sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Banco Central admite descumprimento de metas de inflação em 2024

Com o descumprimento da meta Gabriel Galípolo precisará redigir uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando o que aconteceu e o que será feito

Sede do Banco Central, em Brasília 22/02/2022 REUTERS/Adriano Machado (Foto: ADRIANO MACHADO)

Na mesma nota em que comunicou a alta de 0,5 pontos na taxa de juros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central admitiu que não vai cumprir a meta de inflação estipulada para 2024, informa a CNN Brasil. No rodapé do documento, a autoridade monetária afirma que a projeção para o IPCA é de 4,6%. O teto do intervalo permitido pelo sistema brasileiro é de 4,5%.

As estimativas do Comitê para 2025 e 2026 também aumentaram, distanciando-se da meta contínua de 3%. As projeções estão agora em 3,9%, e 3,6%respectivamente, o que faz com que o BC cogite a possibilidade de nova alta nos juros nos próximos meses. Após a decisão da última quarta-feira (6), o mercado revisou previsões para o final do ciclo de alta levando a taxa básica para até 13% ao ano em meados de 2025.

Com o descumprimento da meta, o presidente do Banco Central a partir de 2025, Gabriel Galípolo, precisará redigir uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando o que aconteceu e o que vai fazer para garantir a queda da inflação para 3%. Será a oitava vez que a autoridade monetária terá que se justificar pelo descumprimento da meta desde a adoção do sistema em 1999.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

Novo ciclo do Rio Vivo vai soltar 2,6 milhões de peixes nativos nas bacias do Paraná

O repovoamento dos rios conta com espécies nativas como lambaris, dourados, pintados, pacus e traíras. A ação é uma iniciativa da Sedest em parceria com o IAT, executada pela Superintendência de Pesca e Bacias Hidrográficas e Pesca — a meta é soltar 10 milhões de peixes até 2026.

Novo ciclo do Rio Vivo vai soltar 2,6 milhões de peixes nativos nas bacias do Paraná
Novo ciclo do projeto Rio Vivo vai soltar 2,6 milhões de peixes nativos nas bacias do Paraná a partir deste mês (Foto: Divulgação Sedest-Pr)

O Governo do Paraná vai promover a soltura de 2,626 milhões de peixes de espécies nativas em rios estaduais a partir deste mês, dando início à segunda fase do projeto Rio Vivo. Na primeira etapa, entre 2021 e 2022, foram 2,615 milhões de peixes. A meta é repovoar as bacias locais com 10 milhões de animais, de espécies como traíra, lambari, dourado e pintado, até 2026.

O investimento por parte da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), coordenadora da ação, é de R$ 557,8 mil neste ciclo. Serão contempladas as bacias dos rios Iguaçu, Ivaí, Piquiri e Tibagi. Os peixes que serão soltos são em estágio juvenil de desenvolvimento, com maior índice de sobrevivência se comparado às solturas de alevinos.

“O Rio Vivo é o maior trabalho de repovoamento de peixe na história do Paraná, um reconhecimento das nossas vocações hídricas e da pesca esportiva. Essas ações demonstram como o Paraná é referência em sustentabilidade”, destacou o superintendente geral das Bacias Hidrográficas e Pesca (SBHP) da Sedest, Francisco Martin.

Segundo ele, a reinserção de peixes nativos nos rios do Estado, também chamada de repovoamento, garante o incremento e o desenvolvimento de espécies nativas das bacias do Paraná, auxiliando na expansão populacional de espécies essenciais para o equilíbrio do ecossistema.

“Estamos recuperando nossas bacias e dando um novo olhar para o Paraná, que tem essa vocação para pesca profissional e esportiva”, afirmou o superintendente. “São peixes que estão na medida certa para entrarem na natureza. Não são pequenos demais para virarem presas e não ficaram grandes demais a ponto de perderem a capacidade de caçar”, acrescentou.

Além das ações de repovoamento, a Superintendência Geral de Desenvolvimento das Bacias Hidrográficas é responsável por regularizar a atividade da pesca em todo o Estado. Entre as atribuições estão a regulamentação de áreas próprias e impróprias para a prática e prestar apoio para atividades de pesca esportiva, inclusive preparando atividades de educação ambiental para integrar a programação dos eventos, como plantio de mudas nativas, coletas de lixo e palestras com temática ambiental.

Outro destaque é a colaboração com eventos de turismo de pesca, que atraem um grande número de pessoas todos os anos no Estado. Em setembro, com dois eventos, foram movimentados mais de R$ 1,5 milhão na economia de cidades da região Oeste e Centro-Sul do Paraná, de acordo com levantamento da superintendência. Nesses casos, é obrigatório que os peixes sejam devolvidos aos rios após as atividades.

“Esse projeto nos ajuda a obter uma gestão ambiental eficiente por preservar o grande patrimônio natural que o Paraná possui, em água, floresta e solo”, afirmou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.

PROJETO RIO VIVO – O Rio Vivo é uma ação da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável em parceria com o Instituto Água e Terra, executada pela SDBHP a partir de 2021. O projeto prevê a conservação das principais bacias hidrográficas do Paraná, otimizando os usos da água e trabalhando na recomposição da ictiofauna e preservação dos ecossistemas locais. Além dos esforços para com o meio ambiente, a proposta estimula ações de educação ambiental com a população lindeira e crianças em idade escolar, incrementando o caráter social do Rio Vivo.

Fonte: Agência Estadual de Notícias (AEN)

STF condena mais 14 réus do 8 de janeiro


O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais 14 participantes dos ataques de 8 de janeiro de 2023. Os julgamentos aconteceram em sessão virtual que se encerrou na última terça-feira, 5. Os réus em questão não aceitaram o acordo de não persecução penal proposto pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A PGR considerou que os crimes dos réus em questão são de menor gravidade. Os 14 julgados não estiveram na Praça dos Três Poderes durante os ataques a prédios públicos, mas permaneceram no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército. Todavia, o entendimento da PGR é que os crimes são de atuação coletiva e os 14 réus também tiveram responsabilidade pelos ataques.

