quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Edital da “Lei Aldir Blanc” está aberto e inscrições podem ser feitas até o dia 22


A Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, informou nesta quinta-feira, que foi publicado nesta semana – na segunda-feira, dia 11 - o Edital de Fomento à Execução de Ações Culturais, visando a seleção de proposta e aplicação dos recursos da Política Nacional, “Lei Aldir Blanc”.

Conforme revela a secretária Maria Agar, as inscrições já estão abertas e prosseguem até o dia 22 de novembro, somente pelo formulário online presente no edital. “A iniciativa busca apoiar projetos nos campos da literatura, da contação de histórias, grafite, circo, música e ainda um fomento artístico-cultural de temática livre, com o valor total na casa de R$420.500,00 (quatrocentos e vinte mil e quinhentos reais)”, informa a secretária de cultura, acrescentando que existe também a previsão de um edital de premiação por trajetória pela Lei Paulo Gustavo.



PORTAL DA CULTURA – A ferramenta foi implementada pelo Departamento de Tecnologia da Informação (DTI), com o intuito de fortalecer o Sistema Municipal de Informações e Indicadores da Cultura.

“Nesse primeiro momento, buscamos a participação dos agentes de cultura para suas inscrições. Este portal poderá ser utilizado para construção de portfólios, divulgação de trabalho, eventos e espaços destinados à cultura”, explica Maria Agar. O portal pode ser acessado pelo site cultura.apucarana.pr.gov.br

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Gleisi Hoffmann: "pacificação que Bolsonaro propõe é a impunidade e o esquecimento dos crimes que cometeu"

Um ataque com explosões foi registrado próximo ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília, na quarta-feira
Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Um ataque com explosões foi registrado próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, na quarta-feira (13). Após o atentado, o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) divulgou uma nota na manhã desta quinta-feira (14) na qual “apela a todas as correntes políticas e aos líderes das instituições nacionais para que, neste momento de tragédia, deem os passos necessários para avançar na pacificação nacional”.

Em resposta à declaração de Bolsonaro, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmou, em uma publicação na rede social X, que a pacificação proposta pelo ex-mandatário “é a impunidade e o esquecimento dos crimes que cometeu”.

“A “pacificação” que Bolsonaro propõe é a impunidade e o esquecimento dos crimes que cometeu e seguiu incentivando com sua retórica antidemocrática e seu discurso de ódio. Agora que seu discurso engendrou mais um atentado em Brasília, ele veste a pele de cordeiro, mas sempre será um lobo ameaçador e violento. Só há paz na Justiça, e a hora de enfrentá-la está chegando para o inelegível. Sem anistia!”, escreveu em publicação.

O autor do ataque, identificado como Francisco Wanderley Luiz, tinha o objetivo de “matar ministros da Suprema Corte”, com foco em Alexandre de Moraes, segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. O suspeito já foi candidato a vereador pelo PL no município de Rio do Sul.

Fonte: Brasil 247

Prévia do PIB, IBC-Br sobe mais que o esperado em setembro e fecha 3º tri com alta de 1,1%

Alta trimestral ficou ligeiramente mais fraca do que o resultado do segundo trimestre: 1,25%. No primeiro trimestre, o índice avançou 1,61%

Fernando Haddad e Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Reuters - A economia brasileira encerrou o terceiro trimestre com crescimento de 1,1%, de acordo com dados do Banco Central, mostrando dinamismo da economia com resultado acima do esperado em setembro embora aponte tendência esperada de arrefecimento no segundo semestre.

O dado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), foi divulgado nesta quinta-feira pelo BC, mostrando que o mês de setembro apresentou expansão de 0,8% em relação a agosto, em dado dessazonalizado.

A leitura do mês ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,5% e foi a mais forte desde junho, marcando aceleração ante o crescimento de 0,2% de agosto, em dado não revisado pelo BC.

