dos portugueses e as leis do Ventre Livre e dos Sexagenários foram uma resposta após as sanções colonialistas, não por vontade da coroa brasileira.

“O fim da escravidão ia ser gradual, mas chegou a princesa e disse: ‘Toda propriedade sua agora não vale merda nenhuma’. O proprietário de escravo fica feliz com a monarquia? A monarquia não existe para manter a relação natural para garantir seus direitos?”, indagou, considerando apenas os direitos de brancos terem escravos, e ignorando a de negros a não serem escravizados.

Na linha de questionamentos contra a Lei Áurea, Trezoitão ainda perguntou como a rainha poderia “revogar a propriedade sem indenizações”. Após o fim da escravidão, a população negra, principalmente, não teve nenhuma compensação pelas gerações de torturas e incentivo para iniciarem a vida como cidadãos reconhecidamente brasileiros.

Fonte: DCM

Os quatro políticos que fizeram Dino pedir investigação contra esquema bilionário

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
Quatro políticos motivaram a abertura de uma investigação sobre um esquema bilionário com emendas no Congresso Nacional. Em despacho que instaurou o inquérito, a Polícia Federal diz que parlamentares apontaram “possíveis práticas criminosas” na liberação de R$ 4,2 bilhões em recursos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

O inquérito foi instaurado na última terça (24) após determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o pagamento das emendas e é relator de ação que visa estabelecer regras mais rígidas e transparentes para os repasses. Um senador e três deputados federais levantaram suspeitas sobre o uso dos recursos.

“Apurar possíveis práticas criminosas na liberação/destinação de emendas parlamentares, notadamente a partir de suspeitas aventadas pelo senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), e pelos deputados federais Adriana Ventura (Novo-SP), José Rocha (União-BA) e Glauber Braga (PSol-RJ). Valor a apurar: R$ 4.200.000.000,00”, diz o despacho da PF.

Ao suspender o repasse das emendas, Dino argumentou que as indicações dos parlamentares não atenderam a critérios estabelecidos em um acordo entre o Supremo, o Congresso e o Executivo. O magistrado ainda condicionou a liberação de valores relativos a 2025 ao cumprimento de algumas regras.

Fonte: DCM

“Carisma marcante”: Lula lamenta morte de Ney Latorraca

 

O presidente Lula e o ator Ney Latorraca. Foto: Reprodução

O presidente Lula lamentou a morte do ator Ney Latorraca, que faleceu nesta quinta (26), e se solidarizou com seus familiares, amigos e fãs. O petista relembrou obras de destaque do artista e elogiou seu trabalho como ator e diretor.

“O Brasil se despede do grande Ney Latorraca aos 80 anos. Ator e diretor de carisma marcante, nos presenteou com grandes papéis na televisão e no teatro”, afirmou o presidente em post no X (ex-Twitter). Na sequência, ele cita obras de Latorraca que marcaram a teledramaturgia brasileira.

“Foi o vampiro Vlad, em Vamp, o Barbosa, da TV Pirata, na TV, e do Arandir em O Beijo no Asfalto, com Tarcísio Meira, no cinema. No teatro, entre as muitas peças, levou milhões de brasileiros às plateias com o espetáculo O Mistério de Irma Vap, ao lado de Marco Nanini, que entrou no livro dos recordes de 2003 por passar 11 anos em cartaz”, completou.


O ator morreu aos 80 anos na Clínica São Vicente, na Gávea (RJ), onde estava internado desde o dia 20 de dezembro. Ney lutava contra um câncer de próstata desde 2019 e foi acometido por uma sepse pulmonar nesta quinta.

O artista foi operado e retirou a próstata na época em que recebeu o diagnóstico, mas a doença voltou em agosto deste ano, já com metástase. Ney chegou a fazer um tratamento inicial, mas não teve sucesso e passou a sofrer complicações recentemente.

Ney será velado nesta sexta (27) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia, entre 10h30 e 13h30. Seu corpo será levado para a cremação na sequência.

Fonte: DCM