Para o relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, todas as pessoas contribuíram para o atentado e tinham conhecimento prévio da incitação à tentativa de golpe. Todos os ministros acompanharam o voto do relator, exceto Kassio Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados por Jair Bolsonaro para o Supremo.

Os condenados tiveram as penas fixadas em um ano de detenção pelo crime de associação criminosa, mas esta foi substituída por restrição de direitos. Pelo delito de incitação ao crime, referente à incitação das Forças Armadas a tomar o poder, os 14 receberam multa de dez salários mínimos.

A restrição de direitos, que durará até o fim da pena, inclui:

• – 225 horas de prestação de serviços à comunidade

• – Participação presencial no curso “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado”, elaborado pelo Ministério Público Federal

• – Proibição de se ausentar da comarca de residência

• – Restrição ao uso de redes sociais

• – Retenção dos passaportes

As defesas dos condenados alegaram que os atos não foram criminosos e que não houve intenção de cometer delitos.

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo

Eleição para a presidência do TJPR tem quatro candidaturas


Dois desembargadores e duas desembargadoras concorrem à eleição para a presidência do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) – biênio 2025-2026. A eleição está marcada para segunda-feira (11) e os candidatos são: desembargadores Ramos de Medeiros Nogueira e Jucimar Novochadlo, e as desembargadoras Lídia Matiko Maejima e Joeci Machado de Camargo.

Candidatos e candidatas

• Desembargador Jucimar Novochadlo – Tem 35 anos dedicados à magistratura. Foi Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) no biênio 2015-2017 e Corregedor do TJPR.

• Desembargadora Lídia Matiko Maejima – Está há quatro décadas na magistratura foi a 2ª Vice-Presidência do TJ-PR. Trabalhou na implantação do Programa Criança e Adolescente Protegidos.

• Desembargadora Joeci Machado Camargo – Tem 38 anos de magistratura. Coordena o Programa Justiça no Bairro desde 2003. Foi 2ª Vice-Presidente e 1ª Vice-Presidente nos últimos dois biênios (2021/2022 e 2023/2024), gestora da Área de Cooperação Jurídica Internacional do TJPR.

• Desembargador Ramon de Medeiros Nogueira – Foi diretor jurídico da Sanepar e Procurador-Geral da Assembleia Legislativa do Paraná. Exerceu funções judicantes e administrativas no TJPR, perante a 5ª Câmara Cível, a 2ª Seção Cível e sete anos no Órgão Especial do Tribunal. Também atuou nas Comissões de Organização e Divisão Judiciárias, Regimento Interno, Fundos e Obras. Diretor-Geral da Escola Judicial do Paraná (EJUD-PR).

Fonte: Contraponto com informações da Amapar

BNDES supera recorde de aprovações do Fundo Amazônia, alcançando R$ 882 milhões em 2024

Investimentos visam proteção ambiental e desenvolvimento sustentável na região
Floresta amazônica (Foto: Agência Brasil)

 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que, em apenas dez meses de 2024, as aprovações de projetos do Fundo Amazônia atingiram R$ 882 milhões, superando o recorde anterior de R$ 553 milhões, alcançado em 2023. A apresentação desses dados ocorreu na última quinta-feira, 7 de novembro, durante a 31ª Reunião do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa), em Brasília, presidida pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

“Estamos com um nível de aprovação altíssimo, o maior da história do Fundo, com projetos em andamento, em contratação, e novos editais sendo lançados em forte ritmo. Esses números refletem o fortalecimento da governança e a ampliação do impacto do Fundo Amazônia, com foco na proteção ambiental, bioeconomia e inclusão social na região amazônica”, afirmou Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES.

Durante a reunião, Tereza apresentou alguns dos principais projetos apoiados pelo Fundo, entre os quais se destacam o Restaura Amazônia (R$ 450 milhões destinados à restauração florestal, visando a captura de CO₂, preservação da biodiversidade e geração de empregos), o Amazônia na Escola (R$ 332 milhões que beneficiam 140 mil produtores e 17 milhões de alunos(, e o Sanear Amazônia (R$ 150 milhões voltados para tecnologias sociais de acesso à água, que atendem 4.600 famílias)..

Desde janeiro de 2023, foram contratados 12 novos projetos, totalizando mais de R$ 760 milhões. Durante o mesmo período, R$ 123 milhões foram desembolsados para 19 projetos. Desde o início das atividades do Fundo, em 2008, mais de 650 organizações da sociedade civil já acessaram os recursos.

O sucesso das aprovações é atribuído à reconstrução do Plano de Ação para Combate ao Desmatamento na Amazônia (PPCDAm) e à reorganização das estruturas operacionais do Fundo Amazônia, que possibilitaram a retomada das análises de projetos paralisadas desde 2019, além da construção de chamadas públicas alinhadas a políticas públicas abrangentes.

O apoio a corpos de bombeiros também teve destaque nas aprovações, com um esforço coordenado entre o MMA e membros do Cofa, que já em 2023 aumentaram o valor máximo de apoio para projetos de prevenção e combate a incêndios florestais.

Até agora, o apoio total do Fundo Amazônia a corpos de bombeiros ultrapassou R$ 280 milhões, incluindo um projeto aprovado no Acre de cerca de R$ 22 milhões e outros cinco projetos em andamento nos estados de Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Maranhão, somando aproximadamente R$ 225 milhões.

Fonte: Brasil 247

Heineken aposta na economia circular e terá primeira unidade para reaproveitamento de vidro

Investimento de R$ 8 milhões é fruto de parceria com a Ambipar

Produção de cervejas Heineken (Foto: Divulgação)

 O Grupo Heineken anunciou um investimento de R$ 8 milhões para a construção de sua primeira unidade de circularidade do vidro no Brasil, localizada em Jaboatão dos Guararapes (PE). Esta iniciativa pioneira, desenvolvida em parceria com a gestora de resíduos Ambipar, faz parte do pacote de sustentabilidade Heineken Spin, lançado em junho. A unidade se destaca como o primeiro centro de beneficiamento de vidro no país, e a expectativa é de que uma segunda unidade seja inaugurada na Bahia ainda este ano.