Já a alta trimestral ficou ligeiramente mais fraca do que o resultado do segundo trimestre, depois de o IBC-Br ter mostrado expansão de 1,25% entre maio e junho. No primeiro trimestre, o índice avançou 1,61%.

Os dados do IBC-Br mostram ainda que, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o índice teve alta de 5,1% em setembro, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 3,0%, segundo números observados.

"Os números de setembro corroboram a percepção de sustentação de um ritmo de crescimento ainda elevado para a economia, de modo que a economia brasileira deve apresentar uma desaceleração mais lenta do que a antecipada pelo mercado", avaliou a Genial Investimentos em nota, calculando crescimento do PIB no terceiro trimestre de 0,8% sobre o período anterior.

"Se, por um lado, essa robustez contribui para que a economia surpreenda e apresente um ritmo de crescimento mais próximo de 3,5% em 2024, por outro, se mostra um importante fator de risco inflacionário.

A economia mostrou resultados melhores do que o esperado no primeiro semestre em meio a um mercado de trabalho forte, inflação controlada e aumento da renda, surpreendendo analistas. Mas a expectativa agora é de perda de força diante da redução dos estímulos fiscais e da taxa básica de juros elevada.

Ainda assim, as preocupações com a inflação devido à economia aquecida permanecem e o Banco Central já elevou a taxa básica de juros Selic para 11,25%, com expectativa de novo aumento em dezembro.

O IBGE divulgará em 3 de dezembro os números do PIB do terceiro trimestre. Entre abril e junho, a economia brasileira expandiu 1,4% na comparação com o primeiro trimestre, segundo os dados do instituto de pesquisa.

Em setembro, a produção industrial brasileira cresceu 1,1% sobre o mês anterior e ficou acima do esperado, assim como o volume de serviços, que aumentou 1,0% no mês.

As vendas varejistas também aumentaram em setembro, mas o ritmo de 0,5% ficou bem abaixo da expectativa.

"Os dados recentes reforçam o cenário base do Banco Central de dinamismo maior do que o esperado do nível de atividade e expressam sua característica pulverizada em toda a economia, com vetores de impulso por parte da demanda e da oferta. Também corroboram a perspectiva de uma condução de política monetária vigilante por parte da instituição", avaliou a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta.

O Ministério da Fazenda prevê que o PIB brasileiro crescerá 3,2% em 2024. Já o BC divulgará suas novas estimativas em dezembro --a última projeção é de crescimento de 3,2% este ano.

Pesquisa Focus realizada pelo Banco Central mostra que a expectativa para a expansão do PIB este ano é de 3,10%, indo a 1,94% em 2025.

O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.

Fonte: Brasil 247

STF recebe nova ameaça de ataque após atentado a bomba


E-mail traz uma fotografia com as imagens de dois livros religiosos e uma arma de fogo e autor diz que não haverá descanso até que o STF seja "eliminado"

Viaturas policiais em frente ao Supremo Tribunal Federal (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

 O Supremo Tribunal Federal (STF) sofreu nova ameaça de atentado após o ataque a bomba ocorrido nesta quarta-feira (13). A mensagem, segundo a coluna da jornalista Daniela Lima, do g1, foi enviada para áreas estratégicas do tribunal, como a presidência, ouvidoria e setor de tecnologia da informação.

Ainda segundo a reportagem, no texto, o autor da ameaça “cita o responsável pelo atentado a bomba de quarta, o autor diz que há uma luta contra o Supremo, e que não haverá descanso até que a Suprema Corte brasileira seja eliminada”. O e-mail traz, ainda, uma fotografia com as imagens de dois livros religiosos e uma arma de fogo.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (15), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, destacou a gravidade do episódio, revelando que o autor do atentado agiu sozinho, mas que células extremistas seguem ativas, responsáveis por episódios semelhantes em anos anteriores.

