sábado, 26 de outubro de 2024

Ronaldo Caiado e Sandro Mabel compraram votos com cestas básicas, aponta Justiça Eleitoral. Governador nega

A decisão também ocorre num contexto de influência política de Jair Bolsonaro e do governador de Goiás, que apoiam candidaturas diferentes em Goiânia

Ronaldo Caiado (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, afirmou que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) e seu candidato à prefeitura da capital, Sandro Mabel (União Brasil), usaram de forma ilegal a máquina pública para a compra de votos em troca de cestas básicas. A campanha de Fred Rodrigues (PL), adversário de Mabel, foi a responsável pela ação contra Madel. A decisão judicial também ocorre num contexto de influência política de Jair Bolsonaro (PL) e do chefe do Executivo estadual na eleição municipal, onde o ex-mandatário apoia o candidato do PL.

A suposta compra de votos teria acontecido entre os dias 17 e 20 de outubro. O postulante ao Executivo municipal pode ter o diploma cassado se for eleito no próximo domingo (27) e, depois da eleição, a Justiça Eleitoral comprovar a compra de votos.

A Justiça determinou que o governador e o candidato a prefeito “se abstenham de realizar atos políticos partidários praticando conduta vedada, em específico a entrega de benefícios eventuais com pedido de voto cumulada com a entrega de material de campanha”. Foi o que apontaram informações publicadas nesta sexta-feira (25) pelo jornal Valor Econômico.

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Sandro Mabel (à esq.) e Fred Rodrigues. Foto: Divulgação

“Verifica-se que as condutas praticadas pelo Governador Ronaldo Caiado, em conjunto com o candidato Sandro Mabel, estão fazendo uso da máquina pública para angariar apoio político por meio do oferecimento de cestas básicas em troca de voto, configurando à prática de conduta vedada e abuso de poder político, haja vista que o Governador faz uso de seu cargo e da sua autoridade para interferir no resultado das eleições”, escreveu a magistrada na decisão.

Em nota, o governo de Goiás afirmou que a entrega dos mantimentos faz parte do programa Goiás Social e a distribuição das cestas é aberta ao público. “O Goiás Social é programa de perfil continuado, realizado em todo o Estado há mais de quatro anos. Os eventos, com entrega de benefícios à população em vulnerabilidade, sempre foram abertos ao público. Prova disso é que cabos eleitorais ligados ao candidato do PL atuaram nas proximidades deles, como admite a própria decisão. Contudo, para evitar qualquer tipo de interpretação dúbia, o governador Ronaldo Caiado já havia se antecipado e determinado a suspensão do programa desde a última segunda-feira (21/10)”.

Caiado é ex-aliado de Bolsonaro, que teve 58,7% (2,1 milhões) dos votos em Goiás na eleição de 2022. O atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu 41,29% (1,5 milhão) dos votos. No Centro-Oeste, o petista perdeu por 60,21% e 39,79%. Também foi derrotado em três outras regiões - Norte (51,03% a 48,97%), Sudeste (54,26% a 45,74%) e Sul (61,84% a 38,16%). No Brasil como um todo, Lula ganhou por 50,9% a 49,1% no segundo turno.

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro. Foto: Reuters

Fonte: Brasil 247

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz ganha cargo em instituição de fomento à pesquisa no Rio

Recorde uma parte do histórico do novo membro da fundação
Fabrício Queiroz e família Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Ex-assessor do atual senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Fabrício Queiroz vai ocupar um cargo na Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro e vai chefiar os funcionários terceirizados da FAETEC Bacaxá, na cidade de Saquarema, Região dos Lagos, Centro-Norte do estado.

De acordo com informações do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez movimentações financeiras atípicas. Foram R$ 7 milhões de 2014 a 2017, apontaram cálculos do órgão. Ele foi acusado de atrapalhar as investigações da "rachadinha" (desvio ilegal de salários de assessores).

Policiais prenderam Queiroz no dia 18 de junho de 2020 em Atibaia (SP), onde ele estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, então advogado de Flávio. Foi solto em julho do mesmo ano após decisão do Superior Tribunal de Justiça. O ex-assessor estava no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, e foi para prisão domiciliar, com uma tornozeleira eletrônica.

Em março de 2021, o STJ determinou a revogação da prisão domiciliar de Queiroz, apontado como pivô do esquema de desvios de recursos do antigo gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, atual senador.

Extratos bancários de Queiroz também apontaram que ele depositou 21 cheques na conta de Michelle, entre 2011 a 2016, totalizando R$ 72 mil. Márcia Aguiar depositou outros seis, totalizando R$ 17 mil.

Fonte: Brasil 247

Carol Dartora anuncia apoio a Eduardo Pimentel em Curitiba

"Estamos diante de um projeto político autoritário", afirmou a deputada sobre Cristina Graeml

Carol Dartora (Foto: Divulgação )

A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) afirmou nesta sexta-feira (25) que vai apoiar o vice-prefeito de Curitiba (PR), Eduardo Pimentel (PSD), durante o segundo turno contra Cristina Graeml (PMB).

"Estamos diante de um projeto político autoritário, que não apenas relativiza os direitos das minorias, mas também coloca em risco os pilares da democracia que tanto defendemos", disse.

"Nenhum me representa ou reflete a cidade que queremos. Curitiba precisa de um governo que converse com a sociedade civil, que promova políticas inclusivas e atenda às necessidades reais da população, e não de uma gestão que ignora essas questões".

Fonte: Brasil 247