O projeto reflete o compromisso da Heineken com a economia circular, um modelo econômico que visa reduzir o desperdício e promover o uso contínuo de recursos. Diferente do modelo linear de produção — que envolve a extração, produção, consumo e descarte —, a economia circular busca estender a vida útil dos materiais, reintegrando-os ao ciclo produtivo por meio de reutilização, reciclagem e recuperação. Isso é essencial para reduzir o impacto ambiental, economizar recursos naturais e minimizar a geração de resíduos.

A escolha de Pernambuco como estado prioritário se justifica pelo investimento prévio de R$ 1,2 bilhão realizado em 2023 para ampliar a produção de cerveja puro malte. “A ideia é cobrir áreas em que a coleta de vidro é praticamente inexistente. Acreditamos que aproximando a logística e gerando demanda pelo material nessas regiões, conseguiremos ter um custo menor e, consequentemente, uma remuneração melhor para quem está na ponta dessa cadeia de valor, os catadores”, afirma Mauro Homem, vice-presidente de sustentabilidade e assuntos corporativos do Grupo Heineken.

O projeto deve integrar dez cooperativas de Recife e incentivar a coleta de garrafas de vidro por catadores, cuja renda será beneficiada pela compra dos materiais. A Ambipar, parceira da iniciativa, será responsável pela limpeza e trituração do vidro, que será posteriormente vendido para a indústria e transformado em novas garrafas da marca.

O pacote Heineken Spin inclui, além dessa unidade, projetos de agricultura regenerativa e atividades sociais em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa). O compromisso com a economia circular não só contribui para a sustentabilidade ambiental, mas também fortalece a economia local e o trabalho de catadores, integrando práticas sustentáveis a ações sociais de grande impacto.

Entendendo a economia circular e sua importância

A economia circular é um modelo econômico que visa maximizar o aproveitamento de recursos e minimizar a geração de resíduos. Diferente do modelo linear tradicional — que envolve extração, produção, consumo e descarte —, a economia circular foca em estender a vida útil dos materiais por meio de processos como reutilização, reciclagem e recuperação. Essa abordagem é fundamental para reduzir o impacto ambiental, conservar recursos naturais e fomentar uma cadeia de valor mais sustentável e eficiente.

Adotar a economia circular é crucial para enfrentar os desafios ambientais atuais, como o acúmulo de resíduos e o esgotamento de recursos naturais. Com iniciativas como a da Heineken, práticas sustentáveis são incorporadas ao processo produtivo, contribuindo para uma economia mais verde e resiliente.

Fonte: Brasil 247

Startup brasileira cria soluções que aumentam conversões e elevam a experiência do consumidor

Plataformas que investem em tecnologia têm potencial para aumentar as vendas em até 35% em comparação a sistemas convencionais

(Foto: Reprodução)

A Ticto, uma startup brasileira com ambições globais, está transformando o mercado de infoprodutos ao desenvolver uma plataforma inovadora que vai além das funções convencionais de vendas online. Com recursos projetados para otimizar os resultados dos vendedores e simplificar a jornada de compra dos consumidores, a Ticto se destaca como um centro de inovação, elevando o padrão do setor.

De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce no Brasil continua em alta, e plataformas que investem em tecnologia têm potencial para aumentar as vendas em até 35% em comparação a sistemas convencionais. A Ticto se alinha a essa tendência ao incorporar funcionalidades que visam elevar as taxas de conversão e oferecer uma experiência de compra personalizada e prática.

Renatto Moreira, CMO e cofundador da Ticto, destaca que a proposta da empresa vai além de ser uma simples plataforma de vendas. “Nossa missão é ser um polo de inovação para nossos clientes, oferecendo ferramentas que potencializam suas vendas e facilitam a vida do consumidor. Queremos que o vendedor perceba resultados concretos na Ticto, sem necessariamente precisar entender a fundo os motivos por trás desses avanços,” afirma Moreira.

Entre as principais inovações da Ticto estão ferramentas como o “order bump” e o “upsell”, que sugerem produtos complementares durante a compra, incentivando o cliente a adicionar itens ao carrinho. “Essas estratégias aumentam o ticket médio do vendedor e oferecem ao comprador uma experiência completa e personalizada”, explica Moreira.

A plataforma também dispõe de recursos como o “back redirect”, que redireciona o cliente para uma oferta especial ao abandonar o carrinho, e a “retentativa de compra”, que repete automaticamente a transação em casos de negação de pagamento, reduzindo a perda de vendas e aumentando a taxa de conversão em até 18%. “Nosso foco é tornar cada venda simples e eficiente, proporcionando o máximo de conversão para o vendedor e uma experiência sem atritos para o cliente. Queremos que cada detalhe na Ticto contribua para uma jornada de compra eficaz e satisfatória”, finaliza Moreira.

Fonte: Brasil 247

Liderados por Trump, republicanos ampliam maioria no Senado e estão a caminho de conquistar a Câmara

Com o controle do Senado, os republicanos poderão confirmar as nomeações de Trump para cargos e tribunais, e na Câmara poderão ajudá-lo a cumprir promessas
Edifício do Capitólio, em Washington (Foto: Hannah McKay / Reuters)

Reuters - Os republicanos de Donald Trump estavam projetados para conquistar mais uma cadeira no Senado dos EUA nesta quinta-feira e pareciam manter uma estreita vantagem na Câmara dos Representantes, o que os coloca no caminho para controlar ambas as casas do Congresso no próximo ano.

Vários meios de comunicação projetaram que o republicano Dave McCormick derrotaria o senador democrata Bob Casey na Pensilvânia, dando ao partido de Trump pelo menos 53 cadeiras no Senado, que possui 100 assentos. Essa margem poderia chegar a 55 cadeiras caso os republicanos vençam disputas acirradas no Arizona e em Nevada, que ainda não foram decididas.

Na disputa pela Câmara, os republicanos estavam mais próximos da vitória após adicionar uma cadeira à sua maioria de 220-212, embora 25 disputas ainda não tenham sido concluídas.