“A situação que enfrentamos ontem é de extrema gravidade, com indícios de que grupos extremistas seguem ativos e exigem ação enérgica não só da Polícia Federal, mas de todo o sistema da Justiça Federal”, alertou Rodrigues. Ele ainda afirmou que o atentado está conectado a outras ações que desafiam a segurança das instituições democráticas no país.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Daniela Lima, do G1

PF encontra boné com slogan bolsonarista "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos" em trailer de homem-bomba

Slogan, amplamente utilizado por Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018, pode ser um indicativo do possível contexto ideológico por trás do ataque

Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

Peritos da Polícia Federal (PF) encontraram um boné com os dizeres "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos" no trailer alugado por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, responsável por detonar duas bombas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite da quarta-feira (13), destaca o jornal O Globo. O slogan, amplamente utilizado por Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018, pode ser um indicativo do possível contexto ideológico por trás do ataque.

Ainda segundo a reportagem, a perícia realizada pelos agentes da PF levou também outros objetos pessoais do suspeito, mas não encontrou explosivos no trailer, que foi posteriormente rebocado. A investigação aponta que Francisco Wanderley Luiz detonou uma bomba no porta-malas de seu carro, estacionado próximo ao Anexo 4 da Câmara dos Deputados. O artefato, que tinha acionamento remoto, foi o primeiro passo de uma ação que culminou no ataque na Praça dos Três Poderes.

A investigação revelou que, após lançar explosivos na estátua da Justiça Cega e em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), Francisco foi abordado por um vigilante. Em seguida, ele se deitou e colocou um artefato explosivo em sua cabeça, que explodiu, matando-o instantaneamente. O caso foi registrado como "auto lesão fatal" pela Polícia Civil do Distrito Federal.

A reportagem ressalta, ainda, que comerciantes da região indicaram que Francisco frequentava o local, um ponto de concentração de restaurantes e trailers, há cerca de dois meses, sempre se mantendo discreto e evitando contato com os outros frequentadores. A PF e a Polícia Militar realizaram varreduras em busca de outros possíveis artefatos explosivos nas imediações, incluindo na Esplanada dos Ministérios e no entorno do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

O episódio foi considerado "grave" pela Polícia Federal, que abriu um inquérito paralelo à investigação da Polícia Civil, devido à natureza do ataque, que envolveu um órgão público federal. Em nota, a PF informou que acionou o Comando de Operações Táticas (COT), além de peritos e agentes do grupo antibombas para garantir a segurança na área.

O sargento Santos, da Polícia Militar do DF, afirmou que a bomba encontrada no veículo de Francisco era "caseira, composta por pólvora e tijolos". Nas redes sociais, o homem deixou diversas postagens que indicavam ameaças a autoridades e, possivelmente, um aviso sobre os ataques. Em uma das publicações, ele alertou a PF dizendo que a corporação teria "72 horas" para "desarmar a bomba", e em outra, mencionou o dia 13 de novembro como "um grande acontecimento". Francisco também postou imagens com mensagens críticas a militares, políticos e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

De acordo com testemunhas e o boletim de ocorrência, Francisco foi visto na Praça dos Três Poderes com uma mochila e comportamento suspeito. Ele teria lançado um extintor - que teria sido modificado para funcionar como uma espécie de lança-chamas - e uma blusa contra a estátua da Justiça Cega, antes de ser abordado pelos seguranças do STF.

Quando tentaram se aproximar, o suspeito advertiu-os, exibindo um dispositivo semelhante a um relógio digital, que inicialmente foi confundido com uma bomba. Após lançar os artefatos e se deitar no chão, Francisco acionou o último explosivo que resultou em sua morte.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

VÍDEO – “Querem banalizar um gravíssimo ato terrorista”, diz Moraes sobre bolsonaristas


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução/TV Justiça

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), lamentou o ataque terrorista que ocorreu na Praça dos Três Poderes nesta quarta (13) e criticou bolsonaristas que tentam “banalizar” a ação. Durante sessão plenária nesta quinta (14), ele ainda elogiou o trabalho das polícias Federal, Civil e Militar pelo “rápido e importantíssimo” trabalho após o ataque.

“Não poderia deixar de lamentar a mediocridade de várias pessoas que continuam querendo banalizar um gravíssimo ato terrorista. No mundo todo alguém que coloca na cintura artefatos para explodir pessoas é considerado terrorista”, afirmou o magistrado.

Sem citar nomes, o ministro afirmou que algumas figuras querem tratar o episódio como um “mero suicídio” e rebateu a narrativa: “Não, a nossa Polícia Judicial evitou que ele entrasse aqui para explodir”.

Para o magistrado, os autores dessa narrativa tentam “normalizar um contínuo ataque às instituições”. “Essas pessoas não são só negacionistas na área da saúde, são negacionistas no Estado de Direito e devem ser responsabilizadas”, completou

Segundo a ex-mulher de Francisco Wandeley Luiz, conhecido como Tiu França, o principal alvo do atentado era o próprio ministro. “Queria matar Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado”, contou à Polícia Federal.


Fonte: DCM

Marcos Pontes revolta bolsonaristas após chamar ataque em Brasília de “terrorismo”

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ministro Marcos Pontes, atualmente senador pelo PP de São Paulo. Foto: Carolina Antunes/PR

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministro de seu governo, o senador Marcos Pontes (PP-SP) chamou as explosões na Praça dos Três Poderes de “terrorismo” e revoltou bolsonaristas. A declaração contraria a narrativa adotada pelo ex-mandatário e políticos próximos, de que o autor do atentado estava fora de suas faculdades mentais e praticou ato isolado.

“O Brasil não pode se tornar um Irã! Esse negócio de terrorismo tem que parar!”, escreveu o parlamentar astronauta. A declaração foi dada em seus stories do Instagram e gerou críticas em grupos de WhatsApp de bolsonaristas.

Um interlocutor do ex-presidente que faz parte de grupo no aplicativo de mensagens afirmou: “O cérebro do astronauta ficou no espaço e não retornou com ele”. Outros afirmam que o senador “enlouqueceu de vez” e questionam: “Terrorismo no Brasil?”.
Marcos Pontes chamou explosões em Brasília de “terrorismo” 
em post nas redes. Foto: Reprodução

Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação, afirmou que vai “ligar para o Elon Musk para tentar localizar o cérebro dele, que deve estar perto de Marte e até de Plutão, ou então perdido em algum buraco negro do Universo”.

Bolsonaristas temem que o ataque desta quarta dificulte a aprovação de um projeto no Congresso Nacional que anistia os condenados no 8 de janeiro. Em nota chantagista publicada nesta quinta (14), Bolsonaro atribuiu o atentado a “perturbações na saúde mental” do autor.

Apesar da tentativa de bolsonaristas de emplacar a narrativa, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já afirmou que “não existe a possibilidade de pacificação com anistia a criminosos”.

Fonte: DCM

VÍDEO – Gilmar diz que terrorista foi “inspirado” por Bolsonaro e aliados

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão plenária nesta quinta (14). Foto: Reprodução/TV Justiça

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes culpou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo ataque terrorista desta quarta (13) em Brasília. Durante sessão plenária nesta quinta (14), o magistrado afirmou que o episódio de ontem “não é um fato isolado”.

“A reconstituição histórica dos últimos acontecimentos nacionais demonstra que o ocorrido na noite de ontem não é um fato isolado”, afirmou Gilmar. Ele aponta que os ataques de ontem e o de 8 de janeiro de 2023 “não surgiram subitamente”, mas foram incentivados pelo ex-mandatário.

“O discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria da desinformação foram largamente estimulados no governo anterior. Fruto de um sectarismo infértil, o radicalismo político grassou nas eleições de 2018 em uma campanha caracterizada pela ampla utilização das redes sociais para difusão de ódio, ataques pessoais e fake news”, prosseguiu.