Os republicanos já garantiram pelo menos 211 assentos, sete a menos da maioria na Câmara, composta por 435 cadeiras. Os democratas precisariam vencer 19 das disputas restantes para garantir a maioria e manter uma base de poder em Washington.

O resultado final da Câmara pode não ser conhecido imediatamente, pois 11 das disputas pendentes estão na Califórnia, estado onde a contagem dos votos geralmente leva alguns dias.

Com o controle do Senado, os republicanos estarão em posição de confirmar as nomeações de Trump para cargos e tribunais, embora ainda estejam abaixo dos 60 votos necessários para avançar rapidamente com a maioria das legislações.

Caso controlem também a Câmara, poderão ajudar Trump a cumprir promessas de campanha, como reduzir impostos e restringir drasticamente a imigração.

As outras disputas acirradas no Senado, ainda não decididas, estão em Nevada, onde a democrata incumbente Jacky Rosen liderava o desafiante republicano Sam Brown com menos de 1 ponto percentual de diferença e 94% dos votos estimados contados, e no Arizona, onde o democrata Ruben Gallego estava à frente da republicana Kari Lake com uma vantagem de 1,7 pontos percentuais e 74% dos votos estimados apurados.

Fonte: Brasil 247

Inflação sobe 0,56% em outubro, diz IBGE

No acumulado de 12 meses até outubro, o IPCA teve alta de 4,76%, contra alta 4,42% do mês anterior, ficando ligeiramente acima do teto da meta de 4,5%

Moedas de reais (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

Reuters - A inflação voltou a acelerar no Brasil em outubro e ficou acima do esperado já que os preços da energia elétrica e da carne continuaram pesando, o que levou a taxa em 12 meses ao maior nível em um ano e acima do teto da meta em meio a expectativas de que a alta dos preços irá superar o objetivo este ano.

Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,56%, depois de subir 0,44% em setembro, ficando acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 0,53% para o mês.

A leitura divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) levou a taxa acumulada em 12 meses até outubro a um avanço de 4,76%, de 4,42% no mês anterior.

Isso deixa o IPCA acima do teto da meta para este ano, definida como 3,0% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, e marca o resultado mais elevado nessa base de comparação desde outubro do ano passado (4,82%)

Pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira mostrou que a expectativa para a alta do IPCA ao fim de 2024 é de 4,59%.

Na quarta, o BC decidiu acelerar o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 11,25% ao ano, sem deixar claro o que fará na reunião de dezembro.

Com as expectativas do mercado para a inflação desancoradas, o BC piorou sua projeção em relação a setembro, com a estimativa passando de 4,3% para 4,6% em 2024. O presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, já havia dito que a desancoragem das expectativas à frente preocupa muito.

O IBGE informou que em outubro tanto Habitação quanto Alimentação e Bebidas exerceram os maiores impactos, com altas respectivamente de 1,49% e 1,06%.

Entre os subitens, o maior impacto foi exercido pela energia elétrica residencial, depois de um aumento de 4,74% no mês devido à bandeira tarifária vermelha patamar 2, que traz a mais alta cobrança adicional, em meio a uma queda no nível dos reservatórios de hidrelétricas durante o período seco à época.

Para novembro, os custos da energia devem se moderar, uma vez que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para o mês será amarela, devido a uma melhora das condições de geração de energia no país.

Já o aumento de preços na alimentação no domicílio chegou a 1,22% em outubro, com alta de 5,81% nos preços das carnes em geral - acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).

O aumento dos preços de comida representou a maior variação mensal das carnes desde novembro de 2020 (+6,54%) em meio a uma menor oferta devido ao clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, além do elevado volume de exportações, explicou o IBGE.

A única queda registrada em outubro veio de Transportes, com recuo de 0,38%, influenciado principalmente pela queda de 11,50% nos preços das passagens aéreas.

A inflação de serviços, ponto de preocupação com a renda em alta, continuou sendo fator de pressão uma vez que passou a subir 0,35% em outubro, de 0,15% no mês anterior, acumulando em 12 meses alta de 4,57%.

O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, teve em outubro alta a 62%, de 56% em setembro.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Bolsonaro diz que Caiado e Marçal ‘não conseguem reunir apoiadores em um bar’ e questiona projeção nacional de Tarcísio

Segundo o ex-presidente, o governador de São Paulo é uma liderança somente no estado

Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, São Paulo-SP, 7 de setembro de 2024 (Foto: Reuters)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse, em entrevista à Folha de S. Paulo, acreditar que não existe uma divisão na direita brasileira, já que as outras lideranças deste campo político se elegeram sob a sua sombra. Segundo Bolsonaro, nomes como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), “não conseguem reunir apoiadores em um bar”.

"A direita não tem dono. Tem um líder, que é incontestável, e tem jovens lideranças aparecendo pelo Brasil. Sempre vai ter alguém aí querendo dividir o que é chamado de direita hoje em dia. Não vão conseguir. São frustrados, até botei um nome carinhoso, são intergalácticos que têm que mostrar a que vieram. Todos eles se elegeram na minha sombra, ou na minha onda, e rapidamente se voltam contra a gente. Tem cara que quer se impor como líder. Liderança você não ganha, você conquista. Então, tem uns intergalácticos aí. Manda em um bar em São Paulo, não vai ninguém", criticou.

O ex-presidente travou disputas com outros nomes da direita nas eleições municipais deste ano. Em São Paulo, Bolsonaro apoiou oficialmente a candidatura do prefeito eleito, Ricardo Nunes (MDB), mas viu parte de seu eleitorado embarcar na candidatura de Marçal. Já em Goiânia, ele travou uma disputa contra Caiado e acabou sendo derrotado.

Outro nome com que Bolsonaro teve desavenças foi com o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que queria ser candidato à Prefeitura de São Paulo, mas teve seu nome preterido por uma aliança com Nunes. "Logo o Salles, que lá atrás estava assim com o Alckmin [quando ele ainda era do PSDB e governava São Paulo], como secretário. Depois [João] Amoedo [ex-presidente do Novo], que depois diz que votou no Lula, depois ficou comigo, se elegeu graças ao Eduardo [Bolsonaro, também deputado federal]. Depois foi ser 'marçalete'. Agora tá viúvo", disse Bolsonaro.