Gilmar avalia que “símbolos de feriados nacionais foram sequestrados com objetivos eleitorais” e cita o 7 de Setembro de 2021, quando o então presidente fez ataques e ameaças contra ministros da Corte e incitou apoiadores a descumprirem ordens judiciais. O magistrado afirma que essas manifestações golpistas “não foram raras” e eram fomentadas por Bolsonaro ou aliados.

“Nos últimos anos, foram diversos atentados contra as instituições de Estado e os valores centrais da democracia praticados pessoalmente por expoentes da extrema-direita ou por cidadãos, como o de ontem, inspirados por essas lideranças” acrescenta.

Antes do ministro, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, também repudiou o ataque terrorista de ontem e citou o incentivo” dos ex-deputados Daniel Silveira e Roberto Jefferson, e da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP).

Fonte: DCM

Em crise, SBT tira jornal do ar e anuncia “cortes” que podem chegar a 130 funcionários


Marcelo Casagrande, apresentador do agora extinto SBT News. Foto: reprodução
O SBT encerrou a exibição do telejornal “SBT News”, transmitido nas madrugadas, em uma nova reformulação da emissora. De acordo com comunicado oficial, a última edição foi ao ar nesta quarta-feira (13), e, a partir de agora, o horário será ocupado pela “Sessão Madrugada”, um compilado de programas antigos que tem custo zero para o canal.

O fim do telejornal, que estava no ar há quase dois anos, faz parte de uma reestruturação mais ampla no SBT. Fontes próximas ao canal revelaram que cerca de 130 funcionários deverão ser desligados nos próximos dias, o que em redações jornalísticas é conhecido como “passaralho”. A medida é uma tentativa de evitar um prejuízo financeiro no final do ano.

Em nota, a emissora destacou a importância da revisão operacional. “O SBT informa que está passando por uma revisão de seu modelo operacional com foco no desenvolvimento sustentável. […] O SBT expressa sua profunda gratidão aos colaboradores que ajudaram a construir a história da emissora”, declarou o canal.

Marcelo Casagrande, âncora do telejornal, despediu-se emocionado na última edição. “Muito obrigado a você de casa que ficou com a gente nas últimas horas”, disse. “A gente se vê numa próxima. Saúde e paz, Brasil”, concluiu, com a voz embargada, ciente de que o programa não retornaria.

Fonte: DCM

Diretor da PF aponta para relação de atentado em Brasília ao 8/1

Os bolsonaristas durante a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. Foto: reprodução

O atentado ocorrido na Praça dos Três Poderes na última quarta-feira (13) reacendeu os alertas de segurança em Brasília e levantou questionamentos sobre a possibilidade de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal (PF), endossou a posição do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao condenar qualquer tipo de anistia a golpistas. Segundo Rodrigues, o ataque representa uma “ação violenta contra o Estado Democrático de Direito”.

Em entrevista concedida na sede da PF, em Brasília, o delegado destacou a seriedade do atentado e reforçou que o episódio não é um caso isolado, mas sim parte de uma série de ações investigadas nos últimos meses pela corporação. “Esses grupos extremistas estão ativos e precisam de uma atuação enérgica. O episódio de ontem se conecta a outras ações recentes”, afirmou Andrei.

Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal. Foto: José Cruz/Agência Brasill

Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, conhecido como Tiü França, foi identificado como o autor do ataque. Ele teria tentado, sem sucesso, entrar no prédio do STF antes de dirigir-se à estátua da Justiça, onde seu corpo foi encontrado após a detonação dos artefatos explosivos.

O atentado ocorreu nas proximidades do Congresso Nacional e da sede do Judiciário, locais atingidos também nos atos golpistas de janeiro.

Os explosivos foram acionados de forma remota dentro de um veículo Kia Shuma, encontrado perto de anexos da Câmara dos Deputados. Testemunhas e vídeos de câmeras de segurança estão sendo analisados pela PF para confirmar as circunstâncias do atentado.

A Polícia Federal segue duas linhas de investigação principais: terrorismo e tentativas de abolição do Estado Democrático de Direito. A ação foi descrita como premeditada e planejada para médio e longo prazo, com o envolvimento de artefatos e dispositivos sofisticados.

Embora alguns membros do governo tenham sugerido que Francisco agiu como “lobo solitário”, o diretor-geral da PF tem ressalvas. Segundo Rodrigues, embora a ação possa ter sido individual, há a chance de influência de um grupo ou de ideais radicais.

O terrorista Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador pelo PL em 2020. Foto: Reprodução

Francisco, que trabalhou como chaveiro e chegou a se candidatar a vereador em Rio do Sul (SC) em 2020 pelo Partido Liberal, o mesmo de Jair Bolsonaro, estava vestido de maneira inusitada no momento do ataque, com roupas estampadas com naipes de cartas, em alusão ao personagem Coringa.

Junto ao corpo, foi encontrado um chapéu branco e mensagens dirigidas a Débora Rodrigues, presa por pichar o Congresso Nacional em janeiro.

Francisco, de acordo com a ex-mulher, esteve em Brasília no início de 2023, embora não se saiba ao certo se antes ou depois dos acampamentos golpistas e do ataque de janeiro. Ele possuía imóveis em Rio do Sul, cuja renda ajudava a custear o aluguel de um trailer e um apartamento em Ceilândia, no Distrito Federal.

Durante as buscas, a polícia encontrou mensagens que expressavam apoio a ideais extremistas e evidências que ligam Francisco a tentativas anteriores de atentar contra membros da Suprema Corte.

Fonte: DCM

Barroso repudia atentado terrorista e critica “incentivo” de bolsonaristas


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, durante sessão plenária desta quinta (14). Foto: Reprodução/TV Justiça

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), iniciou a sessão plenária da Corte nesta quinta (14) repudiando o ataque terrorista desta quarta (13) em Brasília. O magistrado disse que “preferiria não ter que fazer” uma fala institucional, mas alertou que estamos “importando mercadorias espiritualmente defeituosas de outros países”.

“Apesar de ainda estarmos no calor dos acontecimentos e no curso das apurações, nós precisamos, como país e sociedade, fazer uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós, onde foi que nós perdemos a luz da nossa alma afetuosa, alegre e fraterna para a escuridão do ódio, da agressividade e da violência?”, questionou Barroso.

O ministro afirmou que o atentado se soma a uma série de ações golpistas, como os ataques do ex-deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) a ministros, o uso de granadas e fuzis de Roberto Jefferson contra policiais federais e o episódio em que “uma parlamentar persegue de arma em punho um cidadão que havia se manifestado criticamente”, uma referência à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

O magistrado ainda citou os bloqueios de estrada, os acampamentos em quarteis do Exército e o ataque de 8 de janeiro de 2023 e prosseguiu:

“Querem perdoar sem antes sequer condenar. A gravidade do atentado de ontem nos alerta para a preocupante realidade que persiste no Brasil: a ideia de aplacar e deslegitimar a democracia e suas instituições, em perspectiva autoritária e não pluralista de exercício do poder inspirada pela intolerância, violência e desinformação”.

Sem citar nomes, Barroso avalia que os episódios mostram que extremistas querem “naturalizar o absurdo e não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes”. “Cabe a pergunta: onde foi que nós nos perdemos nesse mundo de ódio, intolerância e golpismo? Por que subitamente se extraiu o pior das pessoas?”, acrescenta.

Polícia e bombeiros cercam frente do Supremo Tribunal Federal (STF) após explosões.  (Foto: Mateus Coutinho/UOL)

O presidente do Supremo fez um apela para uma “volta à civilidade e respeito mutuo” e condenou “essa crença primitiva de que quem pensa diferente de mim só pode ser um cretino completo a serviço de uma causa escusa”.