Ao ser questionado sobre Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente disse que o governador de São Paulo é uma liderança apenas dentro do estado, e reforçou que, mesmo inelegível, é o candidato da direita em 2026. "É um grande líder no estado, verdade... ninguém vai me provocar. (...)Só depois que eu tiver morto. Antes de eu morto, politicamente não tem nome. Pergunta para o Tarcísio o que ele acha. Ele tem falado, o candidato sou eu. Prosseguindo a minha inelegibilidade é a prova de que acabou a democracia no Brasil”.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Líder do governo diz que pacote fiscal não atingirá "direitos adquiridos"

Randolfe Rodrigues também avaliou que não seria razoável realizar contingenciamento na área social sem realizar também bloqueios de emendas parlamentares

Randolfe Rodrigues (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Reuters - O líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse nesta sexta-feira que o pacote fiscal de contenção de gastos a ser anunciado pelo Executivo não afetará o que chamou de "direitos adquiridos", como, por exemplo, o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o seguro-desemprego.

Em entrevista à GloboNews, Randolfe afirmou, ao mesmo tempo, que é necessário corrigir eventuais "distorções" nesses programas.

O líder também avaliou que não seria razoável realizar contingenciamento em gastos sociais sem realizar também bloqueios de emendas parlamentares ao Orçamento. Randolfe disse, ainda, que o debate sobre o pacote com medidas fiscais deve avançar nesta sexta em reunião que Lula terá com ministros à tarde.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Golpistas planejavam raptar Lula e Moraes, em esquema que contava com informações detalhadas sobre segurança

Plano incluía abordagem violenta, levantamento de nomes e rotina de agentes, mostram arquivos eletrônicos recuperados pela Polícia Federal

Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e Alexandre de Moraes (Foto: ABR)

Revelações sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, feitas pela Polícia Federal, evidenciam um minucioso plano que visava a abordagem e captura do presidente Lula (PT) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo o UOL, os golpistas levantaram informações detalhadas sobre as rotinas dos seguranças do presidente e do ministro, incluindo os nomes e o tipo de armamento usado pelos agentes. Fontes ligadas à investigação afirmam que o levantamento era parte de um plano que previa confrontos armados com os responsáveis pela segurança das autoridades. "O planejamento do golpe previa, portanto, a abordagem e captura de Lula e de Moraes pelos golpistas. Pelo tipo de informações coletadas por eles, fica evidente que os golpistas se preparavam para a eventualidade de um confronto armado e violento com os seguranças do presidente e do ministro", diz a reportagem de José Roberto de Toledo e Thais Bilenky.

No dia da tentativa de golpe, nem Lula nem Moraes estavam em Brasília. O presidente se encontrava em viagem a Araraquara, no interior de São Paulo, enquanto o ministro estava em Paris, na França.

Essas descobertas resultaram na prorrogação do inquérito por mais 60 dias, decisão tomada pelo ministro Alexandre de Moraes. O prazo estendido deve permitir o avanço das investigações para possíveis indiciamentos de líderes, executores e financiadores, que são esperados para o final de dezembro ou início de 2025. Entre os investigados, está Jair Bolsonaro (PL), que articula uma anistia junto ao Congresso, mesmo antes de uma eventual denúncia judicial.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Emissões de jatos particulares disparam quase 50% em quatro anos e geram alerta climático

Alta no uso de aviões privados expõe desigualdade na pegada de carbono e reforça apelo por regulação

(Foto: Embraer)

 Um estudo recente revelou que as emissões de dióxido de carbono dos jatos particulares aumentaram quase 50% em quatro anos, impulsionadas por uma mudança nos hábitos de viagem de elites globais no pós-pandemia, e especialmente por uma série de voos para eventos de grande escala, como cúpulas e fóruns econômicos. A pesquisa, publicada na revista Communications Earth & Environment, destaca o impacto ambiental das viagens de luxo, expondo uma “negligência fundamental” com a crise climática entre as camadas mais ricas da sociedade. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.

O estudo avaliou dados de 18,6 milhões de voos de 25 mil aeronaves entre 2019 e 2023, apontando um crescimento significativo no uso de jatos particulares após a pandemia, principalmente entre indivíduos de alta renda que preferem aviões privados por questões de privacidade e conveniência. “Aeronaves particulares são usadas como táxis em muitos casos, sem se importar com a implicação climática”, criticou Stefan Gössling, professor da Universidade Linnaeus e autor principal da pesquisa.

Com base em taxas de consumo de combustível, o estudo estima que os voos de jatos particulares emitiram 15,6 milhões de toneladas de CO2 em 2023 — um salto de 46% em comparação a 2019. Para Gössling, a falta de regulamentação adequada e a predominância de combustível não tributado na aviação privada refletem uma desconexão entre os discursos de sustentabilidade e as práticas de consumo da elite: “A população em geral não entenderá por que deve reduzir as emissões se o topo não for regulado — ou não der o exemplo”.

A pesquisa também destaca o impacto de eventos globais no aumento das emissões. A Copa do Mundo de 2022, por exemplo, gerou 1.846 voos, enquanto o Fórum Econômico Mundial na Suíça atraiu 660 voos privados. Para especialistas, essas viagens representam uma pequena parte de um problema maior, mas chamam atenção para a urgência de regulamentações mais robustas.

Mesmo com algumas iniciativas de sustentabilidade, como o uso de combustíveis de aviação alternativos ou ofertas de compensação de carbono, o setor continua sendo alvo de críticas de ambientalistas. No Reino Unido, um aumento nas taxas para voos de jatos particulares foi recentemente anunciado, mas a indústria acredita que a medida terá pouco efeito prático na redução da demanda.

Felix Creutzig, pesquisador do Instituto Mercator, alerta para a necessidade de medidas mais amplas e profundas, sugerindo que “indivíduos super-ricos são modelos e suas escolhas importam além de sua pegada individual”. Ele observa que as emissões de gases de efeito estufa do setor podem ser até três vezes maiores se outros poluentes forem considerados, evidenciando o impacto desproporcional da aviação privada no aquecimento global.

Fonte: Brasil 247 com informaçõeas da Folha de S. Paulo

Havana começa a restaurar energia após passagem do Furacão Rafael

Rede elétrica caiu na quarta-feira, depois que a tempestade atravessou Cuba com ventos de até 185 quilômetros por hora

Pessoas caminham em rua sem energia de Havana, Cuba, após passagem do furacão Rafael 06/11/2024 REUTERS/Norlys Perez (Foto: REUTERS/Norlys Perez)

Reuters - Autoridades de Cuba informaram, nessa quinta-feira (7), que começaram a restabelecer a energia elétrica no lado leste da ilha, um dia depois de o Furacão Rafael derrubar a rede do país, deixando 10 milhões de pessoas no escuro.

A rede caiu na quarta-feira, depois que a tempestade atravessou Cuba com ventos de até 185 quilômetros por hora, danificando casas, derrubando árvores e postes telefônicos.

O furacão se dirigiu ao Golfo do México e não é mais uma ameaça a qualquer região, disse o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, que tem sede em Miami.

O Furacão Rafael foi o mais recente problema enfrentado pela precária rede elétrica da ilha. O sistema já havia caído várias vezes há duas semanas, deixando muitos habitantes sem eletricidade por dias, o que causou protestos.

O Ministério das Minas e Energia disse que está restaurando a eletricidade em regiões do centro e do leste de Cuba, mas alertou que o processo será mais lento em outras regiões da ilha, que foram atingidas de forma mais dura pela tempestade.

Havana, capital do país e que tem 2 milhões de habitantes, continuava ontem sem energia elétrica. As obsoletas usinas a petróleo lutam há décadas para manter as luzes acesas na ilha, mas neste ano o sistema entrou em crise depois que caíram as importações do produto procedente da Venezuela, Rússia e do México.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

'Que cada um tome seu rumo', diz Caiado sobre rompimento com Bolsonaro

"Meu foco é claro: eu sou candidato a presidente da República. Eu vou trabalhar pra isso, e cada um que tome seu rumo", disse o governador de Goiás

Jair Bolsonaro (mais destaque) e Ronaldo Caiado (Foto: Divulgação I Agência Brasil)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), ainda não engoliu a intromissão de Jair Bolsonaro (PL) na eleição em Goiânia (GO), onde o ex-mandatário fez campanha para o adversário, Fred Rodrigues (PL), destaca a jornalista Malu Gaspar em sua coluna no jornal O Globo. “Não procurei, nem fui procurado. Não vou desviar meu foco de 2026, e meu foco é claro: eu sou candidato a presidente da República. Eu vou trabalhar pra isso, e cada um que tome seu rumo”, disse Caiado quando perguntado se, passada a eleição, ele consideraria fazer as pazes com Bolsonaro.

O empenho de Bolsonaro na campanha foi tão grande que ele chegou a acompanhar a votação junto com Rodrigues, e ao longo do período eleiotral só chamou o candidato de Caiado, Sandro Mabel, de “rosquinha”, além de acusar o governador de se aliar ao PT. Caiado entrou na briga com todo o seu capital político e conseguiu eleger Mabel para a prefeitura no segundo turno com 55,53% dos votos válidos, contra 44,47% de Rodrigues. Seu partido, o União Brasil, elegeu 93 dos 246 prefeitos do estado. O PL de Bolsonaro, 25 prefeitos.

Apesar da vitória, o governador admite que o processo eleitoral em Goiás deixou mágoas que ele ainda não superou. “Todos nós temos mágoa. Quer dizer que eu não tenho sentimentos? Tenho! Por que motivo foi fazer isso lá em Goiás? Quer dizer que se eu fosse lá no Rio de Janeiro apoiar o Eduardo Paes eu estaria tendo um comportamento correto? Não!”, disse. Ainda segundo ele, Bolsonaro foi desrespeitoso sem motivo. “Pelo amor de Deus, eu fui vítima”, desabafa.

Caiado contou, ainda que, antes do início da campanha, procurou Bolsonaro para buscar um “ entendimento” em torno da distribuição de seus candidatos competitivos nas cidades mais importantes, de modo que não precisassem disputar.“Fui até Brasília encontrar com ele, estive com ele na Paulista em fevereiro, sempre fomos aliados. E de repente ele alega que não concordou comigo na pandemia de Covid. Lembrou disso agora?”, disparou.

O plano de Caiado para o futuro envolve viagens pelo país em busca de apoio para sua candidatura à presidência pelo União Brasil, representando a direita no cenário político. A intenção é clara: deixar a discussão sobre Bolsonaro para trás. “Para essas coisas tem que dar tempo ao tempo”, concluiu.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

ONU revela que quase 70% dos palestinos mortos em Gaza entre novembro de 2023 e abril são mulheres e crianças

Ofensiva israelense em Gaza já causou pelo menos 43.469 mortes, a maioria civis

Criança em Gaza/UNICEF (Foto: UNICEF)

Quase 70% das pessoas que perderam a vida na Faixa de Gaza entre novembro de 2023 e abril de 2024 eram mulheres e crianças, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). O dado é parte de uma contagem parcial das vítimas da guerra que envolve Israel e o movimento palestino Hamas, e foi apresentado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, diz o UOL, citando a AFP.

De acordo com o relatório, que verificou 8.119 das mais de 34.500 mortes registradas durante os primeiros seis meses do conflito, a proporção de vítimas é alarmante. Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado, declarou que “quase 70% eram crianças e mulheres”, ressaltando que essa proporção é representativa do total de mortos, similar aos números informados pelas autoridades de Gaza.

O número de vítimas e sua natureza têm gerado intensos debates desde o início da guerra, que foi desencadeada pelos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023. Enquanto muitos países e a ONU consideram o balanço diário de vítimas do Ministério da Saúde de Gaza como confiável, Israel tem contestado esses números desde o início do conflito.