“A democracia, como sempre digo, tem lugar para conservadores, liberais e progressistas, somos todos livres e iguais, só não há lugar para quem não respeita as regras da própria democracia, os direitos fundamentais dos outros, para quem pensa que violência é estratégia de ação. Uma causa precisa de ódio, de mentira e violência não pode ser uma causa boa”, apontou.


O magistrado ainda fez uma menção ao feriado desta sexta (15), Dia da Proclamação da República, e afirmou que “é uma boa hora de renovarmos nossos votos e nossas crenças e os valores republicanos, para um novo recomeço, pensando de acordo com suas convicções, mas sem desqualificar ou agredir quem pensa diferente”.

A Corte decidiu manter a sessão plenária desta quinta, mas restringiu o acesso a advogados das partes em ações e profissionais de imprensa previamente credenciados. Os trabalhos do tribunal foram retomados às 13h e todos que entraram no prédio tiveram que passar por procedimentos rigorosos de segurança.

O prédio da Corte passou por vistoria e varredura de agentes da Polícia Federal e do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da Polícia Militar na manhã de hoje. O programa de visitação pública ao edifício foi suspenso provisoriamente.

Veja o discurso do ministro:

Fonte: DCM

Adélio Bispo e bolsonarista de esquerda: as táticas da extrema-direita para camuflar o atentado ao STF

Francisco Wanderlei está sendo acusado, por bolsonaristas, de agir para a esquerda como Adélio Bispo. Foto: reprodução

Nesta quinta-feira (14), os bolsonaristas, nas redes sociais, resgataram o assunto “Adélio Bispo” para camuflar o ato terrorista praticado por um homem de extrema-direita em Brasília, na noite de quarta-feira (13). Enquanto a Polícia Federal investiga se Francisco Wanderlei Luiz agiu sozinho, como um lobo solitário, mas não descarta uma ação coordenada em grupo, os seguidores de Jair Bolsonaro (PL) fazem comparações desmedidas com o autor da facada no ex-presidente.

A PF concluiu, após anos de investigação, que Adélio agiu sozinho. Já os bolsonaristas exigem que, menos de 24 horas após o crime, o inquérito chegue à mesma conclusão. “Por que Adélio foi considerado um lobo solitário e louco, mas não terrorista pela PF, mas com Francisco, o suicida do STF, diretor da PF vê terrorismo político?”, questionou um perfil de extrema-direita, citando as possibilidades levantadas por Andrei Rodrigues, diretor-geral da corporação.

Outro tópico atacado por bolsonaristas é a tese da “instigação contínua”. Políticos de esquerda apontam para a instabilidade democrática criada pelo ex-presidente nos últimos 10 anos. Desde antes da sua eleição, ele pregou frases como “vamos metralhar a petralhada”.
Em outra falsa equivalência, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, questionou nas redes sociais se mais alguém será preso pela facada de 2018. Segundo ele, o crime aconteceu devido ao “processo de desumanização do presidente”.


Bolsonarista de esquerda?

Outra tese levantada pela extrema-direita é de que o autor do atentado seria de esquerda. Reforçando a ideia de que os responsáveis pelo vandalismo no 8 de janeiro seriam militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), uma bolsonarista tentou explicar porque Francisco seria de esquerda.

Na teoria maluca, ela comenta que o terrorista foi filiado ao Partido Liberal (PL), o mesmo de Bolsonaro, em 2020, enquanto o ex-presidente se filiou em 2021, o que é verdade. Mas, enquanto Francisco concorria a vereador em Rio do Sul (SC), o partido se filiou à chapa do PDT pela eleição municipal na ocasião.

Ou seja, o bolsonarista seria de esquerda porque o PL, partido de extrema-direita, supostamente entrou em uma chapa com o PDT, que segundo ela é de esquerda. A influenciadora ignorou, porém, casos como o ocorrido em Fortaleza nas eleições deste ano, quando o Ciro Gomes, principal nome do partido declarou apoio a André Fernandes, candidato a prefeito pelo Partido Liberal.

Veja as reações bolsonaristas:


Fonte: DCM