O relatório da ONU aponta que a elevada proporção de mulheres e crianças entre os mortos indica uma "violação sistemática dos princípios fundamentais do direito internacional humanitário, em particular a distinção e a proporcionalidade". Os dados verificam que, entre as mortes contabilizadas, 3.588 eram crianças e 2.036 mulheres. Até o momento, a ofensiva israelense em Gaza já causou pelo menos 43.469 mortes, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde palestino.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Trump escolhe Susie Wiles, “mulher durona” e “inteligente” como chefe de gabinete da Casa Branca

A nomeação foi a primeira de uma série de anúncios que devem ocorrer enquanto Trump se prepara para retornar à Casa Branca em 20 de janeiro

Susie Wiles (Foto: Reprodução/Twitter)

Reuters - O presidente eleito Donald Trump anunciou na quinta-feira que Susie Wiles, uma de suas duas chefes de campanha, será sua chefe de gabinete na Casa Branca, confiando um alto cargo a um agente político que ajudou o republicano a vencer a eleição.

A nomeação foi a primeira de uma série de anúncios que devem ocorrer enquanto Trump se prepara para retornar à Casa Branca em 20 de janeiro.

Como guardião do presidente, o chefe de gabinete normalmente exerce grande influência. A pessoa gerencia a equipe da Casa Branca, organiza o tempo e a agenda do presidente e mantém contato com outros departamentos governamentais e legisladores.

“Susie é durona, inteligente, inovadora e é universalmente admirada e respeitada", disse Trump em uma declaração. "Não tenho dúvidas de que ela deixará nosso país orgulhoso."

Trump está isolado em seu clube Mar-a-Lago em Palm Beach, Flórida, desde que derrotou a democrata Kamala Harris na eleição de terça-feira.

Ele está considerando uma ampla gama de pessoas para cargos importantes em sua administração , muitas delas figuras conhecidas de sua presidência de 2017-2021, disseram quatro fontes.

Wiles, uma estrategista política de longa data baseada na Flórida, e sua colega gerente de campanha Chris LaCivita são creditadas por conduzir uma operação mais disciplinada para a terceira candidatura presidencial de Trump em comparação com suas campanhas anteriores.

Trump agradeceu a ambos durante seu discurso de vitória na manhã de quarta-feira.

"Susie gosta de ficar no fundo, deixa eu te contar", disse Trump, enquanto ela estava no fundo do palco. "Nós a chamamos de donzela de gelo."

Várias pessoas que trabalharam com Wiles disseram em entrevistas na quinta-feira (7) que ela daria estabilidade e conselhos sábios a Trump na Casa Branca.

"Susie é uma mulher forte e uma verdadeira líder com um histórico comprovado de realização de objetivos", disse o estrategista republicano Ford O'Connell.

Wiles trabalhou anteriormente na campanha presidencial de Ronald Reagan em 1980 e ajudou o governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, a vencer a eleição em 2018. Ela atuou como consultora sênior nas candidaturas de Trump em 2016 e 2020.

Trump escolheu Wiles em vez do ex-presidente da Câmara dos Representantes Kevin McCarthy, um republicano da Califórnia que é próximo de Trump e tem sido um visitante frequente de Mar-a-Lago.

Fontes disseram que McCarthy também estava na disputa, assim como Brooke Rollins, ex-diretora interina do Conselho de Política Interna de Trump.

Uma aliada ferrenha de Trump, a deputada republicana de Nova York Elise Stefanik, está sendo considerada para ser embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, disse uma fonte familiarizada com o assunto.

O ex-embaixador dos EUA na Alemanha, Richard Grenell, que foi chefe interino de inteligência no primeiro mandato de Trump e estava com ele quando se encontrou recentemente com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy em Nova York, está sendo considerado para secretário de Estado.

O senador republicano Bill Hagerty, ex-embaixador dos EUA no Japão, também está sendo considerado para o cargo, disseram as fontes.

Hagerty, questionado pela CNN sobre ser considerado para um papel no governo Trump, disse: "Deixarei a especulação para os especuladores".

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Boulos ataca Tarcísio e Bolsonaro em primeiro discurso público após eleição municipal

Ex-candidato do Psol reúne militância e mantém discurso de luta

Guilherme Boulos (Foto: Reuters/Maira Erlich)

O deputado federal Guilherme Boulos (Psol) afirmou, nesta quinta-feira (7), que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pode botar a "viola no saco porque não será presidente da República em 2026".

Ele também disse que a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos "animou uma turma do lado de lá a dizer que o inelegível tem que se tornar elegível", em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Eles vão ter que passar por cima da gente, porque não vai ser", completou.

O deputado realizou, na quadra do Sindicato dos Bancários, no centro, seu primeiro evento público após ter perdido para o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que foi reeleito por 59,35% a 40,65%, informa a Folha de S.Paulo.

Boulos defendeu ainda a inelegibilidade de Tarcísio e a cassação de Nunes pelo que considerou crime eleitoral —sua campanha entrou com ação nesse sentido.

O deputado criticou indiretamente Bolsonaro ao dizer que houve quem perdesse a eleição sem reconhecer isso e querendo dar golpe.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Governo descarta desvincular benefícios de salário mínimo

Alteração dos pisos de saúde e educação ainda está em debate, mas podem não acontecer

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou, mais uma vez, a decisão sobre pacote de medidas para corte de gastos. Uma nova reunião deve ser realizada na sexta-feira (8) à tarde, com ministros das áreas econômica e social, informa a Folha de S.Paulo.

Um integrante da equipe econômica que participou da reunião com Lula na quinta disse, reservadamente, que algumas medidas ainda precisam ser explicadas.

A desvinculação de benefícios sociais, como o abono e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), em relação ao salário mínimo, defendida por economistas e pelo mercado pelo impacto potente que produziria nas contas, está descartado.

Segundo pessoas a par das discussões, o abono salarial (espécie de 13º salário pago a trabalhadores com carteira que ganham até dois salários mínimos) deve ser alvo de um redesenho e há mais de um formato em análise.

O diagnóstico é de que o benefício, que custará R$ 30,7 bilhões em 2025, pode ser mais concentrado nos mais pobres. Sob as regras atuais, a própria política de valorização do salário mínimo tem contribuído para que um número cada vez maior de pessoas tenha direito ao repasse.

Alterar os pisos de saúde e educação ainda é uma opção na mesa, mas, segundo um dos interlocutores, é um "candidato fraco" a figurar no cardápio final das mudanças.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Câmara dos Deputados dará medalha de mérito Legislativo a Donald Trump

Indicação foi feita pelo deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados

Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS)

A Câmara dos Deputados concederá a Medalha de Mérito Legislativo a Donald Trump, eleito nesta semana como o novo presidente dos Estados Unidos. A indicação para receber a honraria foi feita pelo deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), segundo-vice-presidente da Casa, informa o Metrópoles.

Antes de indicar a medalha ao novo presidente norte-americano, Sóstenes conversou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para confirmar a indicação de Trump.

A cerimônia de entrega da medalha está prevista para ocorrer durante a posse do novo presidente dos Estados Unidos em 2025.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

“Só Lula pode evitar a volta da extrema-direita ao poder”, diz Boulos

Deputado do Psol reflete sobre derrota em São Paulo, desafios da esquerda e aponta Lula como única liderança capaz de conter o avanço do bolsonarismo

Guilherme Boulos e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em entrevista ao Valor, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), derrotado no segundo turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo, analisou o cenário político brasileiro e destacou a importância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como peça fundamental para impedir o retorno da extrema-direita ao poder em 2026. “Quem achou que a vitória do presidente Lula há dois anos representaria o fim do bolsonarismo no país e que a extrema-direita não avançaria no mundo estava enganado”, declarou Boulos, enfatizando que o campo progressista precisa se reorganizar para enfrentar os novos desafios.

Boulos sofreu uma derrota expressiva para o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que, apoiado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), venceu por quase 20 pontos percentuais. A campanha, marcada por ataques e disseminação de notícias falsas, foi considerada pelo parlamentar uma das mais agressivas que já enfrentou. “Com Covas foi uma campanha civilizada. Agora foi uma campanha muito baixa e suja, de ataque despropositado. Logicamente reconheci o resultado. Não é do meu lado que vocês vão ver questionamento de urna”, completou Boulos, em uma crítica direta às táticas empregadas por seus adversários.

● As lições da derrota e os sinais para a esquerda

O deputado destacou que a derrota em São Paulo e a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos servem como alertas para a esquerda brasileira. “A esquerda precisa fazer a lição de casa e mudar o discurso para apresentar uma perspectiva de futuro se quiser manter-se no comando da Presidência em 2026 e barrar o avanço da direita no país”, pontuou. Segundo Boulos, a campanha sofreu com o atraso em estabelecer um diálogo mais efetivo com as “novas periferias” — eleitores pobres e de baixa escolaridade que, no passado, votaram em candidatos de esquerda, mas que atualmente se inclinam para opções mais conservadoras.

Essa lacuna foi explorada por rivais como o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar com 28% dos votos e desempenhou um papel decisivo na derrota de Boulos. “Ele foi o responsável por levar o sentimento [dos eleitores] mais à direita, por normalizar Nunes, e sua máquina de internet ajudou a aumentar muito a minha rejeição”, afirmou o parlamentar.

● O papel de Lula e a ameaça de hegemonia da extrema-direita

Para Boulos, Lula é a figura central que pode evitar o retorno da extrema-direita. “O que nos salvou de uma reeleição do Bolsonaro em 2022 foi o Lula, com a força da sua liderança e capilaridade social. Em 2026, ele é o único que pode evitar o retorno da extrema-direita”, afirmou. O deputado destacou que, diferentemente dos EUA, que não têm uma liderança popular capaz de barrar Trump, o Brasil conta com Lula, cuja liderança é vital para manter a esquerda no poder e afastar o país do “fundamentalismo cultural” proposto pelo bolsonarismo.

Boulos também reforçou a necessidade de uma aliança ampla para enfrentar a extrema-direita, algo que Lula já demonstrou ser capaz de fazer em 2022. “A esquerda tem de dialogar com o centro e fazer a aliança mais ampla possível em 2026”, disse. Ele próprio tentou articular uma aliança em São Paulo, mas não obteve sucesso.

● Enfrentando a anistia e a inelegibilidade de Bolsonaro

O deputado prometeu que, no Congresso Nacional, lutará contra as tentativas de anistiar bolsonaristas envolvidos nos atos de 8 de janeiro e de derrubar a inelegibilidade de Bolsonaro. “Seria o maior absurdo político da história recente se isso passasse. Anistiar os participantes do 8 de Janeiro é comprar a visão de que aquilo foi um piquenique de senhoras e não uma tentativa de golpe”, criticou. Para Boulos, normalizar Bolsonaro após tudo o que aconteceu seria um retrocesso inaceitável.

● Reflexões sobre o futuro e a necessidade de renovação

Boulos defende que a esquerda precisa entrar na “disputa de valores” de forma mais incisiva, assim como a extrema-direita tem feito nos últimos anos. “O que a extrema-direita fez nos últimos anos, do ponto de vista de disputa social e cultural, é similar ao que a esquerda fez nos anos 1980 e 1990. A extrema-direita, no mundo todo, se dedicou a fazer uma disputa de horizonte, de visão de mundo, de valores. A esquerda acreditou que as melhorias sociais seriam suficientes e não entrou nessa disputa”, avaliou. Essa negligência, segundo ele, abriu espaço para que setores que antes apoiavam os governos do PT passassem a votar em representantes da extrema-direita.

● Próximos passos

Apesar do revés eleitoral, Boulos mantém otimismo e disposição para continuar na luta política. “Tenho paciência histórica. Você não chega aos objetivos que quer na política construindo atalhos artificiais”, declarou. Sobre uma possível candidatura à prefeitura em 2028 ou ao governo de São Paulo, ele preferiu não dar detalhes, mas ressaltou que continuará buscando caminhos para fortalecer a esquerda.

Horas após a entrevista, Boulos reuniu seus apoiadores em São Paulo para reafirmar o compromisso de continuar mobilizando forças contra o bolsonarismo e motivar a militância, que se mostrou desanimada após a derrota.

Fonte: Brasil 247